"Se você não consegue entender o meu silêncio de nada irá adiantar as palavras, pois é no silêncio das minhas palavras que estão todos os meus maiores sentimentos." Oscar Wilde Verba volant, scripta manent.
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Caixinha de Música
Tem dias em que não estou para ninguém, não sou de ninguém, nem mesmo minha.
Dias em que me perco para depois me encontrar.
Dias como hoje de nostalgia...
Dias em que me perco, me afogo em minhas memórias.
Dias em que o tempo pára.
Dias em que os sentimentos afloram
Dias em que vêm à tona recordações da infância...
Dias em que reencontro partes minhas que ficaram perdidas em mim, em algum lugar chamado coração.
Dias como hoje em que a chuva se confunde com o pranto...
Dias em que a saudade é tamanha que transborda nos olhos.
Dias em que o peso das memórias parecem toneladas difíceis de suportar...
Dias em que a vida parece mais do que os anos podem somar.
Dias sem fim...
Mas que assim como a chuva lá fora irão cessar.
Dias em que me sento sozinha, com as mãos cobrindo o rosto, e seguro o peso de cada marca, cada linha, cada sofrimento vivido expressos em lágrimas e sorrisos.
Dias em que me sento e sobre os joelhos seguro uma caixa com minhas memórias...
Um caixa com beijos, com lágrimas, com sonhos e medos.
Uma caixa viva, vermelha, quente...
Uma caixa que mantenho comigo e a todos oferto...
Uma caixa que contém olhos, boca, mãos.
Uma caixa pequena que muito guarda e tudo suporta.
Mas que, acima de tudo, é repleta de amor.
Uma caixinha singela chamada coração.
domingo, 22 de maio de 2011
Entre 4 paredes
A noite passada eu te encontrei em meus sonhos
Durante toda a madrugada fui tua mulher e tu meu homem.
A noite passada te encontrei em meus sonhos...
Infinita madrugada de desejos ardentes, de beijos roubados.
Madrugada de sonhos e pesadelos...
Na noite passada eu te encontrei em meus sonhos.
Na noite passada fomos cúmplices de um segredo.
Fomos amantes, amigos e inimigos.
Fomos tudo e nada, na noite passada.
Noite em que te encontrei em meus sonhos.
Uma madrugada inteira de amor...
Amor e mais nada.
Nada.
Apenas uma noite passada...
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Cartinha de amor boba...
Tem coisas que eu queria te falar, mas é difícil encontrar as palavras, ainda mais, quando estou sozinha falando para as paredes. Seria mais fácil se estivesses aqui, em meu colo, olhos fechados enquanto conversamos... Assim, enquanto te faço cafuné, poderia falar-te tudo que tenho escondido de todos, de ti e de mim.
Poderia te dizer coisas bobas como o enjôo que tive pela manhã, sabes que enjôo quando estou de TPM, também me irrito um pouco e, talvez, até discutíssemos por causa de minhas mudanças bruscas de humor. Mas tu estarias ali, de qualquer forma, esperando minhas crises terem fim. Poderia te falar de como passei minha madrugada, virando de um lado para outro, preocupada com quantos livros ainda tenho que ler, afinal sabes bem da minha insônia... Poderia te falar de meus sonhos ilusórios de ser escritora. Poderia te mostrar as poesias que te faço, se te interessasses por elas... Mas tu já se cansou de tudo isso e de mim também, tem muito tempo.
Tempo que não vejo passar. Às vezes, parece que foi ontem. Às vezes, ainda te sinto aqui, tão presente que converso contigo. Te conto coisas banais como antes... Mas outras vezes, como agora, choro sozinha conversando com as paredes e te escrevo cartas bobas de amor que nunca irei te mandar, que nunca lerás.
Faço isso porque ainda te amo. Porque ainda preciso de ti ao meu lado. Porque ainda é meu melhor amigo...
Faço isso porque me sinto sozinha, por isso tenho tantas cartas de amor bobas, seladas e sem endereço, escondidas em uma gaveta.
Faço isso porque tenho saudade. E em minha saudade te escrevo cartas de amor bobas.
Com todo meu amor, Renata.
domingo, 15 de maio de 2011
Epitáfio
O amor havia morrido já fazia um tempo. Tanto que ela nem se lembrava mais qual era seu rosto, ou que nome tinha. Mas ainda recordava-se de uma presença que outrora esteve ali, entre aquelas paredes, no lugar vazio ao seu lado.
Faltava-lhe algo que não sabia distinguir ao certo o que era. E, de vez em quando, chorava uma saudade...
Chorava pela falta do amor que nascera morto, mas que, de certa forma, ainda não havia lhe deixado. Porém ela sabia que para seu próprio bem, ele precisava ir...
Ela sentia por não ter havido sequer despedida, nem adeus, nem abraços, nem beijos falsos trocados... O amor sumira simplesmente em uma tarde e não mais voltara. Ela ficou ali a esperar-lhe... em vão.
