sexta-feira, 27 de abril de 2012

Em Verso e Prosa




Eu sou um livro aberto
A espera de ser lido
Reservo-te uma surpresa a cada página
E uma personagem diferente por capítulo!

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Fim




Vou dar a mão à palmatória
Admitindo ser passado
A nossa história
Vou me deter nos fatos
Esquecer tuas juras de amor
Somente palavras levadas pelo vento
Vou me agarrar aos teus atos!
Vou te odiar!
Vou mentir pra mim ao te repudiar
Quem sabe assim aprendo
E te enterro de vez no passado.
Onde é o teu lugar
Onde deves ficar
Onde preciso deixar
Tuas lembranças
Os cacos desse velho amor
E minhas inúteis esperanças
Quem sabe assim aprendo!
Quem sabe a um novo amor me rendo!
Quem sabe assim encerro nossa história
Quem sabe escrevo outras
Com mais amor, cor e glória.
Mas hoje fecho este capítulo
Fecho os olhos
Fecho a porta
Rabisco minha escrita torta
E te enterro no passado
Em uma triste história
De um livro já fechado
Capítulo encerrado
História morta!
Morre a escrita
Não se encerra a vida!

All Star




Vou calçar meu All Star
E sair por aí
Pelas calçadas andar
Rolar em becos
Vasculhar sarjetas
De boteco a boteco
A te procurar
Quem sabe eu te encontre
Não sei onde de mim se esconde
Mas espero que meu coração te encontre
Já que ouço teu velho violão a me chamar!

terça-feira, 24 de abril de 2012

Doce Mentira




Que doce mentira
Tem o sabor do teu beijo
Que doce ilusão me prendia
Na tirania de teus efêmeros desejos



Uma meia verdade
A meia luz
Uma doce mentira
Que encanta, e
nvolve, seduz!



Uma tarde que pareceu verdade
Uma noite que se desfez em mentira
Um amor que virou saudade
Um amor que nem existira.



Uma meia verdade não dita...
Uma mentira inteira, mas tão bonita!

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Ciranda de Sonhos





Menina com que sonha?
Que a leva a pensar
Debruçada na janela
Olhando a lua e a sonhar?

A sonhar com aquele beijo
Que nem se quer aconteceu
Se perguntando por que o amor
Nem nascera e já morreu

Ó menina por que chora?
O que foi que ela perdeu?
Foi o menino que partiu
E nem ao menos disse Adeus!

Que menina sonhadora a que olha a lua da janela...
Não sabe a pobrezinha que tem um menino sonhando com ela!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Tudo e Nada






E o que mais dizer de mim?
Se me sinto perdida sem ti...
Sem saber quem sou
Quem fui
Quem serei
Ou pra onde vou?
Desde que partiste meu sol ofuscou
Minha lua do céu caiu

Meu mar congelou
Meu corpo morreu
Enrijeceu
Na tua falta
Na tua ausência
Na tua partida
Dor
Luto
Infinita despedida
Imóvel
Meu corpo te espera
Meu coração te guarda
Meu desejo te quer
Ser tua
Só tua
Sempre tua
E com nenhum outro me sentir mulher.
Ser tua amante amada
Ter tudo contigo sem ter nada!

quarta-feira, 18 de abril de 2012

E por falar na falta que tu me faz....




É tão bom poder sentir falta...
Faz aumentar o desejo por amar
É melhor ainda saciar esse desejo
Em teus braços poder me reencontrar.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Vestida de Versos



Vestida de versos eu vim a este mundo
Vim para amar e falar de amor
Respirar amor
Viver amor
Sentir amor
No meu íntimo mais profundo.

Vestida de versos para a beleza da poesia ser minha
Para que minh’alma tenha encanto e leveza
Para nas letras encontrar consolo e guarida
Para que mesmo ao morrer
Minha voz não seja calada
Ou minha imagem esquecida.

Vim ao mundo vestida de versos...
Para ter em meu corpo
O que no coração e na alma eu já tinha:
A Poesia minha!
Meu amor, minha vida.
Para ter nela companhia
Presença
Jamais solidão
Sofrimento
Ou partida.

