terça-feira, 30 de agosto de 2011

Ovelha Desgarrada




Misericórdia Pai porque pequei...
Achei ter amado, me afastei de ti Senhor, me enganei.
Perdão Pai porque pequei...
Me iludi, sofri, me perdi, não mais te busquei.
Misericórdia Pai porque pequei...
Que a destra da tua justiça me sustente e volte a guiar cada passo meu.
Que teu Espírito Santo renove o verdadeiro amor que desde o ventre me deu.
Que tua força seja minha também, meu escudo, minha fortaleza, minha rocha. Meu Redentor.
Perdão Pai porque fraca fui e fraca sou longe do teu Amor.
Perdão Senhor! Perdoe a mim e também a quem me magoou...
Perdoe a quem me fez sofrer e a quem não me amou.
Perdoe à todos que de coração se arrependem e pedem pela tua misericórdia e pela tua compaixão.
Derrame à todos a tua Graça e teu infinito amor.
Misericórdia Pai, eu te peço, encha com tua Paz o mais sofrido e arrependido coração.

Perdão!





Mentiras





Eu não vou mentir para mim como tu mentiu.
Não vou me enganar como tu enganas a ti mesmo.
Não vou fingir que esta tudo bem se não está...
Não vou fazer de conta que não me importo com o modo como as coisas estão.
Não posso mentir para mim mesma, esconder, negar o que está no coração.
Não vou me fazer de forte suportando uma dor que não é só minha.
Não vou buscar saída se os erros vieram pela porta de entrada e lacraram a passagem.
Não vejo a luz no fim do túnel trazendo de volta a esperança.
Não vejo presente nem futuro a nossa volta, estamos presos em lembranças.
E não adianta cobrir os olhos com o véu do disfarce mais perfeito e mais feliz...
Pois lá no fundo, em silêncio, a alma chora nos mostrando a verdade.
Que o sorriso é só um momento passageiro e incerto.
Que logo-logo irá passar e aqui estaremos, no silêncio e solidão.
Sentindo ainda a falta daquilo que nos completa...
Mostrando que nossas escolhas foram incertas...
E enquanto as lágrimas ainda vierem é porque a felicidade não está totalmente aqui...
Ela se perdeu, lá atrás, enquanto seguimos por caminhos diferentes...
E continuamos insistindo que as coisas ficarão bem...
Mas sabemos a verdade, ela não é tão boa nem tão alegre.
Nem para mim e para ti também....
Mas escolhemos viver na mentira, nos disfarces e na aparência.
Nos falsos sorrisos, nos prazeres efêmeros...
E quando o noite e a solidão vêm o véu cai da face e nos mostra como realmente estamos...
Perdidos, feridos, esquecidos...
Mas o coração jamais esquece é ele quem nos mostra a verdade.
Que ainda sonhamos e tentamos correr atrás da tal felicidade...
Felicidade que se torna uma mentira. Pois quando fico sozinha me sinto incompleta.
O que me falta?
O que perdi?
O que ainda preciso?
Eu não sei. Ou melhor, eu sei. Mas não está mais aqui...
E eu prometi não chorar. Prometi seguir...
Tu prometeu ser para sempre, para sempre...
Mas como acabou sem ter acabado?
Como partiu se te sinto aqui?
Eu prefiro que vás. Que me deixes, preciso de Paz.
Cansei de mentiras das tuas e das que eu te digo para aparentar ser feliz.
Eu sei... não posso acusar-te pois também uso este véu pesado do disfarce...
Quem sou eu? Falsa? Louca?
O que é mentira, o que é verdade? Só o coração sabe!
Eu não te reconheço mais, nem através do disfarce.
E quem sou eu, será que tu sabes?
Quem sou eu? Sou aquela que te amou e tu não mereceu...

