sábado, 28 de janeiro de 2012

Contatos

A pedidos deixarei meus contatos... serão bem vindos comentários, críticas e sugestões. A todos que quiserem fazer parte de minhas redes de amigos sintam-se bem vindos!
Beijo carinhoso no coração...

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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Ferida



Tem uma dor latente em mim que não sei de onde vem, não passa, só me parece que nesse momento tudo perdeu a graça.
É uma dor tangente, pulsante. Quem dera ver a olho nu a ferida. Pôr sobre ela sal, álcool, navalha e fazê-la viva...
Mas isto não é possível... Eu não sei aonde dói, o que me dói, ou o porquê. Só sei que sinto lá no fundo que algo sangra, que dói, sem cura... Não é amarga nem doce esta tortura, é uma falta, um vazio, uma angústia que, por vezes, me leva a loucura.
Dizem que o sofrimento não existe. O que existe é sua causa e quando a sabemos passamos a ter nas mãos a chave para solucionar este dilema.
Sofrer ou não sofrer, eis a questão?
Pena que o meu emocional é mais forte perto da minha razão.
Vamos elencar as mazelas da vida:
Cortar o dedo dói;
Tropeçar o dedinho no pé da cama dói;
Perder alguém dói;
Ser traído dói;
A mentira dói;
A saudade dói;
O amor dói;
Dói, dói, dói...

E dói um pouco mais!


O amor dói. E essa dor de amor é infinita, mortífera, corrói!
Não há analgésicos que a façam parar. Não há, não haverá jamais!
O coração abstratamente pode doer mais que uma grave infecção. Mais que a perda abrupta de um membro.
Amar pode doer tanto quanto uma amputação, sem morfina, feita em campo de batalha, sem anestesia... Amar é luta, é guerra sangrenta que travamos consoco...
Amar ou não amar? Que desgosto!
O amor dói. E creio que esta seja a pior das dores, para a qual ainda não se inventou uma cura.
Que loucura este suicídio que nos mata aos poucos de dor ou de alegria.
Amar é deixar no peito a porta aberta, sem antídoto ou anticorpo que nos proteja. Amar e não amar é ferida aberta, viva.
Que Deus nos guarde, defenda!

É sempre e nunca no amor que se encontra nossa fé, eis a causa do que nos derruba e nos põe de pé.


sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Circo dos Horrores



As cortinas se abrem
Chegou mais um dia
A luz do sol faz holofote
A platéia aplaude: Bom Dia!

E hoje tem alegria?
Tem sim Senhor!
Tem de ter o sorriso estampado para aliviar a dor.
Tem de ter fantasia colorida para superar o luto das perdas da vida
Tem de ter o rosto pintado para esconder as feridas das marcas da alma
Tem de ser mascarado, sorrir ao enfado da falta de amor.

E hoje tem alegria?
Tem sim Senhor!
Tem de ter esperança
Dar lugar a criança que ainda mora em nosso interior.
Tem de haver fé em Deus, fé na vida, fé no amor.
Somos todos palhaços, saltimbancos, artistas
Brincando pelo picadeiro deste grande circo chamado VIDA!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Bodas de Papel






Será que sofrimento faz aniversário?


