terça-feira, 30 de agosto de 2011

Ovelha Desgarrada




Misericórdia Pai porque pequei...
Achei ter amado, me afastei de ti Senhor, me enganei.
Perdão Pai porque pequei...
Me iludi, sofri, me perdi, não mais te busquei.
Misericórdia Pai porque pequei...
Que a destra da tua justiça me sustente e volte a guiar cada passo meu.
Que teu Espírito Santo renove o verdadeiro amor que desde o ventre me deu.
Que tua força seja minha também, meu escudo, minha fortaleza, minha rocha. Meu Redentor.
Perdão Pai porque fraca fui e fraca sou longe do teu Amor.
Perdão Senhor! Perdoe a mim e também a quem me magoou...
Perdoe a quem me fez sofrer e a quem não me amou.
Perdoe à todos que de coração se arrependem e pedem pela tua misericórdia e pela tua compaixão.
Derrame à todos a tua Graça e teu infinito amor.
Misericórdia Pai, eu te peço, encha com tua Paz o mais sofrido e arrependido coração.

Perdão!





Mentiras





Eu não vou mentir para mim como tu mentiu.
Não vou me enganar como tu enganas a ti mesmo.
Não vou fingir que esta tudo bem se não está...
Não vou fazer de conta que não me importo com o modo como as coisas estão.
Não posso mentir para mim mesma, esconder, negar o que está no coração.
Não vou me fazer de forte suportando uma dor que não é só minha.
Não vou buscar saída se os erros vieram pela porta de entrada e lacraram a passagem.
Não vejo a luz no fim do túnel trazendo de volta a esperança.
Não vejo presente nem futuro a nossa volta, estamos presos em lembranças.
E não adianta cobrir os olhos com o véu do disfarce mais perfeito e mais feliz...
Pois lá no fundo, em silêncio, a alma chora nos mostrando a verdade.
Que o sorriso é só um momento passageiro e incerto.
Que logo-logo irá passar e aqui estaremos, no silêncio e solidão.
Sentindo ainda a falta daquilo que nos completa...
Mostrando que nossas escolhas foram incertas...
E enquanto as lágrimas ainda vierem é porque a felicidade não está totalmente aqui...
Ela se perdeu, lá atrás, enquanto seguimos por caminhos diferentes...
E continuamos insistindo que as coisas ficarão bem...
Mas sabemos a verdade, ela não é tão boa nem tão alegre.
Nem para mim e para ti também....
Mas escolhemos viver na mentira, nos disfarces e na aparência.
Nos falsos sorrisos, nos prazeres efêmeros...
E quando o noite e a solidão vêm o véu cai da face e nos mostra como realmente estamos...
Perdidos, feridos, esquecidos...
Mas o coração jamais esquece é ele quem nos mostra a verdade.
Que ainda sonhamos e tentamos correr atrás da tal felicidade...
Felicidade que se torna uma mentira. Pois quando fico sozinha me sinto incompleta.
O que me falta?
O que perdi?
O que ainda preciso?
Eu não sei. Ou melhor, eu sei. Mas não está mais aqui...
E eu prometi não chorar. Prometi seguir...
Tu prometeu ser para sempre, para sempre...
Mas como acabou sem ter acabado?
Como partiu se te sinto aqui?
Eu prefiro que vás. Que me deixes, preciso de Paz.
Cansei de mentiras das tuas e das que eu te digo para aparentar ser feliz.
Eu sei... não posso acusar-te pois também uso este véu pesado do disfarce...
Quem sou eu? Falsa? Louca?
O que é mentira, o que é verdade? Só o coração sabe!
Eu não te reconheço mais, nem através do disfarce.
E quem sou eu, será que tu sabes?
Quem sou eu? Sou aquela que te amou e tu não mereceu...