Era preciso libertar-se. Deixar o amor seguir, fazer sua passagem.
Então, ela vestiu de negro, ascendeu velas e incensos, orou para que o amor a deixasse, para liberta-se. Ajoelhou-se e suas lágrimas mancharam a fotografia desbotada que ela guardava como lembrança do que vivera. Lembrança de um amor que nem nascera.
Os espinhos das rosas que segurava feriram-lhe as mãos e sobre sua face lágrimas escorriam sangrentas do túmulo outrora chamado coração.
Deitou as rosas sobre a fotografia. Levantou-se enxugando as lágrimas e partiu enquanto seu coração novamente sorria... deixando para trás o amor morto e enterrado. Levando consigo a certeza de que todas as lágrimas já haviam sido derramadas, todas as dores já haviam sido choradas e todas as lembranças, de outrora, apagadas, esquecidas. Resumidas a um simples ritual de passagem...
Pô-se de pé sobre o esquecimento. Olhou de lado o amor natimorto e despediu-se, nada mais seu havia ali, era hora de ir.
Caminhou sentindo o vento levar de si a saudade.
Após o funeral, liberdade.
Enquanto partia, sobre a lápide, lágrimas vertiam e em silêncio o pobre amor sofria.
Tentou gritar em vão pois ninguém ouvia...
Enquanto ela se sentia livre o amor mais preso se via...
E a única coisa que restava ao velho amor era uma frase deixada por ela em despedida. Uma frase que esculpira com o próprio sangue sobre a lápide fria: "Aqui jaz o Amor que descanse em Paz pela eternidade..."
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Se tu soubesses...
Ah! Se tu soubesses...
O quanto te quero bem.
Ah! Se tu soubesses que meu coração é teu
Teu, só teu e de mais ninguém.
Se soubesses que ao levantar meu pensamento é em ti
E quando fecho os olhos te sinto comigo
Deito-me na cama e adormeço para sonhar contigo...
Ah! Se tu soubesses...
O quanto te quero bem.
Ah! Se soubesses que meu coração é teu.
Teu, só teu e de mais ninguém.
Se soubesses que sou tua por inteiro...
Em pensamento, coração, corpo, espírito e alma.
Ah! Se soubesses que não existe um outro alguém.
Nem haverá de existir com o passar dos anos...
Pois o teu amor é meu cativeiro.
Ah! Se soubesses...
O quanto te quero bem.
Ah! Se soubesses que meu coração é teu.
Teu, só teu, todo teu e de mais ninguém.
Se soubesses o que nunca te direi...
Que ainda te amo e para todo o sempre amarei.
Ah! Se tu soubesses o que escondo de mim...
Saberias que um amor verdadeiro tem começo, meio e jamais Fim.
Ah! Se tu soubesses o que nunca te direi...
Apenas três palavras bastariam para eu ser tua.
Só tua e de mais ninguém.
Ah! Se eu pudesse ouvir o que nunca ouvirei...
Ah! Se tu pudesses me dizer o que sempre sonhei...
Ah! Se tu soubesses...
Se soubesses o quanto te quero bem.
Ah! Se soubesses que meu coração é teu.
Teu e de mais ninguém.
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Serenata
O sol se punha no horizante
E em uma sombra distante eu via teus passos me deixando...
Cada eco cortava o silencio dando-me a certeza de tua partida
A cada passo, mais distante te via...
A cada eco, mais dor meu coração sentia...
Pouco a pouco, meus olhos se tornaram cansados
Tua imagem foi ficando difusa e tua sombra não me fazia mais companhia...
Luz e sombra...
Som e silêncio...
Teus passos se perderam na imensidão
Não mais ouvia a serenata do teu sorrir...
A luz do sol se apagou, escondeu tua sombra e impediu-me de te seguir...
Para onde foram teus passos?
Ouço ecos que já não estão mais aqui...
Apenas um fantasma teu vagueia em minha mente.
Noite após dia...
Que caminho seguiste que te distanciou do meu?
Há estradas a minha frente mas teu rastro não está lá dizendo-me para ir contigo...
Há vultos e imagens vindo ao meu encontro...
Há rostos sorrindo para mim...
Mas não são os teus olhos que encontram os meus.
E não sinto a segurança do teu abraço a cada chegada.
Partida.
O sol se pôs e com ele foste embora...
Uma lembrança se perde a cada fim de tarde...
Um amor nasce, morre, vai embora... amizade.
Fica no horizonte a saudade.
Rompendo a noite em soluços se banha a lua...
Lua que um dia foi minha e tua.
Lua para a qual revelei segredos.
Nela te guardei e te protegi do tempo...
Quisera que pudesses ficar ali para sempre guardado em mim.
Mas com o pôr do sol veio o adeus.
E te vi, ao longe, partindo sem beijo de despedida.
Fiquei imóvel não acreditando no fim.
Estive por um bom tempo afastada de mim.
