quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Identidade





Eu sou aquela com quem sempre sonhou
Mesmo sem conhecer
E muito mais eu ainda posso ser
Além do que agora sou
Se você deixar o amor acontecer...
Eu sou tudo que teu coração sempre imaginou
Eu sou aquilo que desejou ter
E mais do que quiser eu posso ser
Bem mais do que agora sou
Se o amor para nós acontecer...
Eu sou a outra metade que sua alma sempre procurou
Mesmo sem acreditar
Que iria encontrar
Alguém como eu para lhe amar
Você sonhou,
Você procurou,
Você esperou,
E seu amor fez de mim quem sou
E tudo que ainda irei me tornar
Com o seu amor a me exaltar
Minha identidade
É o todo perfeito entre nossas metades
Que foram feitas para se completar
Dois seres que buscam um ao outro
Pela necessidade de amar...

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Despertar





Eu abri meus olhos e uma luz estava a me cegar
Era o sol me avisando que a manhã acabara de chegar
Eu me virei na cama e não estavas em teu lugar
Começa mais um dia e com o ele tenho o dever de recomeçar

Então, eu abri as cortinas para o sol poder entrar
Deixei meu corpo recebê-lo, em sua luz se banhar
Senti o cheiro da manhã me chamando para continuar
O sol trouxe com ele um novo dia que não posso desperdiçar

Eu abri o coração e deixei o sol secar
Toda lágrima e toda a dor que estava a lhe sufocar
O sol trouxe esperanças de que tudo vai melhorar...
De que a vida segue e a ela eu devo acompanhar

O sol me trouxe a alegria de um novo despertar
Deus me deu uma nova chance para recomeçar
O sol me trouxe esperanças de que a vida vai melhorar...
Este foi só o começo, apenas o despertar!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Colcha de Retalhos






Eu costurei lembranças de nós dois
Em uma colcha de retalhos de esperança
Juntei o antes, o agora e o depois
Amarradinhos o amor e confiança
Para que o tempo não corroa
Nem desmanche esta aliança
Eu costurei você e eu em minhas lembranças
Fiz laços e bordados com amor e esperança
Em uma colcha de retalhos de nós dois
Eu juntei o antes com o agora na esperança do depois...
Eu costurei você em mim
Eu alinhavei o não e o sim
Eu costurei as nossas lembranças
Com linhas cor de ouro bordadas de esperanças
Eu costurei você em mim
Com fitas vermelhas de cetim
Bordei sobre o não um lindo SIM
Pra nossa história nunca ter FIM
Eu fiz uma colcha com retalhos de nós dois
Eu juntei o antes com o agora
E deixei livre um espaço pro depois...
Eu costurei as nossas lembranças
E arrematei com o nó da esperança!


Teia de Mentiras





Meu coração não se prende em teias de palavras
Palavras que mesmo belas carregam o "mal" também
Meu coração não se prende no engano de um "eu te amo"
Sem atitudes força nenhuma o "eu te amo" tem
Meu coração não se prende em belas ou feias palavras
Palavras em meus ouvidos vão e vêm
Meu coração não se prende em teias de palavras
Meu coração conhece o poder que cada palavra tem
Palavras, isto o meu coração conhece bem!
Mentiras são palavras que meu coração ouviu também
Mentiras, isto também conheço bem!
Meu coração não se prende em teias de palavras
A verdade me liberta e me faz bem!
Meu coração não se prende em teias de palavras
Em meu coração as palavras vão e vêm
Palavras tanto podem fazer o mal como o bem!
Meu coração não se prende em teias de palavras
Eu sei o poder que cada uma tem!
Palavras...
Palavras que só eu conheço bem...


Você e Eu






Eu quero esquecer que o ontem morreu
Se foi bom ou ruim?
Já passou! O coração esqueceu,
Recordarei o que vale ser recordado
Repetirei o que o coração desejar ter renovado
Eu quero esquecer que o ontem aconteceu
Quero colar de novo o teu corpo no meu
Sem pensar depois qual de nós é culpado
Eu quero esquecer o que me aborreceu
Eu quero de novo teu beijo afogado no meu
Quero teu corpo no meu colado
Meu amor no teu abraçado
Eu quero de novo o que o ontem nos deu
Teu coração sentindo a batida do meu
Meu corpo descansando no teu
Sem pensar que hoje estaria acabado
Eu quero mais é ficar do teu lado
Sem pensar no futuro ou passado
Eu só quero o que o presente me deu
Nada mais do que você e eu!