Nós dois sabemos.
Eu sei das tuas mentiras e tu sabes das minhas verdades.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Sorteio - Livrinho de Poesias

Amigos e caros visitantes que acompanham este blog, acompanham meus pensamentos e minha insistente mania de brincar de ser escritora. Gostaria de agradecer e presentear a todos que me apoiaram, desde o início, nesta caminhada em pról dos meus sonhos e meu amor pela poesia, mas, infelizmente, não posso dar um livro a cada um... Mas saibam que todos, cada um e cada uma, que aqui vêm para me ler, para conhecer um pouquinho deste meu coração doido, apaixonado e sonhador, que estarão em meus pensamentos e minhas sinceras orações. Sintam-se, por mim, no coração beijados.
Gostaria de dar um livro de coletânea de poesias a cada um de vocês, mas, como não é possivel, irei disponibilizar um exemplar para sorteio. Quem quiser participar deixe o nome aqui em forma de comentário. Caso fores de outra cidade  e não Santa Maria/RS, após o sorteio, deverá informar o endereço para que eu possa fazer o envio do mesmo.
Interessados em ler minhas bobagens românticas e outras belas poesias, deixem o nome aqui nesta postagem em forma de comentário.
Obrigada a todos pelo apoio, insentivo e amizade.
Obrigada, sobretudo, pelas inspirações e lições de vida!


Com Amor,


Renata Bicca

Tragédia Romântica







O dia já havia amanhecido há muito tempo, mas era como se o relógio houvesse parado... Sobre os lençóis, ainda revirados, o amor se encontrava aos cacos, feito em mil pedaços.
No corpo, um misto de prazer e dor; remorso e esperança; medo e mágoa; desejo e culpa; alegria e tristeza. E o amor ali... Olhava para ela em seus braços e sorria, terno, feito menino apaixonado. Menino com sorriso zombeteiro, tristonho, tímido, amante e companheiro.
Não havia dúvidas aos dois, o amor ainda existia e, entre lágrimas, ele soluçava e sorria.
Então, no silêncio, algo se moveu sobre a cama, deixando o amor ali, ainda preso a um sonho... Ela vestiu-se e sem dizer uma palavra partiu... Deixando o amor ali morto de felicidade e agonia.
Pobre amor! Aos cacos se levantou e pôs-se a chorar a dor do outro coração que partido lhe arrancou do peito e o deixou para trás.

Chagas





De braços abertos tu me encontraste
Neles te segurei
Neles te guardei
Neles te escondi dos medos, das dores, das lágrimas, dos fracassos e dos falsos amores.


Foram meus braços abertos que te levantaram
Meus braços abertos que te guiaram
Foram meus braços, mãos e lábios que te seguraram, te protegeram e te amaram.


De braços abertos fui ao teu encontro
De braços abertos corri aos teus
De braços abertos me entreguei...
E te encontrei fechado.
De costas, braços para mim cruzados.


E foram meus braços abertos que mais te amaram.
E os teus, fechados na ingratidão, que me crucificaram.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Caminhos




Meus caminhos já foram mais retos e precisos
Assim como meus passos mais seguros e firmes
Já não ando com leveza, tudo tonou-se incerto.
Quando olho à frente o sol me cega
O cansaço me enfraquece
É tudo nebuloso e não te avisto com clareza.

Uma sombra guia-me por caminhos tortos...
Uma voz faz-me prosseguir
Aos esbarros, cambaleando, por aí...
Às vezes, pego a velha estrada pela qual passavas...
Noutras perco-me em novas trilhas, outros rumos
Tentando de mim fugir.

Caminhos que me levam ao longe
Que me afastam de ti...
Caminhos circulares que me fazem regressar
Atalhos que pego e trazem-me de volta aqui...
Àquele lugar aonde encontro nossos sonhos
A tortuosa curva na esquina onde voltas a mim.

Caminhos que vão e vêm
Bifurcações na estrada que nos afastam
Passas por mim e segues em frente
Passo por ti e volto atrás...
Caminhos que nos levam e nos trazem de volta.
Fazendo um pelo outro cruzar.

Sem aceno ou bom dia!
Sem até logo ou como vai?
Passamos um pelo outro sem nos vermos
Neste infinito e tortuoso vem e vai...
Levas na bagagem teus sonhos e medos
Eu, sem nada nas mãos, levo-te comigo em segredo.

