segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Monólogo





Calma, coração!
Pra que tanta euforia?!
Não leve as coisas tão a sério,
Às vezes, eu sinto falta de um pouco de calmaria...
Pra que tanta festa, coração?!
Vê se toma cuidado!
Estou até com arritmia.
Não seja tão ansioso, tão tolo, tão louco!
Também faz bem um pouco de calmaria...
Calma, coração!
Poupe um pouco de energia.
Não é que eu não goste dessa tua alegria,
Mas me tira a paz, me inquieta esta tua euforia.
Eu já estava acostumada a tua calmaria...
Só toma cuidado coração, com a velha amiga fantasia!
Não quero te ver chorando, a não ser que seja de alegria.
Festeje coração! Que eu entendo tua euforia.
Só tenha calma... Pois sinto que uma tempestade se inicia...
Não me entenda mal! Não é que eu não queira tua alegria.
Mas a paixão nos cega e, no inicio, parece bela como todo raiar do dia,
Mas é bom não ter nenhuma fantasia.
Às vezes, é mais prudente ouvir a razão e agir com sabedoria.
Pois apaixonado tu fica cego, tomado pela euforia...
Não me entenda mal! Não é inveja da tua alegria.
Eu apenas quero de volta a minha velha calmaria...
De quando a paixão não nos dominava e a ela tu resistia.
Cuidado, coração!
Eu não quero teu mal, só quero a tua alegria.
Eu apenas sinto falta de quando a mim tu pertencia...
E espero que depois da tempestade volte a habitar, em nós, a calmaria.
Cuidado coração! Sinto que pode estar em perigo...
Eu só não quero que se machuque, meu bom amigo!



sábado, 6 de outubro de 2012

Instantes





Fecho a porta do passado pro passado ficar
Trancado naquele espaço onde é seu lugar
Não paro no presente, pois não posso parar
O futuro esta na frente e é lá que quero estar

Levo pro futuro só o que posso carregar
Do presente fica o risco de passado se tornar
O passado é pesado e não há porque levar
Vou logo pro futuro que está a me esperar

Deixo o passado no passado que é seu lugar
No presente sigo em frente, não posso parar
O futuro é incerto, mas preciso me arriscar
Do passado eu me alimento pro futuro saciar

Fecho a porta do passado e deixo tudo para trás
O presente é um instante que também não volta mais...