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Banho de Lua





Eu me banhei de lua
Pro meu corpo se iluminar
Eu me deitei na rua
Pra livre poder sonhar

Eu me banhei de lua
Pro meu coração se apaixonar
Eu me cobri de rua
Pros teus passos acompanhar

Eu me banhei de lua
Pro meu espírito se libertar
Eu dormi na rua
Pra liberdade me despertar

Eu me banhei de lua
Pra toda noite te encantar
Sou eu que brilho no teu céu, na noite escura
Sou eu a luz a te banhar...

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Passado a Limpo





Em uma rima branca
o meu amor eu escrevo
página por página
de um capítulo já encerrado
Do outro lado, na folha limpa
monto o cenário para dar vida a história
que ficou no passado...
Desenho em traços
com um giz azul
meu coração vazio
no tom anil
da dor que vazou
de meus olhos rasos d’água...
Que ficou comigo,
enquanto você foi embora...
No espaço vazio
que ficou nas páginas em branco
do meu destino
Uma lembrança enfraquecida
da nossa história se desbota
e se perde hora após hora...
Dia após dia,
eu traço letra por letra
por cima de cada frase
para que não se apague...
Eu tracei de azul
o capítulo em que te conheci
para toda vez que olhar o céu,
 sem nuvens, te sinta aqui
Eu pintei de vermelho
todos os beijos que trocamos
para que a paixão permaneça viva
como a ferida que agora sangra
no mesmo tom escarlate
do meu batom
que tanto fez marcas em ti...
Eu sublinhei de verde
a última palavra dita,
na despedida,
com a esperança
de que o Adeus possa um dia enfraquecer
e te trazer de volta pra mim...
Eu deixei a última página em branco
por não conseguir escrever,
para nós dois, o solene FIM!
Eu passo a limpo todo o sofrimento meu
Eu apago e reescrevo cada erro teu
A nossa velha história eu passo a limpo
e, a cada nova página, mais amor eu sinto!

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Âmago





Quando a cabeça está no lugar
O coração parece não estar
Ele voa por aí,
À procura de algum lugar,
À procura de um igual
Pra lhe completar...
Quando o coração parece aportar
A mente é que quer voar
Está não me prende...
É livre e livre parte, a vagar no horizonte...
Os pensamentos que me fogem
Não me prendem
Não me dominam
Não me pertencem...
A mente ao coração faz uma ponte
Por onde brinco e me transporto
E me transmuto
E sonho e amo
E parto e volto
E entre os dois eu fico
A vagar no infinito
De meu ser,
Sem nunca me pertencer...

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Entre 4 paredes





Tem tanta coisa que eu preciso te falar
Coisas minhas que talvez nem queiras ouvir
Já faz tempo que estou a te esperar
Desde a noite em que te vi partir

Mas não estás aqui e eu preciso conversar
Eu falo pras paredes tudo que estou a sentir
E insisto que tu já vais chegar
Antes mesmo de eu voltar a me repetir

Tem tanta coisa que eu queria te falar
Coisas nossas que talvez nem queiras ouvir
Aquele “eu te amo” que a voz teima em calar
E os nossos planos que insisto em seguir

Mas não estás aqui e eu preciso aceitar
Que as paredes também não podem me ouvir
Tem certas coisas que o coração deve calar
E tem amores que devemos desistir...

sábado, 27 de outubro de 2012

Deságua!





O céu quando fica cinzento
Parece sufocar o pranto
Que não cabe mais no sentimento
De um coração que chora tanto...

O céu quando fica nublado
Parece entoar um triste coro
De um coração apaixonado
Que, olhando o céu, engole o choro...

E então desaba!
Desaba o céu em pranto...
Deságua no coração o pranto...

O céu quando fica cinzento
Parece reunir todo o pranto
De todos os corações que em sofrimento
Choraram, com a chuva, seu triste canto...

O céu quando fica carregado
Parece desaguar o choro
De um coração de sofrimento encharcado
Que, ao choro do céu, faz coro...

E então deságua!
Deságua do céu o pranto...
Desaba o coração em pranto...

Toda vez que um coração, na terra, se entristece
O céu então se escurece
E os anjos reunidos em prece
Entoam um triste canto
Enquanto choram as dores do mundo em um chuvoso pranto...

E então desaba!
Desaba o céu em pranto...
Deságua no coração (en)canto...