No vento
No peito
A cada passo do caminho,
Amor e desalento...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Déjà vu




Eu estou aqui.
Onde sempre estive.
Aqui no encontro com as lembranças,
No lugar chamado solidão.

Ainda aqui...
Aonde o amor frágil sobrevive.
Aqui entre as lacunas de minhas esperanças,
No mar morto da paixão.

Sempre aqui...
Aonde um pouco de ti em mim mantive.
Aqui onde tu descansas,
No baú secreto e profundo coração.

Eu estou aqui.
Onde me viste pela ultima vez.
Aqui onde cometi, entre todas as loucuras, a maior insensatez...
Aqui aonde tu não me alcanças.
Aqui onde ninguém entra e nada sai.
Aqui aonde o amor, aos poucos, se esvai.

Ainda estou aqui...
Aqui onde sempre estarei e nunca estive.
Aqui entre as páginas rasgadas de minhas inseguranças,
No lugar onde meus sonhos caem ao chão.

Estou aqui, ainda aqui, sempre aqui.
Aonde um dia tu esteves também...
Aqui aonde nunca haverá outro alguém.
E ainda seguro nossos sonhos em minhas fracas mãos.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Lágrimas silenciosas entre acordes...



Acorde meu bem, já é madrugada e eu toco essa canção sem voz para dizer-te as palavras que não posso suportar e que não podes saber...
Faz tempo que te perdi e só agora percebo tua falta e vejo com lágrimas nos olhos que não estás aqui.
Tu sabes meu bem que ao meu lado tem outro alguém... o destino deu tantas voltas que me perdi e quando achei que tinha tudo que sempre quis abri meus olhos e, do palco, não te vi na multidão...
Acorde meu bem, preciso de ti. Estou confuso com tantas perdas e ganhos e nada preenche o lugar vazio que, um dia, foi teu em meu coração.
Acorde meu bem, pois já não consigo mais te fazer esta canção...


Meu bem? ...  Acalme-se! Estou aqui, mas não me chame assim. Tu sabes que soa falso, pois não o dizes só a mim.
Como eu poderia continuar sendo tua se não eras meu?
Não fui eu quem partiu. Foste tu quem me deixou para voar vôos mais altos...
Foste tu quem fechaste a porta e, em segredo, escondeste-me do outro lado.
Foste tu quem não me reconheceu como amor, nomeou-me de acaso.
Mas eu ainda te entendo... Sei exatamente o que sentes e ouço o som de tuas lágrimas caindo entre os intervalos de cada acorde.
Mas como podes vir agora, assim e chamar-me? A vida deu tantas voltas sim e eu tive que seguir para outro lado longe de ti.
Então porque me chamas se me fizeste partir? Foste tu quem não me chamou para te seguir. E, agora é madrugada... Então me deixe dormir.
Sigas em frente no caminho que escolheste e se olhar para trás e não me avistar é porque nunca esteves ao meu lado, como posso agora estar contigo?
Nunca soubes ser, nem mesmo, meu amigo...
Mas saibas que escuto teu choro mais alto que qualquer solo de guitarra, mais agudo que qualquer grito, mas “teu bem” é outro alguém que agora está contigo.
Mas não te aflijas que nem tudo está perdido. A dor que sentes é o peso de tuas escolhas e sempre a tempo de escolher novamente...
Acorde meu bem? Eu mal tenho dormido, pois ouço teus acordes entre soluços e gemidos...
E faz tempo... Faz tempo que escuto teu choro mesmo quando finges que está tudo bem.
Meu bem, eu escuto teu choro. Eu conheço tua dor e sei quando ficas assim... o quanto pensa em nós, em mim.
Mas somente pensar não basta, não muda as coisas de lugar.
E a distância o que eu posso fazer por ti? Apenas posso chorar contigo e prometer que ficará tudo bem.
Acorde!
Pare de fingir a ti mesmo que as coisas vão bem, meu bem...
Darei um jeito de te protejer, eu prometo.
Prometo que a dor e as tribulações irão passar. Vai ficar tudo bem...
É uma promessa que te faço, talvez a última.
Durma... Estou acordada e velarei teu sono...
Já é madrugada, durma!





sexta-feira, 24 de junho de 2011

Nos braços teus








Espero nunca chegar a hora do adeus
Pois é tão bom aconchegar-me no calor dos braços teus
É amor que eu sinto quando me envolves em ti
É amor que eu vejo quando olhas para mim.