Nem percebeste mas levou-me contigo...
Eu já era tua, nem vida tinha se não estavas aqui...
A luz me deixou.
O sol se apagou.
Não mais te vi.
Não estavas aqui, não voltou.
Eu fiquei.
Te esperei...
Vi o sol voltar a nascer...
Mas tu não vieste me aquecer.
Novamente o sol se pôs.
A luz ofuscou.
Escuro...
Silêncio...
Morri.
Renasci.
No silêncio um canto...
O sol canta à lua seu lamento...
Ao meu lado o amor me faz companhia
E no silêncio o pulsar de dois corações em sinfonia...
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Só o coração sabe...
Chora coração essa dor que há no peito e que chamam de saudade
Chora coração essa ânsia de viver buscando a tal da felicidade...
Chora coração os amores que passaram, os amigos que se foram, as conquistas, as derrotas, as dores... Chora.
Chora que na vida nem tudo são flores...
Chora de saudade.
Chora coração de felicidade!
Chora coração o peso que traz na alma...
Chora, liberta o grito trancado por dentro, não importa o que irão dizer de ti ou de mim.
Chora coração! Liberta a alma, perca a calma. Grite, berre, cante, dance.
Liberte-se!
Chora coração não seja como tantos outros que vivem de aparências e falsidade...
Chora coração pois tudo que trago em mim é Verdade!
Chora que te faz bem, nos faz bem.
Faz dos olhos escorrer o pranto...
Chora coração, lava a alma.
Chora pelo amor perdido...
Chora pelos amigos que foram embora...
Chora de saudade, de amor, de tristeza, de alegria e de dor.
Chora com ou sem motivo.
Chora que isso te faz bem e a mim também consola...
Chora coração e me alivia o corpo, o coração, a alma.
Chora coração, grite! Quem sabe alguém te auça...
Chora coração, rasgue o pranto, rompa o silêncio, a conformidade.
Chora coração o peso das minhas escolhas, dos meus erros, dos meus medos.
Chore mas mantenha a calma...
Chore que tudo vai passar...
Chore que ficaremos bem.
Chore o preço que paguei por te entregares.
Que eu choro por te ver assim partido...
Chora coração eu não te culpo. Bem sei que errei ao não te manter comigo.
Chore coração a minha falta de juizo, por ter te dado de presente a quem não te merecia, não te queria.
Chora coração eu não te julgo e também choro a minha insanidade.
De te entregar a alguém que te passou adiante, sem piedade.
Chora coração! Chora por ti, por mim e por todos aqueles que já estiveram no teu lugar.
Talvez alguém nos entenda...
Pois só chora quem é capaz de amar.
Talvez alguém, em nossa história se conforte.
Talvez um dia estejas bem, forte!
Mas agora, chora. Se banhe em pranto porque eu te entendo...
Chora coração que nos meus olhos já se faz o pranto.
Chore seu lamento, seu amor em um trsite canto...
Que meus soluços sejam teus gritos de liberdade.
Chora coração por amor e de saudade.
Chora coração, tudo bem...
Eu te entendo...
Choras porque eu também choro, assim, à toa.
Chora meu bom amigo...
Às vezes, eu choro também sem saber o motivo...
Talvez seja a razão de não estares comigo...
Chora coração, não estás sozinho. Estou aqui, não me deixe. Respire. Ficarás bem...
Não morra coração porque eu te quero, fique comigo.
Não te entregarei mais, jamais será partido.
Às vezes eu choro sem saber o porquê... sem razão, sem motivo.
Choro...
terça-feira, 26 de abril de 2011
Destinos trocados
Hoje me surpreendi, ao meu lado, não estava mais vazio o lugar que um dia foi teu.
...
terça-feira, 19 de abril de 2011
Nas asas da Liberdade
Estava eu a beira de um precipício a buscar por salvação...
Orava a Deus em meio a lágrimas e por meus pecados implorava perdão.
Estava eu de braços abertos ao infinito...
Infinito de meus sonhos, de minhas dores, de meus medos.
A admirar um profundo abismo.
Estava eu sem medo a beira de um precipício a chorar...
Sozinha e perdida, diposta a pular.
Desejava o vôo noturno da morte..
Chorava a minha própria sorte.
De não mais amar...
No buraco ao peito jazia o amor que nascera morto
Trazia nas mãos o coração ainda vivo, dilacerado
Que do peito outrora fora arrancado
Para não mais doer...
Eu estava a beira de um abismo
Neste momento era viver ou morrer...
De olhos fechados, coração posto de lado comecei a voar...
Um salto rumo ao infinito
O mais silencioso e profundo abismo
Veio me libertar
Estava eu a beira de um precipício disposta a saltar...
Flutuava dormente um coração ainda a sangrar...
Quando senti o chão face a face o amor veio me salvar.
Eclipse
Noite silenciosa noite que vela o choro dos amantes que foram separados...
Vela por mim, chora meu pranto de amor desconsolado.
