Uma história que já pertence ao passado.
"Se você não consegue entender o meu silêncio de nada irá adiantar as palavras, pois é no silêncio das minhas palavras que estão todos os meus maiores sentimentos." Oscar Wilde Verba volant, scripta manent.
sábado, 9 de abril de 2011
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Andante...
Ando por aí procurando por alguma coisa que ainda não sei ao certo que nome tem ou virá a ter.
Algo que ainda não senti o sabor, o aroma, a cor.
Que não sei de onde vem nem para onde vai...
Algo para crer
Algo para sonhar
Algo para viver
Algo para amar...
Ando por aí, às pressas, a procurar e a fugir...
A fugir de mim e de ti.
A procurar por amor
Por esperanças
Por sonhos para sonhar
Por um som para dançar
Uma cor para pintar meu ser
Um lugar para enraizar meu viver.
Ando por aí a procurar por ti e por mim...
Ando de vagar por aí...
Vago, andando, a caminho de algum lugar...
Um lugar aonde chegar
Aonde ficar.
Aportar meus medos
Meus sonhos e segredos
E depois partir.
Nem muito de pressa nem muito de vagar "ANDANTE"...
Pegadas ao vento...
Por onde andas meu coração vai contigo...
A cada passo do caminho.
E podem chamar isso de insensatez.
Podem chamar de engano
Podem dizer que é falta de orgulho
Podem chamar de ilusão.
Podem dizer que é imaturidade
Podem chamar de burrice
Loucura, possessividade...
Mas não posso te arrancar do meu coração.
E podem continuar falando, lançando pedras ao vento...
Podem dizer que me falta amor, orgulho, vaidade...
Mas se me falta algo a sentir por mim é porque ja te dei meu tudo.
Podem falar, gritar, ofender...
Pode o tempo parar
Pode a vida esvair
Pode o mundo acabar
Pode o sonho morrer
Continuarei amando você.
Por onde eu andar irás comigo
Por onde seguires guardarei teus passos
Se não posso ao menos estar ao teu lado, te mantenho seguro em meus segredos.
Preservo-te em meus poemas...
Escondo-te em meu coração.
Se não posso acompanhar-te e não podes vir a mim, o que mais posso fazer além de amar-te? De leve, de mansinho, de longe...
Guardo-te entre minhas mais doces lembranças...
Protejo-te em meio as minhas loucuras, sonhos...
Tento te afastar de minha própria estupidez...
E depois de tudo, ainda assim, te amo e entrego-te a Deus em oração...
Podem chamar do que quiser...
Podem chamar do que tem nome e ainda do que for inventado...
Pode vir os anos, o sol, a chuva, o frio, o calor, o dia, a noite, o tempo...
Podem dizer que é raiva, esperança, loucura, rancor, tormento...
Eu ainda chamo pelo nome mais simples, mais puro, mais terno, mais incompreendido, mais buscado, menos sentido...
Eu, simplesmente, chamo de amor.
terça-feira, 5 de abril de 2011
Procurado vivo ou morto
Conheço um coração que procura por um aliado
Procura por um amigo, um companheiro, um amante
Alguém que lhe respeite, lhe queira bem, lhe guarde
Alguém que lhe livre do mal, da culpa, do pecado...
Conheço um coração que já foi partido, rasgado, ferido, espancado, morto, morrido e matado...
Conheço um coração que já sonhou, já amou, já lutou, já perdeu e já ganhou...
Conheço um coração que também já errou, já aprendeu, já viveu...
Conheço um coração solitário, vazio, abandonado...
Mas que depois de tudo sobreviveu e ainda sonha em ser amado.
Conheço um coração que chora de saudade
Que sangra de ciúmes
Que briga por atenção
Que deseja carinho
Que sonha com a felicidade...
Conheço um coração que cansou da liberdade
Que não quer ser sozinho
Que quer mais que amizade...
Conheço um coração que espera por alguém...
Com esperança e fidelidade.
Venha logo, meu coração te espera para sermos dois pela eternidade...
segunda-feira, 4 de abril de 2011
O vôo da Lagarta
A inveja é uma coisa feia... mas conheço uma menina que fica debruçada na janela pensativa... observa a grama, as roseiras, as margaridas, o alecrim e inveja as lagartas...
Esta menina sonha demais, ama demais, chora demais. Esta é sua vida...
Quisera ela ser uma lagarta também e viver de metamorfoses...
Quisera poder superar limites, transceder o corpo, libertar-se, ir além...
Além do que os olhos podem ver.
Além do que as mãos podem tocar...
Além do que as palavras possam ferir...
Quem dera se esta menina pudesse ter sido, nesta vida, uma lagarta.
Quem dera pudesse consertar seus erros, neutralizar seus defeitos, surpreender-se...
Quem dera se pudesse ficar quietinha em seu canto esperando...
Esperando pela vitória, pela transformação, pela mudança, pelo vôo da liberdade...