Espero horas, dias, semanas pelos braços teus
Enquanto esperas por mim e pelos beijos meus...
E é amor o que tenho quando estás em mim
É amor, sempre amor o que encontro em ti.

Esperei por abraços, por beijos, por um outro eu...
Mas amor igual a este só nos braços teus.
Amor que sempre encontrarás em mim
Amor que terás em meus beijos e nos braços meus.

É nos meus braços que ficarás até que amanheça
E eu nos teus é que sei amar
É nos meus braços que teu amor me recompensa...
É nos teus braços que me perco para poder me encontrar.
.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Au Revoir




Três versos eu preciso em uma estrofe
Três notas musicais em um acorde
Três palavras para tocar um coração.

Três estrelas que me guiam no céu
Três cores que compõem minha aquarela
Três estações exceto o verão.

Três vezes amor
E um 3/4 teu rasgado em três partes
Jogado ao chão junto com as três palavras que restam:

É tarde demais.

sábado, 4 de junho de 2011

Inverno





Debaixo dos quentes raios de sol a rubra rosa floresce...
Abre suas pétalas lentamente, como quem desperta para a vida
Desperta para encantar os olhos de quem ama...
Enquanto é amada...


Sob o sol ó rubra rosa cintila...
Refulge suas pétalas orvalhadas como o sangue que escorreu outrora de seu peito...
Exala teu perfume pelos ares, em chamas arde teu doce ventre...


Ó rosa escarlate que sozinha se encontra à beira do caminho
Sua beleza é admirada por muitos, seus sentimentos conhecidos por poucos...
Ó rubra rosa que enfeita uma estrada perdida, em um caminho já sem volta...
Onde estás teu jardineiro ó saudosa rosa?


Seguiu outro caminho ao encantar-se pela dama da noite?...
E não voltou a ti ó rubra rosa que agora se desfolha pela estrada...
A esperar que tuas pétalas o alcance...
Que teu perfume o chame...
Ó rubra e pálida rosa que solitária enfeita as pedras do caminho...
Ó rosa que te restou além dos olhares dos transeuntes e dos beijos dos beija-flores?


E esperar o frio orvalho da noite?...

terça-feira, 24 de maio de 2011

Pobre poeminha de amor...




Um poema de amor meu a ti é como o afago que gostaria de fazer em teus cabelos todas as noites...
É como o beijo que gostaria de dar-te a cada despertar.
É como um abraço apertado que gostaria de dar-te antes de ir trabalhar.
É como uma massagem que gostaria de fazer-te para tirar o peso das angústias de tuas costas sempre que precisar.
É como um beijo ardente, sedento, esfomeado que gostaria de dar-te para te saciar.
Um poema meu de amor para ti sai assim: sem métrica e com rimas pobres, pois pobre sou pela falta do teu amor...
Um poema de amor meu para ti é assim como eu: simples, inseguro e exagerado.
Tem de ser assim, como eu, apaixonado.
Meu poema é pobre mas meu amor por ti é nobre...
E quisera eu que meus poemas fossem belos para te fazer cantar.
Quem dera fossem alegres para te fazer sorrir,
Fossem noite para te fazer sonhar,
Ou fossem céu para ti, em mim, voar...
Mas nem tudo é como eu gostaria...
E são essas mal traçadas linhas de um poema a minha forma mais pura de te amar.