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Crise dos Trinta





Chega certa idade, na vida da gente, que é a hora em que olhamos para trás e nos perguntamos o que fizemos das nossas vidas...  Alguns dizem ser a crise dos trinta. Eu não sei, só sei que sempre que olho para dentro de mim, vejo-me diferente e, nem sempre, estas mudanças me agradam em um primeiro momento. Não sei se isso é a crise dos trinta, só sei que olhando para minha própria vida vejo que faltam tantas coisas daquelas metas que, lá trás, planejei. E cadê a moça aquela que ia a luta?! Não sei. Talvez esteja cansada pelo peso dos trinta... Só sei, nem me recordo mais a data, que lá atrás, enquanto ainda usava “Maria Chiquinha” eu sonhava com o príncipe encantado, com o amor verdadeiro. Era este meu sonho para o futuro, viver um grande amor. Depois, com o passar dos anos, vieram os projetos de fazer faculdade, ter uma profissão, um ideal pelo que lutar. Este era meu sonho de juventude, mudar o mundo através da educação. Quase junto a isso, e ao sonho do amor verdadeiro, veio junto minha paixão pela poesia, pois sempre que dava tempo, entre uma leitura teórica da faculdade e um beijo do príncipe encantado, eu lia Shakespeare e sonhava me tornar escritora, para mostrar ao mundo o amor verdadeiro... Então, se neste momento, alguém me fizesse a pergunta clássica “o que quer ser quando crescer” eu diria: “Ah! Quero ser uma mulher completa! Uma que viveu um grande amor, teve um filho e escreveu um livro.” Este foi meu grande projeto de vida e, exatamente, nesta ordem: viver um grande amor, ter um filho e escrever um livro. Completando este ciclo, saberia que cumpri meu papel nesta vida e que poderia, então, não mais me assustar com a idéia da morte, pois teria deixado um legado, teria realmente vivido, não apenas passado de férias por este mundo.
Se eu olhar para trás, agora, estes eram meus grandes sonhos, meus ideais de vida e metas. Nunca fui do tipo de mulher que sonha em ter uma casa própria, com piscina, suíte com hidromassagem, carro, etc. Nunca fui do tipo que vê o casamento como garantia de sucesso, tanto que fiz faculdade. Meu sonho com o casamento era apenas no sentido mais bobo e romântico dos poetas, apenas pelo amor verdadeiro. Levantei sempre a bandeira do “amor e uma cabana”, mas Amor, sempre e para sempre. Agora, olhando para a minha vida, vejo tantas coisas fora do lugar em que planejei para elas, tantos sonhos que não estão no lugar onde deveriam, aquele chamado: Sonho realizado... Por isso, me vejo decepcionada comigo, talvez decepcionada não seja a palavra correta, mas em falta de outra no momento, usarei esta, pois sei que me entendem, afinal todos temos nossas crises e acredito que elas venham em qualquer idade, não apenas com os trinta.
Hoje, sentada aqui, batendo um papo comigo e com todas as meninas, moças e mulheres que fui, uma delas olhou e apontou para o livro trancado na gaveta, que quase ninguém conhece, pois tenho medo de mostrá-lo ao mundo, já que nesta altura da minha vida, ele prova não ser fruto daquele amor verdadeiro que sonhei viver... Ela tentou me dizer: não fracassaste de todo, algo realizaste daquilo que sonhou, mas o amor verdadeiro é assim mesmo, difícil de encontrar, ele, meio que habita o coração e a alma dos poetas. Poetas nasceram para falar do amor, mas quase sempre em sua solidão... Então, me perguntei: Em que momento da minha vida resolvi cometer a insanidade de me tornar poeta?! (...) Este foi o único sonho que não planejei, mas que aconteceu, sem eu nem perceber. Quando vi, lá estava eu, brincando com as palavras, acho que ainda no jardim de infância... Mas não cabe aqui alencar quantos poetas viveram em solidão e quantos casaram e tiveram filhos, esta é minha crise dos trinta, não uma pesquisa sobre a vida amorosa da literatura mundial. O que quero dizer é que os sonhos mais simples são os mais difíceis de realizar. No meu caso, encontrar um amor verdadeiro, que me ame, que me peça em casamento e dê nome aos meus filhos, foi algo mais difícil que passar em dois vestibulares em Universidades Federais... Por isso, hoje, se alguém me perguntasse “o que quer ser quando crescer”, eu acho que responderia apenas, quero ser feliz. Pois isto basta é já é algo muito precioso para se buscar, afinal, não é fácil buscar e lutar pela felicidade... Quem vai ter tempo para isso, quando se tem uma tese da faculdade para concluir?!
O que me consola, neste momento em que olho para dentro de mim e para minha vida, é saber que a crise dos trinta vai ter que passar, afinal já tenho trinta e um, acho que um ano de crise já está de bom tamanho.
E quanto aos sonhos que eu tinha... Olho para a gaveta e uma parte de mim se sente realizada ao ver ser nome na capa de um livro. Afinal, quantas mulheres podem ter esta sensação aos trinta?! (risos)
O amor verdadeiro fica para depois... Pois não dizem que a vida começa mesmo nos trinta...

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

À luz de velas





A noite, amor, vai ter lua cheia
E mesmo se teu céu estiver nublado
te farei versos enluarados
para que leias,
à luz de velas,
e durma sonhando com a lua cheia...
Enquanto clareia...
A rua, a tua casa, o teu corpo
Clareia teus pensamentos mais escuros
Que o escuro se faz claro pelo clarão da lua cheia
Clareia!
Hoje à noite, amor, vai ter céu estrelado
Ainda que teu mundo esteja nublado
Te pintarei estrelas
no teto do quarto
Para que, ao dormires, possa vê-las
Enquanto teu mundo clareia...
Clareia!
Clareia o quarto, a casa, a rua,
a alma minha e tua
Que o escuro se faz claro no clarão da lua cheia
Clareia!
Que esta noite, amor, vai ter lua cheia...
E ainda que tudo, lá fora, pareça nublado
Verá meus olhos marejados
no clarão da lua cheia!
Enquanto clareia...
Clareia teu corpo a cada beijo meu
Clareia meu desejo sendo aceso pelo teu
Clareia!
Que todo escuro se faz claro no calor da lua cheia
Clareia!
Que se a lua, lá fora, não estiver cheia
E as estrelas não puder vê-las
Eu as rabiscarei, à luz de velas,
em verso e prosa para que leia
Enquanto clareia...
Faremos amor, à luz de velas, sob a lua cheia...



quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A lua que eu te dei





A lua cheia me chama
e pergunta por ti
Quer saber se ainda me ama
e por que não está mais aqui
Eu converso com ela
e falamos de ti
Digo que ainda te amo
e que não te esqueci

A lua então se entristece
e me pede um favor
Que faça, a Deus, uma prece
em proteção a esse amor