Quisera esta menina ser lagarta também, por um instante. Prender-se em seus pensamentos, envolver-se em seu coração, fechar seus olhos, imaginar o azul do céu e voar...
Quem dera pudesse esta menina abrir seus olhos e ter de volta seus sonhos inteiros em suas mãos...
Quem dera não fosse apenas mais uma ilusão...
Sonhos são desejos que nascem no coração dos homens para dar sentido a suas vidas. Sem eles não haveriam motivos para abrirmos os olhos todas as manhãs... sem eles não teríamos pelo que lutar, sem eles a vida não teria tantas cores, não teria sabor de novos amores... Sem sonhos a vida não teria sentido...
Mas o que fazer quando o sonho perde o sentido?
Quando somente sonhar não basta?
Devemos voar... Deixar a mente aberta, livre, leve para sonhar mais, para alçar võo rumo a liberdade.
Quem dera não ser da vida uma peça solta neste jogo louco de intrigas e poder...
Quem dera pudesse ser apenas uma lagarta, da qual não se espera nada, mas que espera uma vida para se aperfeiçoar e embelezar os olhos daqueles que lhe desprezaram...
Quem dera esta menina deixar esta sina de balbucear loucuras, de escrever palavras, de tecer sonhos e pudesse voar...
Quisera poder ser lagarta, ser paciente, tolerante e depois de tudo encher de amor e beleza os olhos de quem não lhe amou...
Quem dera pudesse ser lagarta... fechar os olhos, dormir, esquecer...
Acordar num rompante, rompendo correntes, rasgando pudores, sem pranto nem dores...
Quem dera sair do casulo, mais forte, mais segura, confiante no vôo futuro...
Quisera rasgar as vestes, derrubar as máscaras e se fazer nua, limpa, pura...
Quem dera não ver mais nada à frente, apenas céu azul no horizonte, um sol no poente...
Esticar o corpo de mansinho, sentir a sol sob a pele, abrir as asas de leve e voar sem destino...
Voar rumo a liberdade.
Voar nos braços da tal felicidade...
Ah!
Quem dera...
sexta-feira, 25 de março de 2011
Dança: ritual corpóreo
Já disse Baudelaire: o amor é um crime que não pode se realizar sem cúmplice...
É preciso pelo menos dois: o eu e o ser amado.
Sem medo.
Sem culpados ou inocentes, já vesti minhas luvas de seda...
E quanto a esta noite, assim como a névoa lá fora, suspense...
Esta noite cometo um assassinato, depois minha alma canta e dança.
Vou matar meu outro eu. Aquela parte de mim que me aprisiona.
Santidade versus insanidade.
Santidade versus insanidade.
Depois da dança, ao nascer do sol, liberdade!
Esboço de um conto que não é de fadas.
Meus amigos costumam dizer que eu não aceito elogios, que não consigo ver minha grandeza, minhas qualidades e me encolho.
Talvez isto tenha um fundo de verdade. Assim como, é verdade também que, existem pessoas que só conseguem ver nossos defeitos...
Então enquanto me vestia parei em frente ao espelho e fitei-me por um instante... E vi-me por inteira, dos cabelos negros às unhas dos pés pintadas à francesinha e me vi pequena em meus 1,64 de altura.
Então fui até a sapateira e peguei meu Scarpin preferido: preto, de camurça e com 15 centímetros de salto agulha.
Sentei na cama, calcei-os. Parei e pensei por um instante... Pus-me de pé e fui, novamente, à frente do espelho...
Mirei-me, mais uma vez, de cima a baixo e fiz o movimento reverso. Mas, mesmo depois disso, não me vi grande.
Então, retoquei o delineador, apanhei a bolsa, as chaves e saí...
Já era madrugada... a noite estava um pouco fria, uma névoa, um ar nublado, um vento sutil tentava bagunçar meus cabelos, mas eu nem ligava... eu também não ligo para isso.
Algum tempo depois, encontrei-te onde havíamos combinado... E viestes a mim, assim como o vento, caminhando de mansinho... Parou a minha frente sem nada dizer. Fitou-me com um terno olhar, um sutil sorriso ao se aproximar... Beijou-me na esta e me protegeu em um abraço: quente, forte, lento... Doce acariciar.
E, neste momento, eu me senti grande.
(...)
Há pessoas que nos fazem mal, mesmo sem querer. Despertam o pior de nós. Mas, há aquelas que nos tornam melhores, maiores... Que nos vêem bem maior do que realmente somos.
A grandeza de uma pessoa não é medida pela sua altura e sim pela capacidade que seu coração tem de amar.
Eu amo a tudo e a todos, sem distinção, sem cor, sem credo, sem desconfiança, sem medo.
E não preciso de alguém para me dizer quem eu sou. Cada um tem o direito de dizer o que pensa a meu respeito, mas isto não me aumenta e nem me diminui, porque sei exatamente quem eu sou e não preciso de alguém para me autoafirmar.
quinta-feira, 24 de março de 2011
Ciranda...