Ó noite que esconde os desejos e mistérios dos amantes, leva-me aos braços de meu amado...
Sussurra meu nome em seu ouvido, envolva-o no afeto de meus braços, para que antes que o sol nasça ele sinta que chorei seu canto de saudade minha...
E que a lua que lá no céu cintila faça a ele, em meu lugar, companhia.
Ó noite, sagrada e silenciosa noite a ti proclamo meu amor e devoção... Leva-me aos braços de meu amado e o liberte das armadilhas do desejo, do engano, da escravidão.
Ó lua protetora dos apaixonados não permita que duas almas que se buscam sejam impedidas de andarem lado a lado.
Ó lua que no céu sozinha chora derrama tuas lágrimas sobre o leito agora vazio dos amantes...
Rogo a ti que quando o sol se levante esteja eu a sorrir o meu amor triunfante.
Ó lua majestosa rogo-vos pelos amantes que foram separados, pelos corações que sofreram ao pecado "que todo aquele que justo for ao ser amado" não tenha seu amor diminuido, desprezado, derrotado.
Que se cumpra as promessas de outras vidas, de duas almas que fizeram por se encontrar. Que nada as separe, pois feitas foram para uma a outra apenas amar.
Ó lua que do céu me ouve e me ilumina, a altas horas, toma para ti a minha sina que mesmo distante meu amor me sinta agora e sob teu véu virginal possa ele jurar-me amor eterno, sincero, sem igual.
Ó lua protetora dos amantes que amantes sejamos sempre eu e meu amado. Que não haja mais separação entre dois corações apaixonados e se nos braços não pudermos um do outro estar não permita que do coração sejamos arrancados.
Ó lua que foste separada do sol... tu entendes o meu tormento não permita que eu viva por mais tempo longe do meu amado...
Aos céus rogo por compaixão que me seja permitido um encontro às escuras, feito sol e lua, nem que seja um pequeno instante para que eu possa ser tua.
Ó encantadora lua que meu amor perdoe-me por eu ser assim: solitária e distante... lua.
Sou eu de alma errante, saudosa, sofrida amante, mas pura.
Tua.
Feitos como sol e lua...
domingo, 17 de abril de 2011
Mudanças
As mudanças surgem para que possamos crescer, amadurecer, nos aprimorar. As mudanças surgem de nossas escolhas. Infelizmente não podemos ter tudo que desejamos, é preciso abrir mão de algumas coisas...
É assim que as coisas são: se escolhemos A não teremos jamais o B e, com isto, vêm as mudanças... Mudamos nossa maneira de pensar, mudamos a roupa, mudamos de emprego, mudamos até a cor do esmalte, mudamos de amigos... Infelizmente mudamos...
Eu mudei, estou sempre de mudança. Só não sei para onde estou indo, mas espero que seja para algo bem melhor...
Espero estar mudando de direção.
Espero chegar a um lugar onde me sinta em casa. Um lugar que reconheça o cheiro, que sinta paz, segurança...
Espero braços abertos ao meu encontro. Espero paz de espírito, espero aconchego, espero felicidade.
Por enquanto estou de mudança... indo para algum lugar, indo em busca de sonhos, de paz, tentando me encontar.
Talvez encontre amor, esperança e novos caminhos para trilhar...
Estou de mudança, talvez não nos encontremos mais... talvez eu nunca mais volte, talvez, não sei... estou a caminhar...
Talvez me vejas passar, talvez te acene de longe e diga até breve, talvez me chames de amor e me peças para ficar...
Estou de mudança, até breve...
Talvez um dia eu possa voltar.
terça-feira, 12 de abril de 2011
A Rosa Negra
De um sonho ela foi concebida
Colhida ainda em botão...
Negra e silenciosa como a noite,
Intensa, viva feito um sofrido coração...
Entre outras foi a escolhida
A mais linda entregue em minhas mãos...
Foi selada com um beijo
Agora jaz repousa em uma doce recordação...
sábado, 9 de abril de 2011
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Andante...
Ando por aí procurando por alguma coisa que ainda não sei ao certo que nome tem ou virá a ter.
Algo que ainda não senti o sabor, o aroma, a cor.
Que não sei de onde vem nem para onde vai...
Algo para crer
Algo para sonhar
Algo para viver
Algo para amar...
Ando por aí, às pressas, a procurar e a fugir...
A fugir de mim e de ti.
A procurar por amor
Por esperanças
Por sonhos para sonhar
Por um som para dançar
Uma cor para pintar meu ser
Um lugar para enraizar meu viver.
Ando por aí a procurar por ti e por mim...
Ando de vagar por aí...
Vago, andando, a caminho de algum lugar...
Um lugar aonde chegar
Aonde ficar.
Aportar meus medos
Meus sonhos e segredos
E depois partir.
Nem muito de pressa nem muito de vagar "ANDANTE"...
Pegadas ao vento...
Por onde andas meu coração vai contigo...