Um poema de amor meu a ti vem para sacramentar tudo já vivido, já sonhado, já jurado. Vem para te dizer o que não foi dito e tudo que precisa ainda ser falado.
Um pobre poema de amor é o que tenho para te dar, uma parte minha que ficará em ti, que ficará no mundo para todos que souberem amar.

Anjo amigo...


 Tem Amigos que são Anjos na vida da gente...
Anjos que escondem suas asas para não ofuscarem nosso brilho
Anjos que se encolhem diante de nós para que possamos crescer...
Tem amigos que são Anjos na vida da gente...
Anjos que cuidam e zelam por nós a distância
Anjos que sempre sabem dizer o que precisamos ouvir sem nos machucar.
Anjos que nos colocam de pé quando já estamos sem forças para caminhar.
Anjos que nos dão a mão, o ombro, o colo, o coração e as próprias asas para nos abrigar...
Anjos que se passam por meros mortais, assim como nós, para que, ao seu lado, nos sintamos especiais...
Tem amigos que são Anjos na vida da gente...
Anjos que escondem suas asas ao nos abraçar.
Anjos que não seguram nossa mão e nos levam ao céu com eles, mas que nos ensinam a vaor...
E depois de verem nossas asas crescidas nos ascenam de longe e seguram no peito a saudade de nossa despedida...
Anjos que nos fazem sorrir, que curam nossas feridas, que nos fortalecem, nos abrigam e, depois,  nos permitem partir...
Tem amigos que são Anjos na vida da gente.
Anjos que vieram do céu para que aprendessemos a voar...
E depois de nossa partida ficam na terra, de mãos estendidas, esperando nosso regressar.




Com carinho, da Andorinha a seu Protetor. 


O Vôo da Andorinha...
Se estou voando agora é porque me deste asas.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Caixinha de Música







Tem dias em que não estou para ninguém, não sou de ninguém, nem mesmo minha.
Dias em que me perco para depois me encontrar.
Dias como hoje de nostalgia...
Dias em que me perco, me afogo em minhas memórias.
Dias em que o tempo pára.
Dias em que os sentimentos afloram
Dias em que vêm à tona recordações da infância...
Dias em que reencontro partes minhas que ficaram perdidas em mim, em algum lugar chamado coração.
Dias como hoje em que a chuva se confunde com o pranto...
Dias em que a saudade é tamanha que transborda nos olhos.
Dias em que o peso das memórias parecem toneladas difíceis de suportar...
Dias em que a vida parece mais do que os anos podem somar.
Dias sem fim...
Mas que assim como a chuva lá fora irão cessar.
Dias em que me sento sozinha, com as mãos cobrindo o rosto, e seguro o peso de cada marca, cada linha, cada sofrimento vivido expressos em lágrimas e sorrisos.
Dias em que me sento e sobre os joelhos seguro uma caixa com minhas memórias...
Um caixa com beijos, com lágrimas, com sonhos e medos.
Uma caixa viva, vermelha, quente...
Uma caixa que mantenho comigo e a todos oferto...
Uma caixa que contém olhos, boca, mãos.
Uma caixa pequena que muito guarda e tudo suporta.
Mas que, acima de tudo, é repleta de amor.
Uma caixinha singela chamada coração.

domingo, 22 de maio de 2011

Entre 4 paredes





A noite passada eu te encontrei em meus sonhos
Durante toda a madrugada fui tua mulher e tu meu homem.
A noite passada te encontrei em meus sonhos...


Infinita madrugada de desejos ardentes, de beijos roubados.
Madrugada de sonhos e pesadelos...
Na noite passada eu te encontrei em meus sonhos.


Na noite passada fomos cúmplices de um segredo.
Fomos amantes, amigos e inimigos.
Fomos tudo e nada, na noite passada.
Noite em que te encontrei em meus sonhos.


Uma madrugada inteira de amor...
Amor e mais nada.
Nada.
Apenas uma noite passada...



sexta-feira, 20 de maio de 2011

Cartinha de amor boba...