Creio que sim. Pois não importa o tempo que passe chega um dia que a velha melancolia senta-se ao nosso lado e faz-nos companhia...
Aquele dia de lembrança enfim retorna. O dia da morte da esperança vem como se tivesse data, chegando com dia e hora marcada. Mas lá no fundo a gente sabe que este dia se avizinha...
Aquela dor que não é nem tua nem minha, que já foi embora, mas, de vez em quando, regressa para dizer-nos que ainda somos humanos. Que temos sangue no corpo, vísceras, entranhas, coração vivo que pulsa e sangra e que a alma não está morta, pois o sangue verte dos olhos e caí pelo rosto...
Tem dias que o sofrimento passado faz aniversário e bate à porta... Entra de vagarzinho e ocupa o lugar vazio no sofá da sala.
Ele chega com bagagem, com aparência famigerada e uma face meio apagada pelo tempo... Põe suas angústias sob nosso ombro e deixa-nos desperdiçar uma lágrima... Abre de impulso a mala de lembranças daquela velha esperança e em nosso colo despeja memórias embranquecidas, ruídas, quase esquecidas...
Quase! Mas ainda permanecem ali, vivas. Fazendo aniversário.
Há dias em que o sofrimento ressurge e quer brindar conosco. Levanta a taça e entoa: "Voltei! Senti saudade..."
Pois bem, que posso dizer-lhe eu? O que a educação me ensinou dizer a quem me visita?
Hora: "Seja bem vindo!" (...)
Ah sofrimento! Acolho-te em meu peito de tempos em tempos, bem sei que foste meu fiel companheiro. Mas por hora senta-te, coma, beba, chore e ria comigo... Depois recolha tua bagagem e vá. Eu ficarei bem até que novamente regresses... Espero que não tão breve vão-se os meses que marcam tua passagem e trazem-te a mim...
Tim-tim!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Sobre o esquecimento




Deixe tudo para trás
Agora não mais importa
Esqueça o que falei
Passou
Não existe mais
Se perdeu
O tempo não volta

A chama apagou
O beijo secou
O prazer sumiu
O céu esfriou
O mar congelou
A lua caiu
A morte viveu
O corpo queimou
O desejo morreu
O amor sucumbiu

Não importa...

E o tempo?
O tempo passou...
Desse tempo se fez o ontem.
E o ontem?
O ontem não volta.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Drinque






Entre.
Deixe os medos lá fora
Deixe em mim teu beijo
Teu cheiro
Tua marca


Fique.
Mande as inseguranças embora
Fique em meus braços
Em meu leito
Hora após hora...


Tranque a porta
Perca a chave
O juízo
A direção
Perca a cabeça


Mate minha sede de te amar
Tire-me o chão
O fôlego
A cor
O ar
A respiração.


Tire-me a vergonha, a roupa.
Se perca e se encontre no caminho até a minha boca.


Venha, tome um drinque,
Tranque a porta
Segure minha mão.
É madrugada lá fora
Amanhã tu partes, eu vou embora.
Mas agora, fique.
Amando-me ou não.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Meia verdade




Há coisa mais bonita que uma verdade dita?

Só peço que compreenda
Não é amor o que espero
Eu somente quero
Que aos meus pés se renda!

Partner




Dança desacompanhada
Minh'alma ao encontro da tua
De olhos fechados
Embriagada


Baila descompassada
Minh'alma ao serestar da lua
No conduzir de teus passos
Enamorada.


Vaga pelas calçadas
Minh'alma completamente nua
De pés descalços e olhos atentos
A procurar pela tua

Corre pelas madrugadas
Minh'alma por becos e ruas
Deixando rastros e restos
Para que a encontres e a faças tua.

E pela eternidade
Dance quem sabe
Minh'alma acompanhada.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Passado a limpo



Havia um tempo...
No qual o amor fora pecado
A amizade traída
O coração arruinado
O orgulho ferido
A confiança quebrada
O amor matado.


Havia um tempo...
Onde a esperança se perdera no passado
O presente era incerto, doído.
A lembrança do ontem congelada
O futuro acabado, antes mesmo de começar.


Havia um tempo...
Que parecia tão longo
Uma dor calada que parecia nunca mais cessar.


Havia um tempo...
Sem saída
Sem caminho
Sem amanhã.


Havia um tempo...
Uma partida
Um Eu desesperado
Sozinho.


Havia um tempo em que pensei não haver mais nada...
Nada para fazer
Nada para amar
Nada para viver
Pois até mesmo a vida, naquele momento, me faltava.


Havia um tempo em que o coração pensou estar morto
Em que me vi sem rumo
Sem ar, sem sangue, sem corpo.


Havia um tempo sem vida.
Um tempo em que me vi perdida
Caída.
Com a alma me deixando, em dois, partida.


Havia um tempo em que pensei estar tudo acabado.
Sem haver remédio que curasse a dor de um coração despedaçado.


Havia um tempo em que não tinha saída...
A poesia ferida, calada, sofria. Aos poucos, morria.