A cada passo do caminho.
E podem chamar isso de insensatez.
Podem chamar de engano
Podem dizer que é falta de orgulho
Podem chamar de ilusão.
Podem dizer que é imaturidade
Podem chamar de burrice
Loucura, possessividade...
Mas não posso te arrancar do meu coração.
E podem continuar falando, lançando pedras ao vento...
Podem dizer que me falta amor, orgulho, vaidade...
Mas se me falta algo a sentir por mim é porque ja te dei meu tudo.
Podem falar, gritar, ofender...
Pode o tempo parar
Pode a vida esvair
Pode o mundo acabar
Pode o sonho morrer
Continuarei amando você.
Por onde eu andar irás comigo
Por onde seguires guardarei teus passos
Se não posso ao menos estar ao teu lado, te mantenho seguro em meus segredos.
Preservo-te em meus poemas...
Escondo-te em meu coração.
Se não posso acompanhar-te e não podes vir a mim, o que mais posso fazer além de amar-te? De leve, de mansinho, de longe...
Guardo-te entre minhas mais doces lembranças...
Protejo-te em meio as minhas loucuras, sonhos...
Tento te afastar de minha própria estupidez...
E depois de tudo, ainda assim, te amo e entrego-te a Deus em oração...
Podem chamar do que quiser...
Podem chamar do que tem nome e ainda do que for inventado...
Pode vir os anos, o sol, a chuva, o frio, o calor, o dia, a noite, o tempo...
Podem dizer que é raiva, esperança, loucura, rancor, tormento...
Eu ainda chamo pelo nome mais simples, mais puro, mais terno, mais incompreendido, mais buscado, menos sentido...
Eu, simplesmente, chamo de amor.
terça-feira, 5 de abril de 2011
Procurado vivo ou morto
Conheço um coração que procura por um aliado
Procura por um amigo, um companheiro, um amante
Alguém que lhe respeite, lhe queira bem, lhe guarde
Alguém que lhe livre do mal, da culpa, do pecado...
Conheço um coração que já foi partido, rasgado, ferido, espancado, morto, morrido e matado...
Conheço um coração que já sonhou, já amou, já lutou, já perdeu e já ganhou...
Conheço um coração que também já errou, já aprendeu, já viveu...
Conheço um coração solitário, vazio, abandonado...
Mas que depois de tudo sobreviveu e ainda sonha em ser amado.
Conheço um coração que chora de saudade
Que sangra de ciúmes
Que briga por atenção
Que deseja carinho
Que sonha com a felicidade...
Conheço um coração que cansou da liberdade
Que não quer ser sozinho
Que quer mais que amizade...
Conheço um coração que espera por alguém...
Com esperança e fidelidade.
Venha logo, meu coração te espera para sermos dois pela eternidade...
segunda-feira, 4 de abril de 2011
O vôo da Lagarta
A inveja é uma coisa feia... mas conheço uma menina que fica debruçada na janela pensativa... observa a grama, as roseiras, as margaridas, o alecrim e inveja as lagartas...
Esta menina sonha demais, ama demais, chora demais. Esta é sua vida...
Quisera ela ser uma lagarta também e viver de metamorfoses...
Quisera poder superar limites, transceder o corpo, libertar-se, ir além...
Além do que os olhos podem ver.
Além do que as mãos podem tocar...
Além do que as palavras possam ferir...
Quem dera se esta menina pudesse ter sido, nesta vida, uma lagarta.
Quem dera pudesse consertar seus erros, neutralizar seus defeitos, surpreender-se...
Quem dera se pudesse ficar quietinha em seu canto esperando...
Esperando pela vitória, pela transformação, pela mudança, pelo vôo da liberdade...
Quisera esta menina ser lagarta também, por um instante. Prender-se em seus pensamentos, envolver-se em seu coração, fechar seus olhos, imaginar o azul do céu e voar...
Quem dera pudesse esta menina abrir seus olhos e ter de volta seus sonhos inteiros em suas mãos...
Quem dera não fosse apenas mais uma ilusão...
Sonhos são desejos que nascem no coração dos homens para dar sentido a suas vidas. Sem eles não haveriam motivos para abrirmos os olhos todas as manhãs... sem eles não teríamos pelo que lutar, sem eles a vida não teria tantas cores, não teria sabor de novos amores... Sem sonhos a vida não teria sentido...
Mas o que fazer quando o sonho perde o sentido?
Quando somente sonhar não basta?
Devemos voar... Deixar a mente aberta, livre, leve para sonhar mais, para alçar võo rumo a liberdade.
Quem dera não ser da vida uma peça solta neste jogo louco de intrigas e poder...
Quem dera pudesse ser apenas uma lagarta, da qual não se espera nada, mas que espera uma vida para se aperfeiçoar e embelezar os olhos daqueles que lhe desprezaram...
Quem dera esta menina deixar esta sina de balbucear loucuras, de escrever palavras, de tecer sonhos e pudesse voar...