Tem coisas que eu queria te falar, mas é difícil encontrar as palavras, ainda mais, quando estou sozinha falando para as paredes. Seria mais fácil se estivesses aqui, em meu colo, olhos fechados enquanto conversamos... Assim, enquanto te faço cafuné, poderia falar-te tudo que tenho escondido de todos, de ti e de mim.
Poderia te dizer coisas bobas como o enjôo que tive pela manhã, sabes que enjôo quando estou de TPM, também me irrito um pouco e, talvez, até discutíssemos por causa de minhas mudanças bruscas de humor. Mas tu estarias ali, de qualquer forma, esperando minhas crises terem fim. Poderia te falar de como passei minha madrugada, virando de um lado para outro, preocupada com quantos livros ainda tenho que ler, afinal sabes bem da minha insônia... Poderia te falar de meus sonhos ilusórios de ser escritora. Poderia te mostrar as poesias que te faço, se te interessasses por elas... Mas tu já se cansou de tudo isso e de mim também, tem muito tempo.
Tempo que não vejo passar. Às vezes, parece que foi ontem. Às vezes, ainda te sinto aqui, tão presente que converso contigo. Te conto coisas banais como antes... Mas outras vezes, como agora, choro sozinha conversando com as paredes e te escrevo cartas bobas de amor que nunca irei te mandar, que nunca lerás.
Faço isso porque ainda te amo. Porque ainda preciso de ti ao meu lado. Porque ainda é meu melhor amigo...
Faço isso porque me sinto sozinha, por isso tenho tantas cartas de amor bobas, seladas e sem endereço, escondidas em uma gaveta.
Faço isso porque tenho saudade. E em minha saudade te escrevo cartas de amor bobas.


Com todo meu amor, Renata.

domingo, 15 de maio de 2011

Epitáfio




O amor havia morrido já fazia um tempo. Tanto que ela nem se lembrava mais qual era seu rosto, ou que nome tinha.  Mas ainda recordava-se de uma presença que outrora esteve ali, entre aquelas paredes, no lugar vazio ao seu lado.
Faltava-lhe algo que não sabia distinguir ao certo o que era. E, de vez em quando, chorava uma saudade...
Chorava pela falta do amor que nascera morto, mas que, de certa forma, ainda não havia lhe deixado. Porém ela sabia que para seu próprio bem, ele precisava ir...
Ela sentia por não ter havido sequer despedida, nem adeus, nem abraços, nem beijos falsos trocados... O amor sumira simplesmente em uma tarde e não mais voltara. Ela ficou ali a esperar-lhe... em vão.
Era preciso libertar-se. Deixar o amor seguir, fazer sua passagem.
Então, ela vestiu de negro, ascendeu velas e incensos, orou para que o amor a deixasse, para liberta-se. Ajoelhou-se e suas lágrimas mancharam a fotografia desbotada que ela guardava como lembrança do que vivera. Lembrança de um amor que nem nascera.
Os espinhos das rosas que segurava feriram-lhe as mãos e sobre sua face lágrimas escorriam sangrentas do túmulo outrora chamado coração.
Deitou as rosas sobre a fotografia. Levantou-se enxugando as lágrimas e partiu enquanto seu coração novamente sorria... deixando para trás o amor morto e enterrado.  Levando consigo a certeza de que todas as lágrimas já haviam sido derramadas, todas as dores já haviam sido choradas e todas as lembranças, de outrora, apagadas, esquecidas. Resumidas a um simples ritual de passagem...
Pô-se de pé sobre o esquecimento. Olhou de lado o amor natimorto e despediu-se, nada mais seu havia ali, era hora de ir.
Caminhou sentindo o vento levar de si a saudade.
Após o funeral, liberdade.
Enquanto partia, sobre a lápide, lágrimas vertiam e em silêncio o pobre amor sofria.
Tentou gritar em vão pois ninguém ouvia...
Enquanto ela se sentia livre o amor mais preso se via...
E a única coisa que restava ao velho amor era uma frase deixada por ela em despedida. Uma frase que esculpira com o próprio sangue sobre a lápide fria: "Aqui jaz o Amor que descanse em Paz pela eternidade..."