Havia um tempo no qual me perdia.
Que achei ser para sempre, que não acabaria.
Um tempo de ilusão, de engano, no qual me prendia.
Sem guia, sem anjo da guarda, sem companhia.
Sem chegada ou partida.
Inerte.
Nem noite nem dia.
Vazia.


Havia um tempo que para mim foi carrasco.
Fez-me prisioneira, refém.
Dos meus medos, das minhas inseguranças, dos meus fracassos.
Minha culpa e de mais ninguém.
Um tempo padrasto.
Que castigou, maltratou e venceu-me pelo cansaço.


Houve um tempo em que acreditei estar morta.
Para a vida
Para o futuro
Para o mundo
Para tudo
E todos.


Houve um tempo no qual a história mais triste foi escrita e lá ficará.
A receber as marcas do tempo até ser apagada, esquecida e não mais revivida será.


Houve um tempo que agora é simples passado, morto e enterrado.
Houve um tempo para o qual futuro não havia
No qual um amor não haveria nem novas histórias mudariam a poesia...
Um tempo antes de virar-se a página e reiniciar a escrita.
Um tempo antes de salvar-me a vida.

(...) Continua nas próximas páginas...

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Banquete



Para o meu deleite
Só peço que aceite
Pela madrugada
Meu corpo em banquete
Amor e mais nada!

De volta ao começo





Eu já falei de amor.
Já bati à tua porta.
Já fiquei e fui embora.
Voltei e parti na mesma hora.
Mas passou, acabou. Não mais importa.
Eu já falei de amor, mas esse tempo não volta.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Dos pés à cabeça



Despido do orgulho, do medo
Despe-me com olhos, palavras, dedos...
Puro objeto de desejo.

Feroz
Rápido e lento.
Deixa em minha boca o sabor de quero mais.
Aos poucos o momento de desfaz...
No esfriar do corpo
No passar do tempo.
Desejo forte e lento.

Fugaz
Quente e frio
Arrepia-me a pele, desfalece-me o corpo
Desejo morto
Caído a teus pés.

Não adormeça.
Apague-me e me acenda.
Estremeça.
Deixe-me louca, dos pés à cabeça.

E se eu falar de amor, esqueça!


sábado, 17 de dezembro de 2011

Beijo de Despedida




Eu vi o dia amanhecer e perguntei-me se você estava vendo também...
Vi o sol iluminar as minhas trevas ao despedir-se da lua e lembrei-me que você partiu sem despedida, sem minha mão acenando à sua...
Senti o calor do dia tocar meus lábios enquanto o vento afagava meus cabelos ao dizer-me: bom dia!
E percebi que você não estava mais aqui entre meus desejos e lembranças...
Constatei o que o coração não queria, aquilo que a razão já sabia...
Que você seguiu seu caminho se distanciando do meu.
Deixando aqui a saudade no lugar do beijo que sonhei ganhar, mas que não me deu.
Decidi, então, não te prender no pensamento. Nada esperar.
Vi ao longe, no horizonte, a distância que separa seus lábios dos meus.
E, em silêncio, lancei aos céus um beijo que será entregue no seu rosto quando o vento por você passar.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Final Feliz



 

Quem sabe o fim da história?
O escritor que a inventa
O sonhador que a idealiza
O romântico que nela põe suas esperanças...

Quem pode me dizer o fim desta história?
Quem pode me dizer o melhor para nós dois?
Quem? Tu ou eu?
Ou será o ouvinte, o leitor o espectador?

Quem poderá me dizer o melhor para nós dois?
Quem saberá que este melhor já foi ontem ou virá depois?...
Eu não sei o que me reserva o destino...
Não sei o que virá para nós nas linhas tortuosas da minha escrita.

Quem sabe o fim da história?
Quem diz que sabe, mente.
Ainda estou pensando em algo mais interessante do que: “viveram felizes para sempre”!

sábado, 26 de novembro de 2011

Caligrafia






Queria te escrever um poema alegre o suficiente para nunca te ver triste
E forte para nunca te fazer chorar.
Onde cada verso fosse como um beijo que te aquecesse
E com tamanha paz para nele repousar.
Queria te gravar em cada letra para ter-te aqui para sempre...
Mas como sempre é muito quero-te apenas pelo tempo que durar.