Elegia





Esta noite, enquanto eu dormia
Meu sono foi penetrado
O silêncio do quarto quebrado
Por uma triste melodia
Meus ouvidos então aguçados
Começaram a te procurar
Pela noite vazia...
Eu vi vultos e ouvi vozes
Que romperam o silêncio e a escuridão
Eu ouvi o choro dos anjos
Que velavam por salvação
Eu chorei o choro dos anjos
Que imploravam por perdão...
No fundo, um timbre rouco e rasgado
Entrecortado, abalando as estruturas do coração
Não era angelical, tão pouco humano
Era um misto do puro e profano
Ora cantando a luz, ora a escuridão
Eu vi vultos e ouvi vozes
Eu chorei o choro dos anjos
Eu passeei por mundos sem salvação...
E quando me vi na mais profunda agonia
Sem alma, sem companhia
Eis que a melodia
Surgiu rompendo a devassidão
Eram acordes descompassados
Compostos por teu coração...
Enquanto eu dormia,
Tua voz me acolhia
Embalando-me na escuridão...
Era um misto de anjo e homem
Um amor que me consome
Tirando a paz do meu coração...
Enquanto eu dormia,
Tua voz fez sinfonia
Tirando-me a razão...
Era um misto de bem e de mal
Um amor e um ódio angelical
Que fez companhia
Em um mundo irreal
Enquanto eu dormia...
Uma melodia pairava no boreal
Tinha um ritmo marcado de tambor funeral
Um timbre rouco fazendo canto gutural
Acompanhava as trombetas dos anjos e dos guardiões
Que velavam os portões
de um mundo de sonho e fantasia
Enquanto eu dormia,
Tua voz me fez companhia
Entoando a canção da travessia
Do amor que morreu em nossos corações...


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Soneto Impreciso





Não pensava que dizer “eu te amo” ainda fosse preciso
Pensei que tu já soubesses as tantas formas que eu digo
Não pensava que dizer “não te esqueci” ainda fosse preciso
Pensei que soubesses que és vital, como o ar que eu respiro

Não imaginava que dizer “eu te amo” fosse tão necessário
Imaginei que já tivesses certeza do que, por ti, eu sinto
Não imaginava que pensasses que poderia ter te esquecido
Imaginei que lembrarias de tudo que disse e que não minto

Eu não pensava que te lembrar do meu amor fosse preciso
Pensei que já tivesse bem claro em todas as formas que digo
Eu não pensava que podias imaginar que eu teria esquecido
Pensei que soubesses que teu amor é como ar que eu respiro

Eu não imaginava que fosse necessário repetir que eu te amo
Imaginei que soubesses que tudo não passou de um engano...


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Dança da Chuva





Na chuva...
Meu corpo com o teu flua...
Os pingos caem no chão e marcam o compasso
Desse ritmo quente e desenfreado
Que a minha alma dança com a tua...
Nua!

Enquanto a chuva dança...
O vento então se balança
E passa feroz que até parece que uiva...
Livre, dança com ela, desvairado!
Um seguindo o embalo do outro pela rua...
Enquanto a minha alma com a tua, flutua...
Nua!

Com a chuva dançando
Limpando a minha alma e a tua
Seguimos no ritmo dos pingos nos amando
E a chuva segue levando
A saudade que era minha e tua
A chuva lava a calçada, lava a vidraça
Lava a rua
Lava o vento
E segue dançando...
Enquanto a gente, parados no tempo,
Segue se amando...

Quando faz chuva...
Meu corpo com o teu flutua
Minha alma dança com a tua
Limpa e nua!
Enquanto o vento passa apressado,
Arrastando o tempo,
Soprando a saudade,
E levando a chuva pra longe,
pela rua...

Na Dança da Chuva, minh’alma flutua indo ao encontro da tua...


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

TAMANHOS





Quando as palavras não cabem mais em mim,
Eu escrevo!
Quando os sentimentos não cabem mais em mim,
Eu escrevo!
Quando os pensamentos não cabem mais em mim,
Eu escrevo!
Quando tu não cabes mais em mim,
Eu te escrevo!
Quando eu não caibo mais em mim,
Eu me escrevo!
Quando tudo me parece grande demais,
Forte demais,
Pesado demais,
Alegre demais,
Triste demais,
Ou quando tudo me parece pequeno demais,
Eu escrevo!
Eu me liberto desses sentimentos
Liberto-me dessas palavras
Desses pensamentos
Liberto-me de mim e de ti
Quando escrevo...
E depois de tudo escrito
Deles eu bebo!
Eles eu respiro,
Revivo,
Deles me alimento!
Até a fome voltar
O sentimento aflorar
A palavra pesar
E nada mais caber no pensamento...
Então, novamente, eu escrevo!
Quando tudo parece pequeno,
Eu me torno grande porque escrevo!