Enquanto a alma dança (um som inaudível: agudo, feito choro de criança) o corpo pacere imóvel mas uma força paira no ar...
Força! Vai coração leve a voar...
Baila coração, sem pranto!
Dança minh'alma a recordação de uma noite passada em branco.
Plágio
Sou meio Cazuza, totalmente exagerada. E eu quero... Quero muito "ser teu pão, ser tua comida todo amor que houver nessa vida"... Diria mesmo que sem dinheiro, sem garantia. Sou, assim, "maior abandonada" e bato a tua porta, "perdida: sem pai nem mãe, querendo a tua mão e um pouquinho do braço" querendo tua atenção, teu colo, teu corpo, tua mente, teu eu, teu ser, tudo e nada que possas me oferecer. "Teu corpo, com amor ou não." Apenas, pequenas porções de ilusão. Porque: "mentiras sinceras me interessam!"
Eu sou assim, meio Clarice Lispector: às vezes calmaria, outras: tua Tempestade. Afinal: "Posso ser leve feito uma brisa ou forte feito uma ventania" Depende de como me vês passar. Depende de como me lês... Depende se queres me entender ou não. Mas eu, assim como a vida, "Ultrapasso qualquer entendimento."
Sou meio Renato Russo, às vezes autodestrutiva, às vezes corrompida, às vezes "A força da Vida".
Sou meio Pink Floyd: cheia de fases e viajo em cada uma delas... Às vezes multicolorida, divertida. Às vezes clássica e elegante. Às vezes deprimida, doente, pulsante. Porém, sempre progressiva, constante...
Sou meio dolorida e meio alegre, como o choro em um solo de guitarra. Sou como a simplicidade e a beleza traduzida nas teclas de um piano. Sou a contradição de uma música muda, composta só de letra... Sou como um raio que rompe a escuridão da tempestade, como um grito que agride o silêncio, como o véu que esconde a pureza, como a máscara que se usa para encobrir a tristeza. Sou assim: a linha tênue entre a menina e a mulher, às vezes alegre, em outras triste. Sou o que eu quiser...
Às vezes sou antiga, empoeirada e saudosa feito meus velhos discos de vinil. Sou incompreendida, uma alma do passado presa a conceitos talvez antiquados que fazem de mim um misto de mistério, desejo, incompreensão.
Sou como meus bichinhos de pelúcia, terna, delicada, fofa e meiga para quem merece meu carinho e conquista meu coração. Sou também forte, quente e causo dor aqueles que rompem a linha tênue entre meu ódio e meu amor.
Sou de extremos, mas sou de verdade. Sinto, penso, vivo, tudo com total entrega e sensibilidade. Não consigo ser pela metade. Não consigo amar pouco, não consigo sofrer de quase ou viver de pode ser... Como diria Cazuza: "É matar ou morrer!"
É isto que sou. Um plágio de meu outro lado, um misto do que gosto e do que desgosto. Uma mistura entre minhas paixões e minhas decepções e tudo que passo se não me mata, me fere isto é fato, porém de torna mais forte.
Sou o que sou e se isto te causa dor sinto muito, mas ainda assim é bem melhor que a inútil indiferença de passar pela vida de alguém sem deixar marcas. Sem amar.
Sou marcada a ferro e fogo por tudo que vivi e que sofri. E como a Rosa tenho meus espinhos. Posso te marcar sutilmente como um veludo acariciando tua pele ou como arranhões entrando em tua carne. Mas, de alguma forma irei te marcar porque sou várias. Sou alegre, sou triste, sou insegura e determinada, ou frágil e mortal, sou tua ou não. Mas nunca vazia. Posso ser quente ou fria, mas sempre vais me sentir.
Eu sou assim, meio Clarice Lispector: às vezes calmaria, outras: tua Tempestade. Afinal: "Posso ser leve feito uma brisa ou forte feito uma ventania" Depende de como me vês passar. Depende de como me lês... Depende se queres me entender ou não. Mas eu, assim como a vida, "Ultrapasso qualquer entendimento."
Sou meio Renato Russo, às vezes autodestrutiva, às vezes corrompida, às vezes "A força da Vida".
Sou meio Pink Floyd: cheia de fases e viajo em cada uma delas... Às vezes multicolorida, divertida. Às vezes clássica e elegante. Às vezes deprimida, doente, pulsante. Porém, sempre progressiva, constante...
Sou meio dolorida e meio alegre, como o choro em um solo de guitarra. Sou como a simplicidade e a beleza traduzida nas teclas de um piano. Sou a contradição de uma música muda, composta só de letra... Sou como um raio que rompe a escuridão da tempestade, como um grito que agride o silêncio, como o véu que esconde a pureza, como a máscara que se usa para encobrir a tristeza. Sou assim: a linha tênue entre a menina e a mulher, às vezes alegre, em outras triste. Sou o que eu quiser...