Quero-te ontem, agora, amanhã e talvez depois...
Quero-te pelo tempo que for justo à nós dois.
Quero-te um pouco mais que ontem, bem menos que amanhã
Quero-te nas horas inteiras, nas tardes e madrugadas, nas semanas e feriados...
Quero-te nos meses e anos, no futuro, no presente e no passado.


Quero-te outra vez e todas as outras vezes que me quiseres...
Quero-te tanto e pouco e muito e tudo o quanto mais disseres.
Quero-te o bastante e tantas vezes quantas forem necessárias para não me esquecer.
Quero de ti tudo e não mais nem menos do que eu merecer.


Quero-te em grafia, em verso, em traço ser linha, poema, reverso.
Quero-te em mim poesia, escrita em meu corpo com tua caligrafia.
Quero-te em meu mundo com ou sem nexo...
Quero tudo o que tiver de querer
E quero, que mesmo ao reverso, me queiras também.
É só o que peço, que queiras a mim como te quero: tão bem!

domingo, 20 de novembro de 2011

Madrugada



Hoje a noite revirei nossas lembranças
Despi-me do medo
Senti teu beijo, teu cheiro, teu toque em meio as minhas inseguranças.

Esta noite colei as velhas fotos
Juntei os pedaços e cacos de um coração em destroços.
Rasguei tua roupa.
Chorei, gritei, te amaldiçoei.
Cuspi o orgulho, a vaidade, o eu te amo ainda preso em minha boca.

Hoje a noite a saudade bateu à minha porta
Abri o coração
Destranquei as janelas, o quarto, o corpo para a tua volta.
Sem orgulho, ou mágoa, despida da vergonha, nua.
Vesti-me de velhas fantasias minhas e tuas.
E pedaços de sonhos de nós dois.

Esta noite tua lembrança fez ronda lá fora.
Tua voz chamando meu nome
Mandando a lucidez embora.
Noite longa de lembranças e saudades
Madrugada à fora.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Descuido




Ela pensava ter trancado a porta. Pensava ter trancado o coração, o corpo, a alma. Ela pensava estar segura, em seu mundo. Sozinha, protegida de tudo e todos. Separada dos sentimentos mesquinhos e pequenos que envolvem, iludem e ferem. Ela pensava...
Mas ele, o amor, estava a sua espreita. Feito menino zombeteiro, risonho, maroto, faceiro... Feito aqueles garotos arteiros que nos pregam peças. Feito criança travessa que engana nossos olhos e apronta suas artimanhas... e quando vemos a arte esta feita: a vidraça quebrada, o joelho esfolado, a roupa molhada, o beijo roubado... Quando vemos já era!
E foi assim que acontecera... e quando ela viu, a porta estava entreaberta.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Desejo



Que louca vontade eu tenho de dar-te um beijo
Quando o brilho de uma vida inteira nos teus olhos eu vejo

Uma explosão em um rompante que não se propaga no tempo
Um arrepio, um calor, um lampejo...
Um sussurro levado pelo vento

O princípio e o fim através de um beijo
Que retrata a imensidão de um pequeno instante de simples desejo.

sábado, 29 de outubro de 2011

Reticências





Enquanto eu não colocar o ponto final ainda poderei reescrever a nossa história.


(...)

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

É só poesia.







Não chore, é só poesia.
Não se apaixone porque eu não te pertenceria.
Não voltes, porque eu partiria.
Não diga que se importa, que sente falta, que se arrependeu...
Eu não sou mais a mesma, não sou frágil, deixei de ser engênua...
Não me digas nada porque eu não acreditaria.


Não me procure pra ti mudei de endereço, de nome, de caixa postal, cidade e telefone.
Não bata à porta, porque pra ti eu sou surda, pra ti não estou.
Pra ti não sou alguém. Sou nada! Não sou amiga, nem amante, nem musa, nem namorada.
Pra ti não tenho rosto, nem voz, nem cheiro, apenas vago à noite em teus sonhos, sussurrando em teu ouvindo sinais que despertam teu corpo. Pra ti não tenho corpo, nem coração, sou alma penada!