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Se tu soubesses...




Ah! Se tu soubesses...
O quanto te quero bem.
Ah! Se tu soubesses que meu coração é teu
Teu, só teu e de mais ninguém.
Se soubesses que ao levantar meu pensamento é em ti
E quando fecho os olhos te sinto comigo
Deito-me na cama e adormeço para sonhar contigo...

Ah! Se tu soubesses...
O quanto te quero bem.
Ah! Se soubesses que meu coração é teu.
Teu, só teu e de mais ninguém.
Se soubesses que sou tua por inteiro...
Em pensamento, coração, corpo, espírito e alma.
Ah! Se soubesses que não existe um outro alguém.
Nem haverá de existir com o passar dos anos...
Pois o teu amor é meu cativeiro.

Ah! Se soubesses...
O quanto te quero bem.
Ah! Se soubesses que meu coração é teu.
Teu, só teu, todo teu e de mais ninguém.
Se soubesses o que nunca te direi...
Que ainda te amo e para todo o sempre amarei.
Ah! Se tu soubesses o que escondo de mim...
Saberias que um amor verdadeiro tem começo, meio e jamais Fim.

Ah! Se tu soubesses o que nunca te direi...
Apenas três palavras bastariam para eu ser tua.
Só tua e de mais ninguém.
Ah! Se eu pudesse ouvir o que nunca ouvirei...
Ah! Se tu pudesses me dizer o que sempre sonhei...
Ah! Se tu soubesses...
Se soubesses o quanto te quero bem.
Ah! Se soubesses que meu coração é teu.
Teu e de mais ninguém.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Serenata





O sol se punha no horizante
E em uma sombra distante eu via teus passos me deixando...
Cada eco cortava o silencio dando-me a certeza de tua partida


A cada passo, mais distante te via...
A cada eco, mais dor meu coração sentia...


Pouco a pouco, meus olhos se tornaram cansados
Tua imagem foi ficando difusa e tua sombra não me fazia mais companhia...
Luz e sombra...
Som e silêncio...
Teus passos se perderam na imensidão
Não mais ouvia a serenata do teu sorrir...
A luz do sol se apagou, escondeu tua sombra e impediu-me de te seguir...


Para onde foram teus passos?
Ouço ecos que já não estão mais aqui...
Apenas um fantasma teu vagueia em minha mente.
Noite após dia...


Que caminho seguiste que te distanciou do meu?
Há estradas a minha frente mas teu rastro não está lá dizendo-me para ir contigo...
Há vultos e imagens vindo ao meu encontro...
Há rostos sorrindo para mim...
Mas não são os teus olhos que encontram os meus.
E não sinto a segurança do teu abraço a cada chegada.


Partida.
O sol se pôs e com ele foste embora...
Uma lembrança se perde a cada fim de tarde...
Um amor nasce, morre, vai embora... amizade.
Fica no horizonte a saudade.
Rompendo a noite em soluços se banha a lua...


Lua que um dia foi minha e tua.
Lua para a qual revelei segredos.
Nela te guardei e te protegi do tempo...
Quisera que pudesses ficar ali para sempre guardado em mim.
Mas com o pôr do sol veio o adeus.
E te vi, ao longe, partindo sem beijo de despedida.
Fiquei imóvel não acreditando no fim.
Estive por um bom tempo afastada de mim.
Nem percebeste mas levou-me contigo...
Eu já era tua, nem vida tinha se não estavas aqui...


A luz me deixou.
O sol se apagou.
Não mais te vi.
Não estavas aqui, não voltou.
Eu fiquei.
Te esperei...
Vi o sol voltar a nascer...
Mas tu não vieste me aquecer.
Novamente o sol se pôs.
A luz ofuscou.
Escuro...
Silêncio...
Morri.
Renasci.

No silêncio um canto...
O sol canta à lua seu lamento...
Ao meu lado o amor me faz companhia
E no silêncio o pulsar de dois corações em sinfonia...

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Só o coração sabe...