Às vezes sou antiga, empoeirada e saudosa feito meus velhos discos de vinil. Sou incompreendida, uma alma do passado presa a conceitos talvez antiquados que fazem de mim um misto de mistério, desejo, incompreensão.
Sou como meus bichinhos de pelúcia, terna, delicada, fofa e meiga para quem merece meu carinho e conquista meu coração. Sou também forte, quente e causo dor aqueles que rompem a linha tênue entre meu ódio e meu amor.
Sou de extremos, mas sou de verdade. Sinto, penso, vivo, tudo com total entrega e sensibilidade. Não consigo ser pela metade. Não consigo amar pouco, não consigo sofrer de quase ou viver de pode ser... Como diria Cazuza: "É matar ou morrer!"
É isto que sou. Um plágio de meu outro lado, um misto do que gosto e do que desgosto. Uma mistura entre minhas paixões e minhas decepções e tudo que passo se não me mata, me fere isto é fato, porém de torna mais forte.
Sou o que sou e se isto te causa dor sinto muito, mas ainda assim é bem melhor que a inútil indiferença de passar pela vida de alguém sem deixar marcas. Sem amar.
Sou marcada a ferro e fogo por tudo que vivi e que sofri. E como a Rosa tenho meus espinhos. Posso te marcar sutilmente como um veludo acariciando tua pele ou como arranhões entrando em tua carne. Mas, de alguma forma irei te marcar porque sou várias. Sou alegre, sou triste, sou insegura e determinada, ou frágil e mortal, sou tua ou não. Mas nunca vazia. Posso ser quente ou fria, mas sempre vais me sentir.
quinta-feira, 17 de março de 2011
A Mensagem
Recebi uma mensagem de alguém que sempre me acarinha a distância. O final dela era simples e objetivo: "Tenha um dia como desejar."
Sim! Sorri e pensei em voz alta ao ler a menagem: terei!
Lembro-me que estava caminhando, apressada, para pegar o ônibus com destino a mais um dia de minha rotina... como sempre faço, estava me preparando para colocar os fones de ouvido quando o celular tocou... sabia de quem era a mensagem, pois conheço cada um de meus amigos e tem aqueles que estamos sempre ligados em pensamento e há também aqueles com hora marcada para dizer que nos amam... e isso é bom. Quem não gosta de se sentir amada? Eu gosto!
Afagos na alma é o que recebo de quem realmente me ama, é o que recebo de meus amigos, em doses diárias de carinho. Doses homeopáticas, amor em forma de mensagem, de um telefonema, de um scrap, um email no fim do dia, um desejo de boa noite... Ah, o remédio para a cura do corpo, do coração e da alma!
Mas, como dizia, e antes que me fuja o pensamento e eu me perca em devaneios, estava a caminho da Universidade quando recebo uma linda mensagem, bálsamo para meu coração... Não convém explicar ou citar aqui o seu conteúdo pois, como diria Maquiavel: "O fim justifica os meios" e é ao fim que quero chegar...
Apesar de eu não concordar com ele, quero dizer apenas que não convém a vocês meus queridos amigos saber que a mensagem continha amor expresso em cada letra, mas que ao final derrubava tudo antes ja expresso, já mostrado, já sentido, já visto. E foi este final que me fez pensar...
Lembro que, de tão alto que pensei, fui ouvida pelas pessoas a minha volta que, por certo, pensaram: "Nossa, esta é doida!". Mas, entre risos de bom senso, repeti para mim mesma a fim de aprender e de gravar em mim o que já estava gravado em meu celular: "TENHA UM DIA COMO DESEJAR".
Aí está o segredo desta vida meus queridos amigos... É fácil deixar as coisas nas mãos do destino e simplesmente esperar. Nos poupa o cansaço da luta, nos proteje de falhar, de sofrer, de perder... É mais fácil não é? Dizer: "Ah foi o destino quem não quis!"; "É, Deus que quer que eu passe por isso..." "É meu fardo!"... É mais fácil não é?... Mas basta!
Basta de ficarmos parados. Chega de empurrar com a barriga, de deixarmos para amanhã, ou de deixarmos a cargo do destino...
Sinto muito informar-lhes mas destino não existe. O que existe são escolhas.
São nossas decisões que farão de nós pessoas alegres ou tristes; bem sucedidas ou fracassadas, lutadoras ou conformistas, fracas ou fortes, boas ou más. São nossas escolhas.
Nós decididos como passaremos uma hora, um dia ou o resto de nossas vidas.
E não está nos outros, por mais que nos queiram bem, decidir por nós.
A escolha é nossa, é própria, é de cada um.
Tenham um dia como desejarem...
Eu terei, porque já escolhi.
Escolhi lutar, escolhi vencer, escolhi ser feliz, escolhi viver.
Façam suas escolhas também e vivam.
Senão restará apenas ficar sentado, braços cruzados, esperando o destino...