Eu vesti-me de versos para o corpo aquecer
Deixei as vestes impuras caírem
O pecado original morrer
Trago a alma como ela veio ao mundo: nua.
Pura!
E em corpo
Em alma
Em versos
Sou por inteiro tua.

A tua voz que calas
A tua escrita morta
Por vezes enfraquecida, silenciosa.
Sou de ti como sou da poesia
Saudosa.
Sou tua amante e amiga
Sou teu outro eu
Aquela metade criada por Deus!

E se de ti for separada
Sozinha nunca serei
Vestir-me-ei da Poesia
Terei tudo que sempre amei!

Tenho a Poesia na alma
Dádiva que Deus me deu!
Tenho a Poesia no coração
No corpo
Feito tatuagem sob a pele
Revestida por cada verso meu.

sábado, 14 de abril de 2012

Lágrimas de Chuva





Chuva que cai lá fora...
Atenda ao pedido calado que faço agora:
Leva meus medos, lava meus erros,
Limpa minh'alma do que me apavora.

Chuva que escorre lá fora...
Que toca a vidraça fazendo barulho
Acalma em meu peito esse murmulho
Do pranto que do coração em silêncio rola

Chuva, lágrimas abençoadas do céu
Choro bendito dos anjos
Que choram o saber amargo de fel
Dos erros de nós pobres humanos.

Céu, porque choras tanto?
Eu choro contigo o teu frio pranto!

Versos Esquecidos



Os versos que te escrevo
Depois rasgo
Para não lembrar de ti.
Enterro-te no passado
Para que fiques preso ali.
Sem totalmente te esquecer
Sem totalmente te lembrar
Sem partir ou voltar
Ao mesmo ponto em que te amei
Àquele nosso eterno lugar...
Apenas uma vaga lembrança tua prendo em mim
Para não lembrar nem esquecer de ti
Sem poder recomeçar o que jamais teve fim!

E onde Está o Amor?






Esta aqui me mantendo aquecida
Está a minha volta
No ar que eu respiro
Está em quem bate a minha porta
Está em ti, em mim, em nós
Em tudo que Deus criou
Na fé que em nós Ele depositou
Está no céu, na terra e no mar
Está aqui, ali, em qualquer lugar
Só é preciso que saibamos enxergar
Sentir
Abrir os olhos da alma
Da mesquinhez se libertar.
E onde está o amor?
Está aqui me mantendo aquecida
Está aqui sarando feridas
Está aqui fazendo versos
Está bailando no ar enquanto escrevo
Está movendo meu corpo
Sangue, células, pele, dedos.
Está presente na minha poesia
Está no choro e na alegria
E onde está o amor?
Está aqui me mantendo aquecida
Envolvendo minha alma
Mantendo-me viva.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Batom




No bailar de teus passos
Perco a cabeça
As meias, os sapatos
No calor de tuas mãos
Tento me conter
Em vão...
Perco-me aos pedaços
Em tua boca me desfaço
Pétala a pétala pelo chão
E depois do fato consumado
Se não me encontras ao teu lado
Há de negar que sou passado
E lembrar o que foi bom
Pois se te olhares com cuidado
Verás teu corpo marcado
Com o vermelho do meu batom!




segunda-feira, 2 de abril de 2012

Letra e Música II




A minha letra é tua
A tua melodia é minha
Entre letra e música não há espaço
A solidão não cabe
Ela nunca nos fará companhia
Enquanto houver amor
Tu serás capaz de compor
E eu de fazer Poesia.

Letra e Música



Eu choro tua dor
Como se fosse minha
Eu canto tua canção
Eu sinto teu coração
Em minhas entrelinhas
Eu sinto tua dor
Como se fosse minha
Eu sinto teu cansaço
Como sinto teu abraço
Quando estou sozinha
Eu choro tua dor
Teu desânimo
Teu fracasso
Teu arrependimento
Teus acordes em descompasso...
Eu sinto tua dor
Quando a noite se avizinha
Eu sinto porque esta dor também é minha
Eu não choro pela dor
Nem a tua nem a minha
Eu choro simplesmente
Um choro imprudente
De quem perdeu tudo que tinha
Eu choro uma dor
De quem ainda tem muito amor
Muito mais do que se tinha.