Chora coração essa dor que há no peito e que chamam de saudade
Chora coração essa ânsia de viver buscando a tal da felicidade...
Chora coração os amores que passaram, os amigos que se foram, as conquistas, as derrotas, as dores... Chora.
Chora que na vida nem tudo são flores...
Chora de saudade.
Chora coração de felicidade!


Chora coração o peso que traz na alma...
Chora, liberta o grito trancado por dentro, não importa o que irão dizer de ti ou de mim.
Chora coração! Liberta a alma, perca a calma. Grite, berre, cante, dance.
Liberte-se!
Chora coração não seja como tantos outros que vivem de aparências e falsidade...
Chora coração pois tudo que trago em mim é Verdade!
Chora que te faz bem, nos faz bem.


Faz dos olhos escorrer o pranto...
Chora coração, lava a alma.
Chora pelo amor perdido...
Chora pelos amigos que foram embora...
Chora de saudade, de amor, de tristeza, de alegria e de dor.
Chora com ou sem motivo.
Chora que isso te faz bem e a mim também consola...


Chora coração e me alivia o corpo, o coração, a alma.
Chora coração, grite! Quem sabe alguém te auça...
Chora coração, rasgue o pranto, rompa o silêncio, a conformidade.
Chora coração o peso das minhas escolhas, dos meus erros, dos meus medos.
Chore mas mantenha a calma...
Chore que tudo vai passar...
Chore que ficaremos bem.
Chore o preço que paguei por te entregares.
Que eu choro por te ver assim partido...


Chora coração eu não te culpo. Bem sei que errei ao não te manter comigo.
Chore coração a minha falta de juizo, por ter te dado de presente a quem não te merecia, não te queria.
Chora coração eu não te julgo e também choro a minha insanidade.
De te entregar a alguém que te passou adiante, sem piedade.


Chora coração! Chora por ti, por mim e por todos aqueles que já estiveram no teu lugar.
Talvez alguém nos entenda...
Pois só chora quem é capaz de amar.
Talvez alguém, em nossa história se conforte.
Talvez um dia estejas bem, forte!
Mas agora, chora. Se banhe em pranto porque eu te entendo...
Chora coração que nos meus olhos já se faz o pranto.
Chore seu lamento, seu amor em um trsite canto...
Que meus soluços sejam teus gritos de liberdade.
Chora coração por amor e de saudade.
Chora coração, tudo bem...
Eu te entendo...
Choras porque eu também choro, assim, à toa.
Chora meu bom amigo...
Às vezes, eu choro também sem saber o motivo...
Talvez seja a razão de não estares comigo...
Chora coração, não estás sozinho. Estou aqui, não me deixe. Respire. Ficarás bem...
Não morra coração porque eu te quero, fique comigo.
Não te entregarei mais, jamais será partido.


Às vezes eu choro sem saber o porquê... sem razão, sem motivo.
Choro...

terça-feira, 26 de abril de 2011

terça-feira, 19 de abril de 2011

Nas asas da Liberdade





Estava eu a beira de um precipício a buscar por salvação...
Orava a Deus em meio a lágrimas e por meus pecados implorava perdão.

Estava eu de braços abertos ao infinito...
Infinito de meus sonhos, de minhas dores, de meus medos.
A admirar um profundo abismo.

Estava eu sem medo a beira de um precipício a chorar...
Sozinha e perdida, diposta a pular.

Desejava o vôo noturno da morte..
Chorava a minha própria sorte.
De não mais amar...

No buraco ao peito jazia o amor que nascera morto
Trazia nas mãos o coração ainda vivo, dilacerado
Que do peito outrora fora arrancado
Para não mais doer...

Eu estava a beira de um abismo
Neste momento era viver ou morrer...

De olhos fechados, coração posto de lado comecei a voar...
Um salto rumo ao infinito
O mais silencioso e profundo abismo
Veio me libertar

Estava eu a beira de um precipício disposta a saltar...
Flutuava dormente um coração ainda a sangrar...
Quando senti o chão face a face o amor veio me salvar.