Cuidado! Não se encante por minhas palavras elas não te dizem nada!
Sou nada pra ti. Sou nenhuma, aquela que foi descartada.
Aquela que não existe, que não se sabe de onde vem nem pra onde vai.
Aquela que não te espera mais em casa, que diz adeus, parte, sai...


Sou aquela de quem terá saudade... Aquela que não tem mais piedade.
Aquela que emudeceu.
Que gravou com sangue seus versos em teu corpo. Aquela de quem lembrarás o cheiro, o toque, o gosto.
Aquela que tu não mereceu.


Sou aquela que a música não mais alcança. Minha alma ao teu som não mais dança...
Sou aquela que se perdeu.
Aquela que te apagou dos livros, das partituras, das rimas, do coração, do corpo e da alma.
Aquela que agora tem calma.
Aquela que tem tudo o que te falta.
Aquela que é tudo dentro do teu nada.


Aquela que na poesia encontra-se a chave e os segredos da alma...
Aquela sem lar, sem amarras, sem nau.
Aquela que é livre.
Livre de ti.


Não chore não porque o teu choro não me compadeceria...
Não chore não porque é só poesia.

domingo, 23 de outubro de 2011

Adeus







Algumas coisas deixo partir para não mais voltar.
Eu fico. Eu só preciso de mim para me reencontrar.

Adeus as meias palavras, aos meios amigos e aos meios amores.
As meias verdades, as meias vontades, as meias saudades...
Não leve nenhuma parte de mim contigo, pois não permito.
Partas sozinho, sem nada dizeres pois já me cansei de tuas meias palavras,
Vás devagarzinho, à tua maneira.
Eu fico. Eu só preciso de mim para me sentir inteira.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Amor Próprio





No dia em que decidi te esquecer...
Eu disse sim a vida e disse não para você.
Eu abri os olhos para um novo dia
Eu descobri novos caminhos, novos sabores, cheiros e cores...
Eu passei a fazer coisas que antes não fazia
No dia em que decidi te esquecer eu pude, enfim, começar a viver.

No dia em que decidi te esqucer...
Eu passei a me amar mais, eu deixei de te querer.
Eu passei a me cuidar, a me olhar, a me dar o valor que você não dava.
Eu passei a fazer o que você, por mim, não fazia
Eu assumi na minha vida o lugar que você ocupava.
Eu deixei de ficar em segundo plano,  tirando você do controle de minha vida.
Eu deixei de sonhar teus sonhos.
Deixei de chorar tuas dores.
E passei a aplicar esta força, que antes te dava, em meu benefício.
No dia em que decidi te esquecer eu descobri meu amor próprio.
E  melhor decisão que tomei em minha vida foi te tirar dela.

No dia em que decidi te esquecer...
Eu passei a dedicar a mim o amor que antes só dava a ti.
No dia em que decidi te esquecer...
Eu fiz a melhor escolha que alguém poderia fazer.
Eu disse sim a mim, te deixei para tráz. Deixei de sofrer.
No dia em que decidi te esquecer eu pude, enfim, viver!




(Não é uma poesia é apenas um desabafo... Um desabafo para todas as coisas e pessoas que precisamos deixar para trás, pelo caminho, para o nosso próprio bem. Ás vezes, é melhor seguir sozinho. É preciso deixar para trás bagagens, dores e sofrimentos que são difíceis de carregar para seguir em frente, livre e leve. Só assim seremos capazes de receber o que nos faz bem, de receber a felicidade, se não tivermos algo trancado dentro de nós impedindo as coisas boas de virem. Por isso, liberte-se, jogue fora tudo que não serve mais e abra-se para a vida, para a felicidade, para novos sonhos, novas amizades, novos olhares, novas escolhas, novos amores.
Tudo na vida se renova. Só depende de nós, escolhermos o bem ou o mal, a alegria ou a tristeza, o que nos faz bem ou não.
Liberte-se, fazendo as escolhas certas e verás que tudo é belo, tudo é válido, tudo é possível, só depende de nós. De que maneira encaramos a vida, de que maneira olhamos o mundo, de que maneira tratamos o outro. Tudo isso é saber viver.
Viva bem consigo mesmo e valerá a pena!)