Nós dois sabemos.
Eu sei das tuas mentiras e tu sabes das minhas verdades.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Sorteio - Livrinho de Poesias

Amigos e caros visitantes que acompanham este blog, acompanham meus pensamentos e minha insistente mania de brincar de ser escritora. Gostaria de agradecer e presentear a todos que me apoiaram, desde o início, nesta caminhada em pról dos meus sonhos e meu amor pela poesia, mas, infelizmente, não posso dar um livro a cada um... Mas saibam que todos, cada um e cada uma, que aqui vêm para me ler, para conhecer um pouquinho deste meu coração doido, apaixonado e sonhador, que estarão em meus pensamentos e minhas sinceras orações. Sintam-se, por mim, no coração beijados.
Gostaria de dar um livro de coletânea de poesias a cada um de vocês, mas, como não é possivel, irei disponibilizar um exemplar para sorteio. Quem quiser participar deixe o nome aqui em forma de comentário. Caso fores de outra cidade  e não Santa Maria/RS, após o sorteio, deverá informar o endereço para que eu possa fazer o envio do mesmo.
Interessados em ler minhas bobagens românticas e outras belas poesias, deixem o nome aqui nesta postagem em forma de comentário.
Obrigada a todos pelo apoio, insentivo e amizade.
Obrigada, sobretudo, pelas inspirações e lições de vida!


Com Amor,


Renata Bicca

Tragédia Romântica







O dia já havia amanhecido há muito tempo, mas era como se o relógio houvesse parado... Sobre os lençóis, ainda revirados, o amor se encontrava aos cacos, feito em mil pedaços.
No corpo, um misto de prazer e dor; remorso e esperança; medo e mágoa; desejo e culpa; alegria e tristeza. E o amor ali... Olhava para ela em seus braços e sorria, terno, feito menino apaixonado. Menino com sorriso zombeteiro, tristonho, tímido, amante e companheiro.
Não havia dúvidas aos dois, o amor ainda existia e, entre lágrimas, ele soluçava e sorria.
Então, no silêncio, algo se moveu sobre a cama, deixando o amor ali, ainda preso a um sonho... Ela vestiu-se e sem dizer uma palavra partiu... Deixando o amor ali morto de felicidade e agonia.
Pobre amor! Aos cacos se levantou e pôs-se a chorar a dor do outro coração que partido lhe arrancou do peito e o deixou para trás.

Chagas





De braços abertos tu me encontraste
Neles te segurei
Neles te guardei
Neles te escondi dos medos, das dores, das lágrimas, dos fracassos e dos falsos amores.


Foram meus braços abertos que te levantaram
Meus braços abertos que te guiaram
Foram meus braços, mãos e lábios que te seguraram, te protegeram e te amaram.


De braços abertos fui ao teu encontro
De braços abertos corri aos teus
De braços abertos me entreguei...
E te encontrei fechado.
De costas, braços para mim cruzados.


E foram meus braços abertos que mais te amaram.
E os teus, fechados na ingratidão, que me crucificaram.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Caminhos




Meus caminhos já foram mais retos e precisos
Assim como meus passos mais seguros e firmes
Já não ando com leveza, tudo tonou-se incerto.
Quando olho à frente o sol me cega
O cansaço me enfraquece
É tudo nebuloso e não te avisto com clareza.

Uma sombra guia-me por caminhos tortos...
Uma voz faz-me prosseguir
Aos esbarros, cambaleando, por aí...
Às vezes, pego a velha estrada pela qual passavas...
Noutras perco-me em novas trilhas, outros rumos
Tentando de mim fugir.

Caminhos que me levam ao longe
Que me afastam de ti...
Caminhos circulares que me fazem regressar
Atalhos que pego e trazem-me de volta aqui...
Àquele lugar aonde encontro nossos sonhos
A tortuosa curva na esquina onde voltas a mim.

Caminhos que vão e vêm
Bifurcações na estrada que nos afastam
Passas por mim e segues em frente
Passo por ti e volto atrás...
Caminhos que nos levam e nos trazem de volta.
Fazendo um pelo outro cruzar.

Sem aceno ou bom dia!
Sem até logo ou como vai?
Passamos um pelo outro sem nos vermos
Neste infinito e tortuoso vem e vai...
Levas na bagagem teus sonhos e medos
Eu, sem nada nas mãos, levo-te comigo em segredo.

No vento
No peito
A cada passo do caminho,
Amor e desalento...