Quisera poder ser lagarta, ser paciente, tolerante e depois de tudo encher de amor e beleza os olhos de quem não lhe amou...
Quem dera pudesse ser lagarta... fechar os olhos, dormir, esquecer...
Acordar num rompante, rompendo correntes, rasgando pudores, sem pranto nem dores...
Quem dera sair do casulo, mais forte, mais segura, confiante no vôo futuro...
Quisera rasgar as vestes, derrubar as máscaras e se fazer nua, limpa, pura...
Quem dera não ver mais nada à frente, apenas céu azul no horizonte, um sol no poente...
Esticar o corpo de mansinho, sentir a sol sob a pele, abrir as asas de leve e voar sem destino...
Voar rumo a liberdade.
Voar nos braços da tal felicidade...
Ah!
Quem dera...
sexta-feira, 25 de março de 2011
Dança: ritual corpóreo
Já disse Baudelaire: o amor é um crime que não pode se realizar sem cúmplice...
É preciso pelo menos dois: o eu e o ser amado.
Sem medo.
Sem culpados ou inocentes, já vesti minhas luvas de seda...
E quanto a esta noite, assim como a névoa lá fora, suspense...
Esta noite cometo um assassinato, depois minha alma canta e dança.
Vou matar meu outro eu. Aquela parte de mim que me aprisiona.
Santidade versus insanidade.
Santidade versus insanidade.
Depois da dança, ao nascer do sol, liberdade!
Esboço de um conto que não é de fadas.
Meus amigos costumam dizer que eu não aceito elogios, que não consigo ver minha grandeza, minhas qualidades e me encolho.
Talvez isto tenha um fundo de verdade. Assim como, é verdade também que, existem pessoas que só conseguem ver nossos defeitos...
Então enquanto me vestia parei em frente ao espelho e fitei-me por um instante... E vi-me por inteira, dos cabelos negros às unhas dos pés pintadas à francesinha e me vi pequena em meus 1,64 de altura.
Então fui até a sapateira e peguei meu Scarpin preferido: preto, de camurça e com 15 centímetros de salto agulha.
Sentei na cama, calcei-os. Parei e pensei por um instante... Pus-me de pé e fui, novamente, à frente do espelho...
Mirei-me, mais uma vez, de cima a baixo e fiz o movimento reverso. Mas, mesmo depois disso, não me vi grande.
Então, retoquei o delineador, apanhei a bolsa, as chaves e saí...
Já era madrugada... a noite estava um pouco fria, uma névoa, um ar nublado, um vento sutil tentava bagunçar meus cabelos, mas eu nem ligava... eu também não ligo para isso.
Algum tempo depois, encontrei-te onde havíamos combinado... E viestes a mim, assim como o vento, caminhando de mansinho... Parou a minha frente sem nada dizer. Fitou-me com um terno olhar, um sutil sorriso ao se aproximar... Beijou-me na esta e me protegeu em um abraço: quente, forte, lento... Doce acariciar.
E, neste momento, eu me senti grande.
(...)
Há pessoas que nos fazem mal, mesmo sem querer. Despertam o pior de nós. Mas, há aquelas que nos tornam melhores, maiores... Que nos vêem bem maior do que realmente somos.
A grandeza de uma pessoa não é medida pela sua altura e sim pela capacidade que seu coração tem de amar.
Eu amo a tudo e a todos, sem distinção, sem cor, sem credo, sem desconfiança, sem medo.
E não preciso de alguém para me dizer quem eu sou. Cada um tem o direito de dizer o que pensa a meu respeito, mas isto não me aumenta e nem me diminui, porque sei exatamente quem eu sou e não preciso de alguém para me autoafirmar.
quinta-feira, 24 de março de 2011
Ciranda...
Enquanto a alma dança (um som inaudível: agudo, feito choro de criança) o corpo pacere imóvel mas uma força paira no ar...
Força! Vai coração leve a voar...
Baila coração, sem pranto!
Dança minh'alma a recordação de uma noite passada em branco.
Plágio
Sou meio Cazuza, totalmente exagerada. E eu quero... Quero muito "ser teu pão, ser tua comida todo amor que houver nessa vida"... Diria mesmo que sem dinheiro, sem garantia. Sou, assim, "maior abandonada" e bato a tua porta, "perdida: sem pai nem mãe, querendo a tua mão e um pouquinho do braço" querendo tua atenção, teu colo, teu corpo, tua mente, teu eu, teu ser, tudo e nada que possas me oferecer. "Teu corpo, com amor ou não." Apenas, pequenas porções de ilusão. Porque: "mentiras sinceras me interessam!"
Eu sou assim, meio Clarice Lispector: às vezes calmaria, outras: tua Tempestade. Afinal: "Posso ser leve feito uma brisa ou forte feito uma ventania" Depende de como me vês passar. Depende de como me lês... Depende se queres me entender ou não. Mas eu, assim como a vida, "Ultrapasso qualquer entendimento."