A lua cheia te chama
e pergunta por mim
Quer saber se ainda me ama
por que nosso amor teve fim?!
Tu conversas com ela
e fala que eu desisti
Quando o que tu mais queria
era que eu lutasse por ti

A lua então se entristece
e te pede um favor
Que faça, a Deus, uma prece
em proteção a esse amor

A rua vazia nos chama
a procurar por outro amor
Mas no céu algo cintila
e ouvimos um clamor!
Olhamos então a lua
que de longe nos abençoa
Um em cada canto da cidade
ouvindo uma prece que ecoa
Que este amor seja posto à prova
antes da lua voltar a ser nova

A gente então se entristece
e pede a lua um favor
Que se a gente ainda merece
se torne possível este amor


quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Fuga





Toda vez que fecho os meus olhos é pra te encontrar
Viajo pra dentro de mim mesma aonde é teu lugar
Essa fuga da realidade é a única forma d’eu te amar
Meu coração é teu cativeiro e esse amor meu penar

Toda vez que fecho os meus olhos eu posso sonhar
Esqueço do mundo, lá fora, só pra te reencontrar
Perco-me em lembranças pra tua saudade eu matar
Nessa fuga insana da realidade que faço só pra te amar

Toda vez que fecho os meus olhos é pra melhor te lembrar
Crio cenas repetidas de nós dois pra memória te gravar
Pode parecer loucura esse meu jeito doente de te amar
Mas, por mais que eu tente, meu coração não quer te deixar

Toda vez que eu fecho os meus olhos é pra te reencontrar
Eu fujo da realidade de olhar pra minha vida e não te avistar

Soneto de Mentira





Eu deixei a porta da frente entre aberta
Na última esperança insana de te ver voltar
Mas, de dentro de casa, avisto a rua deserta
E só ouço o som de teus passos a se distanciar

Eu deixei as luzes acessas noite após noite
Em tentativas desesperadas para não dormir
Para que a solidão não fosse do coração acoite
E se voltasse me visse a tua espera, ainda a sorrir

Eu deixei teu travesseiro ao meu lado na cama
E, todas as noites, arrumo a mesa e te sirvo o jantar
Vivo a repetir, a mim mesma, o quanto ainda me ama
Que é só uma crise! E que, logo-logo, você vai voltar

Mas as horas passam e do dia se faz mais uma noite
Mostrando, a mim mesma, que só estou a me iludir
Que não posso mais ficar acordada fazendo pernoite
Se você já desistiu de mim eu mesma não posso desistir




terça-feira, 25 de setembro de 2012

A verdade sobre o amor





Alguns amores são breves
São tão intensos e avassaladores
E com a mesma rapidez em que nos tomam
Esvaem-se e nos deixam...
Alguns amores, nem sempre, deixam a sensação de quero mais...
Alguns, com o passar do tempo, perdem as cores que nos fascinaram no primeiro encontro
Vão perdendo os sabores que nos mataram a fome a cada ato de amar
No calor do desejo, a sede se torna cada vez maior que um beijo não mais tem o poder de saciar...
Alguns amores já nascem sem a pretensão de durar...
Existem amores de todos os tamanhos e pra todos os gostos
Nem por isso, uns são menores que os outros
Apenas, alguns são mais avassaladores
Mas, nem assim, deixam de ser grandes amores...
Alguns amores terminam para que outros possam começar
E mesmo que nada tenha ficado do amor já terminado
O que vale é ter, em algum momento, amado
E saber que ainda somos capazes de, novamente, amar.


A verdade sobre o amor
é que ele nunca termina, nunca morre
Ele apenas muda de forma, troca de cor...

O primeiro vôo





Voa!
Voa minha poesia...
Cruza os mares
rompendo as distâncias
trazendo-me aquele amor
que, ontem, ele sentia.
Voa!
Voa minha poesia...
Viaja nas asas do céu
unindo os mundos,
os corações.
Vai girando no ar...
Com sabor de mel,
feliz a cantar,
feito carrossel.
Voa!
Voa minha poesia...
Desliza no vento
deixando poemas
perdidos no tempo
em cada quintal
pendurados
de varal a varal...
Voa!
Voa minha poesia...
Vai solta nas asas da liberdade
feito passarinho
voando, de ninho em ninho,
e deixando em cada coração que fica
saudade...
Voa!
Voa minha poesia...
Voa pra longe
desbravando o mundo
e quando quiseres
fazer-me companhia
regresses.
Que meu coração é teu guia...
É ele quem te pare,
quem te cuida,
quem te orienta,
dando-te voz e vida...
Vá, senão a inspiração se finda...
E que o amor seja tua essência
e na aparência
seja revestida de liberdade e esperança...
Vá, minha doce criança!
Que meu coração é teu guia.
Mostre o Amor ao mundo,
minha pequena cria,
está é tua missão.
Isto é ser Poesia!



segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Sem Poesia





O amor que eu tanto queria
Era mera ilusão de minha poesia
Não era luz clareando as trevas
Era ouro falso que só ao sol reluzia
Pedra bruta não lapidada
Não era jóia rara
Era nada!
Fragmentos soltos de tolas palavras
Era só poesia...
O amor que eu tanto sentia
Era mera ilusão de minha pobre poesia
Era feito vento que a pele arrepia
Mas era breve e se esvaia
Era feito sol que a pele incendeia
Feito queimadura
Que machuca
Mas passa...
Feito mar de ressaca
Que vem, vai
E não dura...
Era nada!
Apenas palavras
Palavras puras
Umas delicadas
Cheias de amor e carinho
Outras mais duras
Realidade nua e crua
Nada de fantasia!
Nenhum conto de fadas
Era vida real
Em tortas e frias palavras
Era só mais uma pobre poesia...
O amor que eu achei que vivia
Era só uma mera ilusão de minha vã poesia
Era fogo de palha que rápido queima
E rápido se apaga
Hoje é só cinzas
O que um dia foi brasas
É nada!
É pó!
E com dó
eu assumo que foi só palavras
E mais nada!
O que eu sentia
Não era amor
Só uma fina dor
que, por um tempo, alimentou minha poesia...
E o amor de minha poesia
Era só palavras ao vento
Sem rima
Sem técnica
Sem sentimento
Não era nem poesia...
Era feito folhas em branco
Que tento ler e nada vejo
Nada há de belo
Só lamento!
O que sobrou de minha poesia?!
São páginas em branco de uma vida vazia
Sem amor
Sem Poesia...




O segredo do Moço





Todo dia ele acorda as seis e pouco
Acorda para um dia novo
Só que a vida não é mais tão bela
Como era com o “bom dia” dela...

Todo dia ele acorda cedo
Levanta da cama, calça os sapatos
e se veste de seu maior medo
Sem ninguém saber
que a vida era melhor antes dela ele perder.

Todo dia ele acorda as seis e pouco...
Acorda para um dia novo
Só que a vida era mais bela
vista do lado esquerdo da cama, ao lado dela...

Todo dia ele acorda cedo
Sai de casa, pega o ônibus lotado
à caminho do trabalho
em companhia de seu maior medo
Sem ninguém saber
Que a vida era mais bela
quando seu maior bem
era o amor que vivia com ela...

Todo dia ele acorda as seis e pouco
Acorda para vida, para um dia novo.

Todo dia ele acorda cedo
Encara a vida de frente
e esconde, do mundo, seu medo.

Todo dia em companhia
de um velho medo
e nada de novo
Uma vida inteira
que se perde
tão rápido
e por tão pouco...
Apenas po
r medo.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Espinhos e Flores





Ah! Quem me dera...
Que nosso amor fosse
colorido e suave
feito uma manhã de primavera
Ah! Quem dera...
Se não houvesse pedras no caminho
só o rastro de pétalas de rosas,
sobre nossos passos,
nos fazendo carinho
Nenhum espinho!
Nenhuma dor!
Nenhuma pedra no caminho
atrapalhando nosso amor
Nenhum espinho,
só perfume e flor...
E muito, mas muito amor!
Ah! Quem me dera...
Que nosso amor
não fosse uma fria ilusão
deixada, para trás, pelo inverno
Quem me dera...
Não tivesse ficado
este espinho, no coração, cravado
Mas tivéssemos só perfumes e flores...
Que a vida fosse feita só de amores
e sonhos de primavera...
Ah! Quem dera...
Mas alguns amores são feitos mais de espinhos que flores...

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Além do Fim



 
 

Quando a chuva deixar de molhar
Eu vou deixar de te amar
Eu vou deixar de te amar
Quando o sol parar de brilhar

Quando a noite não mais assustar
Eu vou deixar de te amar
Eu vou deixar de te amar
Quando um novo dia não começar

Ou pra mim ou pra você...

Quando o sol deixar de aquecer
Eu vou deixar de te querer
Eu vou deixar de te querer
Quando a chuva, do céu, deixar de descer

Quando o dia não nascer
Eu vou deixar de te querer
Eu vou deixar de te querer
Quando a noite não escurecer

Ou pra mim ou pra você...