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Soneto Irracional





Se fosses capaz de ver e sentir com o teu coração
E não apenas o superficial que a visão te mostra
Viverias livre da cegueira causada pela tua razão
Pois nem tudo na vida vem de uma lógica resposta

Se tu fosses capaz de ver o mundo como eu vejo
Se visses além das aparências que a visão te mostra
Não viverias uma vida de engano, falsidade e desejo
Vida de valores inversos que pela sociedade é imposta

Se tu fosses capaz de sentir as pessoas como eu sinto
Perceberias coisas sutis que nem sempre o olhar mostra
Que são verdadeiros os sentimento que digo e não minto
E não seriam mais necessárias tantas palavras e respostas

Pelo menos uma vez, deixa de ser escravo da tua razão
No amor o mais correto é seguir o que nos diz o coração!

À Luz do Luar






Foi numa noite clara de luar
Que teus olhos se encontraram com os meus
Amor a primeira vista firmado no olhar
Assim que meus olhos mergulharam nos teus

Foi numa noite de lua com céu estrelar
Que teus lábios se banharam nos meus
Sob um céu repleto de estrelas a cintilar
Foi que meus desejos saciaram os teus

Mas a noite está fria e lua parece minguar
E meus olhos procuram pelo brilho dos teus
A noite passa e, como lua, eu fico a esperar
Mas o sol nasce e você ainda não apareceu

São tantas noites com a lua a testemunhar
Meu amor a esperar e a chorar pelo teu
Só a lua conhece a minha tristeza de amar
Um amor que, em ti, há muito tempo morreu

Foi numa noite cinzenta e sem luar
Que meus olhos choraram a falta dos teus
Noite fria em que fiquei por te esperar
E só ouvi, no vento, teu sussurro de adeus

Hoje as minhas noites são sempre sem luar
Desde aquela que teu amor deixou de ser meu
Eu vejo a lua, mas não consigo me iluminar
Sem o teu amor até ela o encanto perdeu

Noite após noite, em companhia da lua, fico a esperar
Que teus olhos venham apagar a tristeza dos meus
Que a lua, lá fora, possa então dissipar
Essa escuridão, aqui dentro, deixada pelo teu adeus

Será numa noite clara de luar
Que teu amor se reencontrará com o meu
Essa escuridão não vai, pra sempre, durar
Mas pra sempre o meu amor será teu...


terça-feira, 16 de outubro de 2012

Prisioneiro da Liberdade





O coração que possui grades só quer ter asas
Quer libertar-se do amor que se fez prisão
Quer reacender as cinzas do que foram brasas
Só quer asas para voar para além da ilusão

Só quer ter asas esse preso e solitário coração
Quer derrubar muros de entulhos de saudade
Quer voar, em liberdade, pelos ares da paixão
Só quer ter asas para voar atrás da felicidade

O coração que possui asas só quer ter grades
Quer ser preso, por vontade, por outro coração
Quer ter como carcereiro a tal da felicidade
Só quer descansar suas asas no colo da paixão

Só quer ter grades este livre e aventureiro coração
Quer deixar de voar só e paga o preço da liberdade
Quer ficar preso nas grades quentes da cela da paixão
Só quer ter asas se for pra voar ao lado da felicidade

Preso, em liberdade, por outro aventureiro coração!

Razão e Emoção





Cuidado, coração!
Não confia, tanto assim, no cupido!
Sei que ele parece ser tão querido...
Mas, sabe como ninguém, deixar um coração partido.
Cuidado, coração, com a flecha do cupido!
Nem sempre ela acerta o alvo
Às vezes, pega de raspão
E só te deixa ferido...
Por isso, cuidado coração!
Com esse tal de cupido...
Ele é tão angelical que parece ser amigo,
Mas, sabe como ninguém, deixar um coração partido...
Cuidado, coração!
E conta sempre comigo!
Para saber o que é melhor pra ti
E livrar-te do perigo...
Cuidado, meu amigo!
Muito cuidado com este tal de cupido!
Eu sempre sei o que fazer pra que não corra perigo...
Confia na tua boa amiga razão e se afasta do cupido!
Cuidado, coração!
É sempre bom ter cuidado pra não cair nas armadilhas do cupido...
Ele sabe, muito bem, como deixar um coração partido...
Cuidado, meu amigo!
Com este tal de cupido...
E conte sempre comigo para alertá-lo de qualquer perigo!
Confie na tua amiga razão e não na flecha do cupido!
Ele sabe bem como deixar um coração ingênuo ferido...
Cuidado, meu amigo!
Só não te quero ver correndo perigo...
Se afaste desse tal de cupido
Diga-lhe que mexer com você é o mesmo que mexer comigo!
Cuidado pra não errar dessa vez, estúpido cupido!