Sou meio Renato Russo, às vezes autodestrutiva, às vezes corrompida, às vezes "A força da Vida".
Sou meio Pink Floyd: cheia de fases e viajo em cada uma delas... Às vezes multicolorida, divertida. Às vezes clássica e elegante. Às vezes deprimida, doente, pulsante. Porém, sempre progressiva, constante...
Sou meio dolorida e meio alegre, como o choro em um solo de guitarra. Sou como a simplicidade e a beleza traduzida nas teclas de um piano. Sou a contradição de uma música muda, composta só de letra... Sou como um raio que rompe a escuridão da tempestade, como um grito que agride o silêncio, como o véu que esconde a pureza, como a máscara que se usa para encobrir a tristeza. Sou assim: a linha tênue entre a menina e a mulher, às vezes alegre, em outras triste. Sou o que eu quiser...
Às vezes sou antiga, empoeirada e saudosa feito meus velhos discos de vinil. Sou incompreendida, uma alma do passado presa a conceitos talvez antiquados que fazem de mim um misto de mistério, desejo, incompreensão.
Sou como meus bichinhos de pelúcia, terna, delicada, fofa e meiga para quem merece meu carinho e conquista meu coração. Sou também forte, quente e causo dor aqueles que rompem a linha tênue entre meu ódio e meu amor.
Sou de extremos, mas sou de verdade. Sinto, penso, vivo, tudo com total entrega e sensibilidade. Não consigo ser pela metade. Não consigo amar pouco, não consigo sofrer de quase ou viver de pode ser... Como diria Cazuza: "É matar ou morrer!"
É isto que sou. Um plágio de meu outro lado, um misto do que gosto e do que desgosto. Uma mistura entre minhas paixões e minhas decepções e tudo que passo se não me mata, me fere isto é fato, porém de torna mais forte.
Sou o que sou e se isto te causa dor sinto muito, mas ainda assim é bem melhor que a inútil indiferença de passar pela vida de alguém sem deixar marcas. Sem amar.
Sou marcada a ferro e fogo por tudo que vivi e que sofri. E como a Rosa tenho meus espinhos. Posso te marcar sutilmente como um veludo acariciando tua pele ou como arranhões entrando em tua carne. Mas, de alguma forma irei te marcar porque sou várias. Sou alegre, sou triste, sou insegura e determinada, ou frágil e mortal, sou tua ou não. Mas nunca vazia. Posso ser quente ou fria, mas sempre vais me sentir.
Eu sou assim, meio Clarice Lispector: às vezes calmaria, outras: tua Tempestade. Afinal: "Posso ser leve feito uma brisa ou forte feito uma ventania" Depende de como me vês passar. Depende de como me lês... Depende se queres me entender ou não. Mas eu, assim como a vida, "Ultrapasso qualquer entendimento."
Sou meio Renato Russo, às vezes autodestrutiva, às vezes corrompida, às vezes "A força da Vida".
Sou meio Pink Floyd: cheia de fases e viajo em cada uma delas... Às vezes multicolorida, divertida. Às vezes clássica e elegante. Às vezes deprimida, doente, pulsante. Porém, sempre progressiva, constante...
Sou meio dolorida e meio alegre, como o choro em um solo de guitarra. Sou como a simplicidade e a beleza traduzida nas teclas de um piano. Sou a contradição de uma música muda, composta só de letra... Sou como um raio que rompe a escuridão da tempestade, como um grito que agride o silêncio, como o véu que esconde a pureza, como a máscara que se usa para encobrir a tristeza. Sou assim: a linha tênue entre a menina e a mulher, às vezes alegre, em outras triste. Sou o que eu quiser...
Às vezes sou antiga, empoeirada e saudosa feito meus velhos discos de vinil. Sou incompreendida, uma alma do passado presa a conceitos talvez antiquados que fazem de mim um misto de mistério, desejo, incompreensão.
Sou como meus bichinhos de pelúcia, terna, delicada, fofa e meiga para quem merece meu carinho e conquista meu coração. Sou também forte, quente e causo dor aqueles que rompem a linha tênue entre meu ódio e meu amor.
Sou de extremos, mas sou de verdade. Sinto, penso, vivo, tudo com total entrega e sensibilidade. Não consigo ser pela metade. Não consigo amar pouco, não consigo sofrer de quase ou viver de pode ser... Como diria Cazuza: "É matar ou morrer!"
É isto que sou. Um plágio de meu outro lado, um misto do que gosto e do que desgosto. Uma mistura entre minhas paixões e minhas decepções e tudo que passo se não me mata, me fere isto é fato, porém de torna mais forte.
Sou o que sou e se isto te causa dor sinto muito, mas ainda assim é bem melhor que a inútil indiferença de passar pela vida de alguém sem deixar marcas. Sem amar.