E, assim como o coelhinho da páscoa, o destino não existe. É somente uma ilusão nossa de cada dia, um caminho mais fácil, uma conformidade para nossa própria covardia...
Tenha um dia como desejar!
quarta-feira, 9 de março de 2011
Segredo
Me dê a mão e me diga que vai ficar tudo bem
Me abrace e me diga que vamos recomeçar
Eu já vi teu olhar assim antes
Já ouvi teu coração dizendo que podemos tentar
Nos de uma chance de terminar o que deixamos pela metade...
Eu vi amor no teu olhar.
Eu vi no teu corpo saudade...
No modo como tua mão procura a minha
Quando tua boca mergulha em mim quando nossos corpos se encontram
Não podemos negar...
O desejo vem, aflora no ar.
Ou será loucura?
Loucura essa sina de te amar...
Eu li no teu olhar o que não tens coragem de dizer
Vi que tua boca ainda não me esqueceu
E que teu corpo ainda quer o meu
Vi que quando estamos juntos não existe nada alem de nós dois
Vi que ainda somos um, um desejo, um segredo...
E eu não me preocupo com o que será depois
Se continuaremos sendo um ou dois ou mais...
Eu vi no teu olhar o que não esquecerei jamais.
Que depois do furacão vem o arco-íris...
domingo, 27 de fevereiro de 2011
Inerte.
Perdi minha inspiração!
Pensei tê-la deixado sobre a cômoda ou seria dentro de uma gaveta?
Ah! Uma hora ela aparece.
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Falsas esperanças
"Não existe morte pior que o fim da esperança." (King Arthur)
Não possuo mais a falsa esperança de te ter pra mim
Não quero mais guardar as falsas lembranças do teu carinho...
Melhor que em má companhia é seguir sozinho.
Siga teu caminho dá maneira que escolher
Continurei na promessa que fiz de não atrapalhar-te
Manterei-me distante o máximo que puder.
Só peço-te que não voltes, não me procures mais
Pois mesmo amando-te não posso tê-lo aqui
Pois a confiança não se refaz...
Não confio em ti.
Nem em tuas palavras, nem em teus olhos...
Siga teu caminho e não voltes mais a acompanhar meus passos
Pois tudo que preciso é cuidar de mim.
E para o meu bem, isso só é possivel bem longe de ti.
Não venhas pedir meu colo, meu ombo, meus ouvidos...
Se depois te afastas e me impedes de ir contigo...
Ainda te amo, isto é fato.
Mas de tudo em ti duvido.
Não tentes me reconquistar, pois algo em mim se quebrou...
Talvez a esperança deste falso amor que um dia jurei em teus braços...
Nada restou senão engano, mentira, traição e dor.
Vá e leve contigo este falso amor.
Não guarde recordações minhas... nem de meu beijo, meu toque, minha expressão triste manchada pelo delineador.
Vá sem mim, sem lembrança, sem saudade, sem rancor.
Vá e deixe-me só.
Cuida-te a cada passo do caminho
Desejo-te felicidade estando acompanhado ou sozinho.
Enfim longe de mim...
Estarei aqui não sei por quanto tempo
Mas o que importa é que este falso amor chegou ao fim.
Não quero uma recordação tua vagando em meu pensamento
Tão pouco uma foto velha e desbotada ao lado de minha cama
Deixo-te esquecido nas entrelinhas de um poema para jamais lembrar de ti
E levo no coração a certeza de que ainda te lembrarás daquela que não mais ti ama.
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Esperança
Será que o amor anda por aí?
Pelas esquinas e becos a noite a procurar-me?
Será que vagueia solitário e sussurra meu nome?
Será que o amor procura por mim enquanto fujo dele?
Pobre do amor...
Solitário amor
Abandonado amor
Sofrido amor
Contido amor
Louco amor.
Que busca por mim, bate à minha porta quando não estou.
Pobre amor...
Tente mais uma vez encontrar-me.
Não me abandone.
Volte.
Encontre-me.
Bata mais uma vez a minha porta, prometo estar em casa.
Marque uma hora comigo, dessa vez impeço o amigo de vir e espero-te.
Amor bata mais uma vez à minha porta e espere que ela se abra...
Venha a mim prometo estar a tua espera.
Corpo, coração e porta aberta...
A tua espera...
Amor.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Tudo ou nada
Não me alimento de quase ou pode ser.
Tem de ser tudo ou nada.
Não fui feita ao meio termo
Não sou pela metade
Ou estás comigo ou não.
Ou te entregas a mim ou a outras.
Não existe meia respiração
Meio pensamento
Meio coração
Meio amor
Meio sexo...
Não existe um beijo trocado com meia saliva...
Não existem dois lugares, dois lados.
Ou estás comigo ou não estás.
Dois corpos não ocupam o mesmo espaço.
Nem mesmo na cama, pois, neste momento, são apenas um.
És meu ou dela.
