"Se você não consegue entender o meu silêncio de nada irá adiantar as palavras, pois é no silêncio das minhas palavras que estão todos os meus maiores sentimentos." Oscar Wilde Verba volant, scripta manent.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
À Deriva
Na imensidão do céu
O azul corta o horizonte
Transpassa vales, cerros, montes
Voando terras longínquas
Cruzando rios, mares e pontes
No céu, no mar
Um barco à vela
Um navio a vapor
Uma asa-delta
Um ultraleve
Navegante...
Corta o céu, a terra, o mar
Pinta o céu do azul
Os lagos, rios e oceanos com o verde-mar do teu olhar...
No céu o sol, o sul
No mar o rumo, a nau
Sem norte.
No papel, sem cortes
Em preto e branco
Em traços e linhas
Meus versos te faço
Olhando o mesmo azul do céu em que mergulha, navega, flutua...
Se perde
Errante
Perdida no teu céu
Meus versos vão de encontro às águas
De correntezas e lágrimas choradas
Deslizando feito barcos de papel...
Amante
Tua outra pele, tua outra voz, tua outra alma
Metade cortada
Pelas águas levada
Pelo vento arrastada
Do teu mar
Do teu céu
Do teu olhar
Distante
Uma voz, um grito
Ecoa no pensamento rasgando o horizonte: SOLTE!
Solte o cabo da nau, volte!
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lindo, envolvete, misterioso,
ResponderExcluirgostei muito
Um show!!
ResponderExcluirÉ uma viagem alucinantee!!rs
Cada um se perde em alto-mar a seu modo e por algum motivo. Cabe a si próprio pegar os remos e voltar ou ficar a deriva...
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