Quando o vento deixar de soprar
Eu vou deixar de te amar
Eu vou deixar te amar
Quando as estrelas deixarem de brilhar

Quando a noite não mais afagar
Eu vou deixar de te amar
Eu vou deixar de te amar
Quando um novo dia não clarear

Ou pra mim ou pra você...

Quando as estrelas você não puder ver
Eu vou deixar de te querer
Eu vou deixar de te querer
Quando o vento deixar de correr

Quando um novo dia não nascer
Eu vou deixar de te querer
Eu vou deixar de te querer
Quando à noite não anoitecer

Nem pra mim nem pra você

Quando a vida deixar de nos alimentar
Vamos deixar de nos amar
Vamos deixar de nos amar
Quando a morte vier nos buscar

Quando o dia deixar de nos acordar
Vamos deixar de nos amar
Vamos deixar de nos amar
Quando a noite não mais nos afagar

Nem pra mim nem pra você

Quando morte deixar de morrer
Vamos deixar de nos querer
Vamos deixar de nos querer
Quando a vida deixar de viver

Quando a noite deixar de escurecer
Vamos deixar de nos querer
Vamos deixar de nos querer
Quando o dia se esquecer de nascer


Pra mim e pra você

No dia e na noite
Na morte e na vida
E além dela...
Mesmo que o coração pare de bater
E a ultima estrela, no céu, deixe de brilhar
Com sol ou lua
Faça chuva ou faça sol
Vou continuar a te amar
Mesmo que eu nasça de novo
Em outras eras, em novos tempos
Com outros nomes
E outros rostos
Em todas as vidas em que eu me acordar
Irei renascer pra te encontrar, pra, mais uma vez, continuar a te amar...
Enquanto existir uma centelha de vida, em mim, esse amor jamais terá fim...
Irei te amar após o fim,
muito além de mim...


*Dedico a todos os amores que venceram as distâncias, ultrapassaram as barreiras da morte e da vida e sobreviveram as tempestades...

Aos amores que sobrevivem!!!

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Enquanto a chuva não passa




Enquanto a chuva não passa...
dos olhos pode rolar a saudade
deixando o sorriso não demonstrar graça
da vida que, lá fora, passa
e da tristeza que, do lado de dentro, ronda
solidão querendo, do coração, tomar conta
jogando a felicidade no chão
Enquanto a chuva não passa...
e o pranto insiste em rolar
Eu posso olhar a vidraça
fingindo não me importar
que teu amor me faz falta
e por isso me ponho a chorar
Enquanto a chuva não passa...
e o sol não aparece
eu posso chorar
que a chuva esconde meu pranto
e o vento me faz companhia
escondendo o silêncio
de uma vida vazia
que tua ausência deixou
na sala de estar
Enquanto a chuva não passa...
e o sono não vem
eu fico a sonhar
ouvindo a chuva lá fora
chorando a minha jura
de não mais te amar
Enquanto a chuva não passa...
e o sol não volta
eu fico a esperar
que se tu não voltares
possa o sol regressar
secando o pranto
que a chuva não pode afogar
Enquanto a chuva não passa...
e depois de tanto chorar
eu seco a vidraça,
eu enxugo as lágrimas,
preparo o sorriso
e faço o sol voltar a brilhar

Enquanto a chuva não passa, eu fico a esperar...

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Lágrimas de Adeus





Adeus! Estou partindo...
Peço desculpas se não choro ao ir embora, se te digo adeus assim sorrindo
Não, não chore!
A culpa não foi tua se nosso amor não foi como prevíamos, se nosso “Para Sempre” durou apenas um segundo...
A culpa não é minha nem tua se tudo acaba aqui entre a gente...
A culpa não é de ninguém!
Relacionamentos são mesmo assim, começam e acabam de repente.
A culpa não é de nenhum de nós se hoje estamos diferentes...
Foi o tempo que nos mudou, foram os anos...
Foi culpa dos segundos!
Não fui eu quem perdeu
Não foste tu quem não me mereceu
Foram apenas meus sonhos que se tornaram grandes e tu ficaste pequeno demais para o meu mundo...
Adeus! Estou partindo...
Peço desculpas se não choro, mas já chorei demais por ti, por isso, hoje parto sorrindo.
Adeus! Estou partindo...
Peço desculpas se não levo o que me deu, mas meus sonhos ocupam tudo no meu mundo, cada espaço que teu amor não preencheu...
Adeus! Estou partindo...
Não quero choro nem despedida, não levarei saudade, pois teu amor não cabe mais na minha vida.
Adeus! Estou partindo...
E mesmo que chores, eu parto sorrindo.