Eu não reparto, não divido, não compartilho, não disputo.
És meu e pronto.
Meu por completo.
Por inteiro.
Cada membro, órgão, parte, gota, suor e sangue...
Meu.
Capítulo encerrado, história já escrita.
Ou me queres ou não.
Serás meu e eu tua, ou não.
Meu.
Tua.
Sem quase ou pode ser.
Nunca fomos quase ou talvez, nem na minha cama nem na tua.
Éramos um.
Ou me amas ou não.
Tua.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Ama-me
Me ame quando eu menos merecer, quando eu menos parecer te amar, pois será quando mais precisarei do teu amor.
Tente vir a mim quando mais distante eu estiver, pois quando mais tentar me afastar de ti mais tua eu serei.
Ainda que eu lute contra mim mesma,
Ainda que eu negue a mim este amor, a ti me entregarei. Sem culpa, sem medo e sem cobranças. Pois, sei de mim apenas que sou tua.
Tua!
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Dois
Procuro um coração, órgão que seja de carne, para, assim, nunca ser partido.
Procuro um coração sem uso, vago, desocupado para poder hospedar-me.
Procuro um coração livre, sem amarras e lembranças de outros amores...
Procuro um coração forte, com coragem e disposto a amar, me amar.
Procuro por um outro coração, que venha se somar ao meu. Para sermos dois...
Meu segundo coração.
Não aceito nada menos que tua entrega total.
Venha a mim de corpo, alma, medo e sonhos.
Dar-te-ei minha mão para apoiar-te e serei tua.
É pouco para te dar, mas é o máximo de mim. Tua.
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Abandono
Olho o céu escuro lá fora e imagino que se um coração pudesse ser visto triste, neste momento, o meu estaria assim, em tom de cinza...
Cinzas que restam de um amor que ontem já foi chamas...
Um dia foste meu lindo romance, meu conto proibido, meu amor, talvez hoje, inimigo...
Hoje foste apenas um homem amargurado que, como todos os outros, partiu meu coração. Fazendo do mais lindo conto de fadas um romance de quinta, um drama.
Paro para pensar e não consigo... Meu corpo está anestesiado, minha mente inerte, apenas meu coração se mantém vivo, pendurado a um fio de vida e, ainda, mesmo em meio a dor e a desistência, se mantém pulsante... chora, vibra, pulsa, jorra sangue...
E este pulso descompassado me corta o peito, me sufoca, me reprime... Sinto-me morta, atirada ao chão do meu quarto enquanto Moonlight Sonata embala meus versos, os últimos que te dedico.
Tento respirar para manter-me viva por mais tempo, na esperança de que a dor cesse e no amanhã encontre alento, longe do porto seguro que era ter-te..
Mesmo que este "ter" fosse apenas um sonho que minha alma acalentou secretamente, desde que te conheci.
Respiro a falta de amor, tua indiferença, a raiva e o rancor que senti em cada palavra tua e me alimento da dor e da tempestade que está por vir...
Ela me dará esperança de que as mágoas irão embora e que meu coração, que hoje chora, quem sabe, mesmo banhado em lágimas, volte a sorrir...
Sinto o cheiro da chuva que se aproxima... Ouço o ruir do céu e observo as nuvens "a correr" enquanto grito calada a dor de não ser amada por ti.
Agora, já passam das dezoito horas, o dia já foi embora e meu coração ainda chora. Inerte, entregue ao silêncio, escuto os pingos de chuva baterem em minha janela.
Ponho-me de pé, cambaleante, um sopro de vida que insiste em não me deixar me leva a sentir...
Sentir a chuva molhando meu rosto, confundindo meu pranto, enxugando meu choro, chorando meu canto, de nunca mais te sentir.
Já com o corpo cansado, entregue ao enfado, gelado a tremer o frio do teu "me querer"...
Avisto a rua deserta, nenhuma alma, nenhum som, nenhum perfume, nenhum sabor, nenhum tom...
Sozinha estou...
Há somente abandono, nada mais me restou.
Espero-te
Procura-me na noite que cai...
No silêncio lá fora...
No espaço entre os lençóis...
Procura-me quando a chuva tocar a vidraça
Quando o vento trouxer meu perfume
No barulho de passos pelo casa
Procura-me no suor de tuas mãos
No arrepio do teu corpo
No ofegar de tua respiração.
Procura-me no silencio da despedida
Na saudade da lembrança, à distância.
Na ausência, na carência...
Procure-me...
Pelas ruas, por dias infindáveis, por noites solitárias.
Procura-me...
No desejo, meu e teu.
Na saudade, minha e tua.
Na minha espera, sem a tua entrega.
Procura-me...
Enquanto te espero.
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Me tens em tuas frias mãos...
Seguras meu insensato coração em tuas mãos como quem deixa a água escorrer por entre os dedos... escorre lágrimas, dores, saudades e um pouco de mim...
domingo, 16 de janeiro de 2011
Por enquanto...
