O amor que eu tanto queria
Era mera ilusão de minha poesia
Não era luz clareando as trevas
Era ouro falso que só ao sol reluzia
Pedra bruta não lapidada
Não era jóia rara
Era nada!
Fragmentos soltos de tolas palavras
Era só poesia...
O amor que eu tanto sentia
Era mera ilusão de minha pobre poesia
Era feito vento que a pele arrepia
Mas era breve e se esvaia
Era feito sol que a pele incendeia
Feito queimadura
Que machuca
Mas passa...
Feito mar de ressaca
Que vem, vai
E não dura...
Era nada!
Apenas palavras
Palavras puras
Umas delicadas
Cheias de amor e carinho
Outras mais duras
Realidade nua e crua
Nada de fantasia!
Nenhum conto de fadas
Era vida real
Em tortas e frias palavras
Era só mais uma pobre poesia...
O amor que eu achei que vivia
Era só uma mera ilusão de minha vã poesia
Era fogo de palha que rápido queima
E rápido se apaga
Hoje é só cinzas
O que um dia foi brasas
É nada!
É pó!
E com dó
eu assumo que foi só palavras
E mais nada!
O que eu sentia
Não era amor
Só uma fina dor
que, por um tempo, alimentou minha poesia...
E o amor de minha poesia
Era só palavras ao vento
Sem rima
Sem técnica
Sem sentimento
Não era nem poesia...
Era feito folhas em branco
Que tento ler e nada vejo
Nada há de belo
Só lamento!
O que sobrou de minha poesia?!
São páginas em branco de uma vida vazia
Sem amor
Sem Poesia...
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