Que Deus abençoe a todos em nome de Jesus!

sábado, 24 de setembro de 2011

Rifa-se!



Rifa-se um coração quase novo. Um coração idealista. Um coração como poucos. Um coração à moda antiga. Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração que na realidade está um pouco usado, meio calejado, muito machucado e que teima em alimentar sonhos, e cultivar ilusões. Um pouco inconseqüente que nunca desiste de acreditar nas pessoas. Um leviano e precipitado, coração que acha que Tim Maia estava certo quando escreveu... "não quero dinheiro, eu quero amor sincero, é isso que eu espero...". Um idealista... Um verdadeiro sonhador...
Rifa-se um coração que nunca aprende. Que não endurece, e mantém sempre viva a esperança de ser feliz, sendo simples e natural. Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para se apaixonar. Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros. Esse coração que erra, briga, se expõe. Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões. Sai do sério e, às vezes, revê suas posições arrependido de palavras e gestos. Este coração tantas vezes incompreendido. Tantas vezes provocado. Tantas vezes impulsivo.
Rifa-se este desequilibrado emocional que, abre sorrisos tão largos que quase dá para engolir as orelhas, mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto. Um coração para ser alugado, ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes. Um órgão abestado indicado apenas para quem quer viver intensamente e, contra indicado para os que apenas pretendem passar pela
vida matando o tempo, defendendo-se das emoções.
Rifa-se um coração tão inocente que se mostra sem armaduras e deixa louco o seu usuário. Um coração que quando parar de bater ouvirá o seu usuário dizer para São Pedro na hora da prestação de contas: " O Senhor pode conferir", eu fiz tudo certo, só errei quando coloquei sentimento. Só fiz bobagens e me dei mal quando ouvi este louco coração de criança que insiste em não endurecer e, se recusa a envelhecer".
Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por outro que tenha um pouco mais de juízo. Um órgão mais fiel ao seu usuário. Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga. Um coração que não seja tão inconseqüente.
Rifa-se um coração cego, surdo e mudo, mas que incomoda um bocado. Um verdadeiro caçador de aventuras que, ainda não foi adotado, provavelmente, por se recusar a cultivar ares selvagens ou racionais, por não querer perder o estilo. Oferece-se um coração vadio, sem raça, sem pedigree. Um simples coração humano. Um impulsivo membro de comportamento até meio ultrapassado. Um modelo cheio de defeitos que, mesmo estando fora do mercado, faz questão de não se modernizar, mas vez por outra, constrange o corpo que o domina. Um velho coração que convence seu usuário a publicar seus segredos e, a ter a petulância de se aventurar como poeta.

E não sendo necessário dizer mais nada, faço minhas as palavras de Clarice Lispéctor.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Nas páginas da vida...






Escrevo, escrevo porque a poesia mora em mim.
Escrevo para dar voz a alegria e também a dor.
Escrevo para traduzir a saudade e para tentar explicar o amor.
Escrevo para dar asas a imaginação, para fazer voar a mente, as palavras e o coração...


Escrevo para ti e para mim
Pelo que ainda vamos viver e por tudo que já teve fim.
Escrevo porque as palavras em mim são fortes
Porque escrevendo cicatrizam os cortes.
Escrevo porque a escrita é meu norte
E quando, enfim, vier a morte, na poesia me farei viva.


Escrevo porque sou assim.
Porque pertenço  a poesia e ela a mim.
E quando minha voz for calada e minha escrita emudecida
A minha poesia, ainda viva, se fará ouvida, naqueles que me fizerem ler.
Escrevo porque a poesia é viva em meu ser.


Escrevo porque a poesia não se finda 
E meu coração obedece a ela e não a mim.
Escrevo minha poesia nas páginas da vida
Para minha história jamais ter fim.