Sou aquela que tem saudade...
Saudade de ti, de mim, de nós, de estar a sós, de voltar a ser só.
Saudade do amor, da amizade e das cores que um dia teve a felicidade...
Sou aquela que é tudo e nada. Sozinha, perdida, a espera de alguém...
A espera de um carinho, um amigo, um caminho, a eternidade...
Sou aquela que espera pela tempestade...
Que houve teu chamado a distância, sente teu medo, atende tuas súplicas, chora tuas angústias...
Te chama, te sente, te vê, mesmo tu não estando aqui, insanidade...
Sou a estrela apagada no teu céu...
A virgem despida, face triste, sem véu...
Sou uma voz presa em tua garganta, um gemido contido em teu corpo, o doce/amargo em tua boca.
Sou tudo em teu nada, mel e fel...
Sou a dor que teu corpo sente, o frio que faz tua pele arrepiar, a mão que te acaricia enquanto dormes, a ânsia que descompassa teu coração, a súplica que fazes ao lavantar...
Doce despertar...
Sou teu guia, tua bússola a cada novo caminhar...
Sou o sonho que te desperta e a força que te mantém seguro, te leva ao longe e te faz voar...
Sou tua, por enquanto tua, por hoje tua, amanhã tua, sempre tua, eternamente tua...
Tua enquanto eu te amar...
Sina
Descobri que se eu ficar sem escrever algo dentro de mim morre. Continuo existindo, mas deixo de viver...
Eu sou assim, sou meus sentimentos dentro de mim...
Sou Amor, verso, prosa, rimas, dor...
Sou a tradução do que sinto e a escrita é a minha sina..
Sina...
Assim como tu continuas em mim e eu, e alguma forma, sempre estarei contigo...
Sina.
Eu sou assim, sou meus sentimentos dentro de mim...
Sou Amor, verso, prosa, rimas, dor...
Sou a tradução do que sinto e a escrita é a minha sina..
Sina...
Assim como tu continuas em mim e eu, e alguma forma, sempre estarei contigo...
Sina.
sábado, 8 de janeiro de 2011
Final Feliz
Amigos....
Venho neste momento escrever a todos que, de alguma forma, se identificam com minhas palavras, meus sentimentos, angústias, dores... Me coloco, sem máscaras, diante de todos aqueles que procuraram me conhecer, tentaram me entender, buscaram aqui poesias, palavras amigas, sentimentos... Me coloco diante de vocês para, mais uma vez, mostrar quem eu sou... uma louca de alma mutante, pensamentos dilacerantes que cortam corpo e espírito... Venho aqui sangrando e chorando para mostrar-lhes, mais uma vez, tristezas...
Isto alguma vez, foi útil a algum de vocês? Saber minhas dores?... Nem para mim!
Todos temos angústias, todos choramos, apenas alguns com mais intensidade. Alguns, assim como eu, não se camuflam, dão a cara a tapa. Mas, a verdade é que estou cansada de apanhar, da vida e do amor...
Se para escrever, tocar o coração das pessoas preciso estar com o meu em destroços... desculpem-me, mas, a partir de hoje, deixo a escrita. Rompo com a poesia, abandono o Amor.... Afinal, ele nunca esteve ao meu lado...
De tudo que já observei e vivi, sei que existem pessoas com o "dom". O dom da música, o dom da poesia, o dom de amar, o dom de saber ouvir, o dom de transmitir Paz, O "Dom" de ser Feliz. Existem pessoas assim, diferentes de mim...
Ouvimos dizer "que há um mundo lá fora", a nossa espera... Existe sim, mas não pra mim. Não fui feita uma pessoa com o "dom". Não recebi o dom de conhecer alguém especial, ou de me tornar especial para alguém... Não recebi o dom de trazer em mim a felicidade ou de fazer felizes os que estão a minha volta... Não recebi o "dom" de ser uma boa companhia, daquelas divertidas que os amigos desejam ter por perto, quase nunca recebo convites para sair, raramente meus amigos têm tempo para mim... Afinal não tenho o "dom"... Não tive um verdadeiro amor, não tive um amigo leal, que não fosse embora quando eu precisasse... Não tenho momentos felizes para recordar, nem do primeiro beijo, nem da primeira vez... Como disse, não possuo o Dom de me fazer amar...
Amei sem nunca ter sido amada. E boba, acreditei que pudesse ser feliz sozinha, mas com o amor em meu coração... Mas como não nasci com nenhum "dom" até mesmo o amor me destrata...
E eu cansei de ser a "boazinha" para o amor... cansei de acreditar nele. Cansei de acolhê-lho em mim quando precisa. Cansei de afagá-lo e depois ser chutada. Cansei da dor que ele me causa há muito tempo...
Sei que muitos tem dores, medos e angústias a meses, assim como eu, só que eu cansei de lutar uma guerra vencida. Eu perdi para o amor... Ele quer bem as pessoas com "dom", nunca quis a mim... Agora que compreendo, ao amor e a dor, darei fim.