Sou marcada a ferro e fogo por tudo que vivi e que sofri. E como a Rosa tenho meus espinhos. Posso te marcar sutilmente como um veludo acariciando tua pele ou como arranhões entrando em tua carne. Mas, de alguma forma irei te marcar porque sou várias. Sou alegre, sou triste, sou insegura e determinada, ou frágil e mortal, sou tua ou não. Mas nunca vazia. Posso ser quente ou fria, mas sempre vais me sentir.
quinta-feira, 17 de março de 2011
A Mensagem
Recebi uma mensagem de alguém que sempre me acarinha a distância. O final dela era simples e objetivo: "Tenha um dia como desejar."
Sim! Sorri e pensei em voz alta ao ler a menagem: terei!
Lembro-me que estava caminhando, apressada, para pegar o ônibus com destino a mais um dia de minha rotina... como sempre faço, estava me preparando para colocar os fones de ouvido quando o celular tocou... sabia de quem era a mensagem, pois conheço cada um de meus amigos e tem aqueles que estamos sempre ligados em pensamento e há também aqueles com hora marcada para dizer que nos amam... e isso é bom. Quem não gosta de se sentir amada? Eu gosto!
Afagos na alma é o que recebo de quem realmente me ama, é o que recebo de meus amigos, em doses diárias de carinho. Doses homeopáticas, amor em forma de mensagem, de um telefonema, de um scrap, um email no fim do dia, um desejo de boa noite... Ah, o remédio para a cura do corpo, do coração e da alma!
Mas, como dizia, e antes que me fuja o pensamento e eu me perca em devaneios, estava a caminho da Universidade quando recebo uma linda mensagem, bálsamo para meu coração... Não convém explicar ou citar aqui o seu conteúdo pois, como diria Maquiavel: "O fim justifica os meios" e é ao fim que quero chegar...
Apesar de eu não concordar com ele, quero dizer apenas que não convém a vocês meus queridos amigos saber que a mensagem continha amor expresso em cada letra, mas que ao final derrubava tudo antes ja expresso, já mostrado, já sentido, já visto. E foi este final que me fez pensar...
Lembro que, de tão alto que pensei, fui ouvida pelas pessoas a minha volta que, por certo, pensaram: "Nossa, esta é doida!". Mas, entre risos de bom senso, repeti para mim mesma a fim de aprender e de gravar em mim o que já estava gravado em meu celular: "TENHA UM DIA COMO DESEJAR".
Aí está o segredo desta vida meus queridos amigos... É fácil deixar as coisas nas mãos do destino e simplesmente esperar. Nos poupa o cansaço da luta, nos proteje de falhar, de sofrer, de perder... É mais fácil não é? Dizer: "Ah foi o destino quem não quis!"; "É, Deus que quer que eu passe por isso..." "É meu fardo!"... É mais fácil não é?... Mas basta!
Basta de ficarmos parados. Chega de empurrar com a barriga, de deixarmos para amanhã, ou de deixarmos a cargo do destino...
Sinto muito informar-lhes mas destino não existe. O que existe são escolhas.
São nossas decisões que farão de nós pessoas alegres ou tristes; bem sucedidas ou fracassadas, lutadoras ou conformistas, fracas ou fortes, boas ou más. São nossas escolhas.
Nós decididos como passaremos uma hora, um dia ou o resto de nossas vidas.
E não está nos outros, por mais que nos queiram bem, decidir por nós.
A escolha é nossa, é própria, é de cada um.
Tenham um dia como desejarem...
Eu terei, porque já escolhi.
Escolhi lutar, escolhi vencer, escolhi ser feliz, escolhi viver.
Façam suas escolhas também e vivam.
Senão restará apenas ficar sentado, braços cruzados, esperando o destino...
E, assim como o coelhinho da páscoa, o destino não existe. É somente uma ilusão nossa de cada dia, um caminho mais fácil, uma conformidade para nossa própria covardia...
Tenha um dia como desejar!
quarta-feira, 9 de março de 2011
Segredo
Me dê a mão e me diga que vai ficar tudo bem
Me abrace e me diga que vamos recomeçar
Eu já vi teu olhar assim antes
Já ouvi teu coração dizendo que podemos tentar
Nos de uma chance de terminar o que deixamos pela metade...
Eu vi amor no teu olhar.
Eu vi no teu corpo saudade...
No modo como tua mão procura a minha
Quando tua boca mergulha em mim quando nossos corpos se encontram
Não podemos negar...
O desejo vem, aflora no ar.
Ou será loucura?
Loucura essa sina de te amar...
Eu li no teu olhar o que não tens coragem de dizer
Vi que tua boca ainda não me esqueceu
E que teu corpo ainda quer o meu
Vi que quando estamos juntos não existe nada alem de nós dois
Vi que ainda somos um, um desejo, um segredo...
E eu não me preocupo com o que será depois
Se continuaremos sendo um ou dois ou mais...
Eu vi no teu olhar o que não esquecerei jamais.
Que depois do furacão vem o arco-íris...
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