Que o amor se faça presente em cada letra, verso, estrofe, rima e poema.
Dando voz ao que não se acabou.
Escrevo porque escrita sou.
Porque pertenço a ela e ela a mim.
Escrevo porque sou poesia, sou morte e vida, começo e fim.
Escrevo porque Deus me fez assim.


Escrevo porque é assim que sou e, pelas páginas da vida, reescrevendo a minha história com fé e esperança eu vou!

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Ovelha Desgarrada




Misericórdia Pai porque pequei...
Achei ter amado, me afastei de ti Senhor, me enganei.
Perdão Pai porque pequei...
Me iludi, sofri, me perdi, não mais te busquei.
Misericórdia Pai porque pequei...
Que a destra da tua justiça me sustente e volte a guiar cada passo meu.
Que teu Espírito Santo renove o verdadeiro amor que desde o ventre me deu.
Que tua força seja minha também, meu escudo, minha fortaleza, minha rocha. Meu Redentor.
Perdão Pai porque fraca fui e fraca sou longe do teu Amor.
Perdão Senhor! Perdoe a mim e também a quem me magoou...
Perdoe a quem me fez sofrer e a quem não me amou.
Perdoe à todos que de coração se arrependem e pedem pela tua misericórdia e pela tua compaixão.
Derrame à todos a tua Graça e teu infinito amor.
Misericórdia Pai, eu te peço, encha com tua Paz o mais sofrido e arrependido coração.

Perdão!





Mentiras





Eu não vou mentir para mim como tu mentiu.
Não vou me enganar como tu enganas a ti mesmo.
Não vou fingir que esta tudo bem se não está...
Não vou fazer de conta que não me importo com o modo como as coisas estão.
Não posso mentir para mim mesma, esconder, negar o que está no coração.
Não vou me fazer de forte suportando uma dor que não é só minha.
Não vou buscar saída se os erros vieram pela porta de entrada e lacraram a passagem.
Não vejo a luz no fim do túnel trazendo de volta a esperança.
Não vejo presente nem futuro a nossa volta, estamos presos em lembranças.
E não adianta cobrir os olhos com o véu do disfarce mais perfeito e mais feliz...
Pois lá no fundo, em silêncio, a alma chora nos mostrando a verdade.
Que o sorriso é só um momento passageiro e incerto.
Que logo-logo irá passar e aqui estaremos, no silêncio e solidão.
Sentindo ainda a falta daquilo que nos completa...
Mostrando que nossas escolhas foram incertas...
E enquanto as lágrimas ainda vierem é porque a felicidade não está totalmente aqui...
Ela se perdeu, lá atrás, enquanto seguimos por caminhos diferentes...
E continuamos insistindo que as coisas ficarão bem...
Mas sabemos a verdade, ela não é tão boa nem tão alegre.
Nem para mim e para ti também....
Mas escolhemos viver na mentira, nos disfarces e na aparência.
Nos falsos sorrisos, nos prazeres efêmeros...
E quando o noite e a solidão vêm o véu cai da face e nos mostra como realmente estamos...
Perdidos, feridos, esquecidos...
Mas o coração jamais esquece é ele quem nos mostra a verdade.
Que ainda sonhamos e tentamos correr atrás da tal felicidade...
Felicidade que se torna uma mentira. Pois quando fico sozinha me sinto incompleta.
O que me falta?
O que perdi?
O que ainda preciso?
Eu não sei. Ou melhor, eu sei. Mas não está mais aqui...
E eu prometi não chorar. Prometi seguir...
Tu prometeu ser para sempre, para sempre...
Mas como acabou sem ter acabado?
Como partiu se te sinto aqui?
Eu prefiro que vás. Que me deixes, preciso de Paz.
Cansei de mentiras das tuas e das que eu te digo para aparentar ser feliz.
Eu sei... não posso acusar-te pois também uso este véu pesado do disfarce...
Quem sou eu? Falsa? Louca?
O que é mentira, o que é verdade? Só o coração sabe!
Eu não te reconheço mais, nem através do disfarce.
E quem sou eu, será que tu sabes?
Quem sou eu? Sou aquela que te amou e tu não mereceu...

Nós dois sabemos.
Eu sei das tuas mentiras e tu sabes das minhas verdades.