Não sou como as princesas dos contos de fadas que sempre li. Não nasci para um belo romance. Não sei escrever a mais belas das histórias, tão pouco protagonizá-las, não sou atriz de cinema, não faço par com um galã de Hollywood, não sou aquela que o príncipe encantado salvará, não sou a musa inspiradora dos poetas, não sou aquela para quem se compõem músicas, não sou a mocinha que vive um final feliz, não sou tua porque nunca fui amada por ti.
Sabemos que tudo na vida é feito de ciclos, amigos me dizem isto. Encerra-se um ciclo para que se comece outro. Como meu último pensamento, enquanto poetisa e escritora, encerrarei um capítulo. Fecharei as cortinas até um próximo ato, na esperança de que a próxima página reserve a minha personagem, um novo Recomeço...
Recomeçar, Renascer, Reviver...
Ouvimos dizer que tudo na vida tem um motivo, que nada é por acaso, que nada acontece sem ser da vontade de Deus...
Então, mesmo sem "Dom", nasci com um propósito, maior do que viver com o coração partido, mostrando ao mundo minhas dores... Eu irei encontrá-lo, ou morrerei tentando...
Prometo a vocês e a mim, este Recomeço... A final de contas, se nada é por acaso, carrego este nome por algum motivo... Pois quando nasci, meu pai havia escolhido para mim o nome de "Débora"... Acredite, era assim que eu me chamava... Minha mãe, porém, não gostava, costuma dizer até hoje que lembrava a ela uma abóbora (rsrs)... Então, após muitas discussões, passaram a não me chamar de nada e fiquei por um tempo sem nome, sendo chama de "menina"... Até que, minha avó pôs fim a este capítulo e decidiu que eu me chamaria "Renata: que tem origem no latim e significa renascida". E é isto que eu sou desde então... Um ser humano inquieto, com alma mutante... vou de extremos em um único instante, do ódio ao amor, da alegria a dor, sem jamais perder as esperanças de recomeçar.
Hoje encerro este capítulo, amanhã abrirei o livro, novamente, e terei a minha espera uma página em branco e muitas esperanças para por nela um recomeço...
Amanhã, saírei do casulo, romperei amarras e correntes e alçarei vôo, sozinha, como sempre fui, mas com esperança.
Mas amanhã...
Hoje aguentarei, pela última vez, esta dor que trago no coração a meses, a dor de um desamor... Mas amanhã deixarei o amor para quem tem "dom", não sei se o final da história será feliz, apenas sei que o amor não é pra mim... Eu nasci sem "dom", nasci com alma inquieta, nasci com uma busca incessante por algo, nasci com um desejo sedento de liberdade, nasci sem porto, apenas de passagem... E amanhã passarei por aí, talvez o amor me veja, mas espero que não me reconheça, porque eu mudei.
Há um mundo a ser descoberto lá fora, um mundo para os que têm o "dom" do amor e da felicidade... Eu tenho um mundo. É nele que me sinto segura, um mundo preto e branco como nos filmes mágicos de Chaplin... Um mundo que é meu de mais ninguém, um mundo sem cores, no qual não entrará mais falsos amores, um mundo seguro dentro das paredes do meu quarto... E todos os dias, pela manhã abrirei as cortinas para um novo ato... E quanto a lua se fizer presente, será hora de eu conversar com ela, despedir-me dos sonhos, fechar as janelas e encerrar mais um capítulo.
Eu sou assim, sorrio, choro, morro, me mato, renasço...
Tenho começo, meio e fim!
Nem toda a boa história precisa de um Final Feliz...
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Alma de poeta, olhos de pintor, coração de músico...
Procurei por muito tempo alguém...
Alguém que aparecesse em um dia de chuva,
Um viajante que desbravasse tempestades.
Que fosse atraído pelos sons dos trovões, em vez de ter medo deles.
Alguém que viesse com cheiro de terra molhada,
Com olhos banhados de lua,
Com lábios orvalhados de beijos roubados...
Alguém que, assim como eu, também chorasse e entendesse o pranto da chuva.
Alguém que fosse capaz de me desvendar por inteira...
Capaz de me ler nas entrelinhas...
Alguém sem medo de me amar,
E com forças suficientes para por mim lutar...
Alguém que me entendesse em um simples gesto, em um olhar...
Alguém que fosse capaz de suportar minhas crises e inseguranças...
E que me acolhesse nos braços, feito criança, sempre que eu fraquejar.
Alguém que me veja como um belo romance...
Que me decifre e devore como um capítulo de um livro...
Alguém que me desenhe e me pinte em vários tons e nuances...
Que faça de mim sua pintura em tela, entre todas as paisagens, a mais bela...
Alguém que me eternize em prosa, verso e rimas...
Alguém que todas as noites me dedilhe, fazendo do amor nossa sina.
Alguém exatamente como você.
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