sábado, 28 de janeiro de 2012

Contatos

A pedidos deixarei meus contatos... serão bem vindos comentários, críticas e sugestões. A todos que quiserem fazer parte de minhas redes de amigos sintam-se bem vindos!
Beijo carinhoso no coração...

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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Ferida



Tem uma dor latente em mim que não sei de onde vem, não passa, só me parece que nesse momento tudo perdeu a graça.
É uma dor tangente, pulsante. Quem dera ver a olho nu a ferida. Pôr sobre ela sal, álcool, navalha e fazê-la viva...
Mas isto não é possível... Eu não sei aonde dói, o que me dói, ou o porquê. Só sei que sinto lá no fundo que algo sangra, que dói, sem cura... Não é amarga nem doce esta tortura, é uma falta, um vazio, uma angústia que, por vezes, me leva a loucura.
Dizem que o sofrimento não existe. O que existe é sua causa e quando a sabemos passamos a ter nas mãos a chave para solucionar este dilema.
Sofrer ou não sofrer, eis a questão?
Pena que o meu emocional é mais forte perto da minha razão.
Vamos elencar as mazelas da vida:
Cortar o dedo dói;
Tropeçar o dedinho no pé da cama dói;
Perder alguém dói;
Ser traído dói;
A mentira dói;
A saudade dói;
O amor dói;
Dói, dói, dói...

E dói um pouco mais!


O amor dói. E essa dor de amor é infinita, mortífera, corrói!
Não há analgésicos que a façam parar. Não há, não haverá jamais!
O coração abstratamente pode doer mais que uma grave infecção. Mais que a perda abrupta de um membro.
Amar pode doer tanto quanto uma amputação, sem morfina, feita em campo de batalha, sem anestesia... Amar é luta, é guerra sangrenta que travamos consoco...
Amar ou não amar? Que desgosto!
O amor dói. E creio que esta seja a pior das dores, para a qual ainda não se inventou uma cura.
Que loucura este suicídio que nos mata aos poucos de dor ou de alegria.
Amar é deixar no peito a porta aberta, sem antídoto ou anticorpo que nos proteja. Amar e não amar é ferida aberta, viva.
Que Deus nos guarde, defenda!

É sempre e nunca no amor que se encontra nossa fé, eis a causa do que nos derruba e nos põe de pé.


sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Circo dos Horrores



As cortinas se abrem
Chegou mais um dia
A luz do sol faz holofote
A platéia aplaude: Bom Dia!

E hoje tem alegria?
Tem sim Senhor!
Tem de ter o sorriso estampado para aliviar a dor.
Tem de ter fantasia colorida para superar o luto das perdas da vida
Tem de ter o rosto pintado para esconder as feridas das marcas da alma
Tem de ser mascarado, sorrir ao enfado da falta de amor.

E hoje tem alegria?
Tem sim Senhor!
Tem de ter esperança
Dar lugar a criança que ainda mora em nosso interior.
Tem de haver fé em Deus, fé na vida, fé no amor.
Somos todos palhaços, saltimbancos, artistas
Brincando pelo picadeiro deste grande circo chamado VIDA!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Bodas de Papel






Será que sofrimento faz aniversário?


Creio que sim. Pois não importa o tempo que passe chega um dia que a velha melancolia senta-se ao nosso lado e faz-nos companhia...
Aquele dia de lembrança enfim retorna. O dia da morte da esperança vem como se tivesse data, chegando com dia e hora marcada. Mas lá no fundo a gente sabe que este dia se avizinha...
Aquela dor que não é nem tua nem minha, que já foi embora, mas, de vez em quando, regressa para dizer-nos que ainda somos humanos. Que temos sangue no corpo, vísceras, entranhas, coração vivo que pulsa e sangra e que a alma não está morta, pois o sangue verte dos olhos e caí pelo rosto...
Tem dias que o sofrimento passado faz aniversário e bate à porta... Entra de vagarzinho e ocupa o lugar vazio no sofá da sala.
Ele chega com bagagem, com aparência famigerada e uma face meio apagada pelo tempo... Põe suas angústias sob nosso ombro e deixa-nos desperdiçar uma lágrima... Abre de impulso a mala de lembranças daquela velha esperança e em nosso colo despeja memórias embranquecidas, ruídas, quase esquecidas...
Quase! Mas ainda permanecem ali, vivas. Fazendo aniversário.
Há dias em que o sofrimento ressurge e quer brindar conosco. Levanta a taça e entoa: "Voltei! Senti saudade..."
Pois bem, que posso dizer-lhe eu? O que a educação me ensinou dizer a quem me visita?
Hora: "Seja bem vindo!" (...)
Ah sofrimento! Acolho-te em meu peito de tempos em tempos, bem sei que foste meu fiel companheiro. Mas por hora senta-te, coma, beba, chore e ria comigo... Depois recolha tua bagagem e vá. Eu ficarei bem até que novamente regresses... Espero que não tão breve vão-se os meses que marcam tua passagem e trazem-te a mim...
Tim-tim!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Sobre o esquecimento




Deixe tudo para trás
Agora não mais importa
Esqueça o que falei
Passou
Não existe mais
Se perdeu
O tempo não volta

A chama apagou
O beijo secou
O prazer sumiu
O céu esfriou
O mar congelou
A lua caiu
A morte viveu
O corpo queimou
O desejo morreu
O amor sucumbiu

Não importa...

E o tempo?
O tempo passou...
Desse tempo se fez o ontem.
E o ontem?
O ontem não volta.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Drinque






Entre.
Deixe os medos lá fora
Deixe em mim teu beijo
Teu cheiro
Tua marca


Fique.
Mande as inseguranças embora
Fique em meus braços
Em meu leito
Hora após hora...


Tranque a porta
Perca a chave
O juízo
A direção
Perca a cabeça


Mate minha sede de te amar
Tire-me o chão
O fôlego
A cor
O ar
A respiração.


Tire-me a vergonha, a roupa.
Se perca e se encontre no caminho até a minha boca.


Venha, tome um drinque,
Tranque a porta
Segure minha mão.
É madrugada lá fora
Amanhã tu partes, eu vou embora.
Mas agora, fique.
Amando-me ou não.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Meia verdade




Há coisa mais bonita que uma verdade dita?

Só peço que compreenda
Não é amor o que espero
Eu somente quero
Que aos meus pés se renda!

Partner




Dança desacompanhada
Minh'alma ao encontro da tua
De olhos fechados
Embriagada


Baila descompassada
Minh'alma ao serestar da lua
No conduzir de teus passos
Enamorada.


Vaga pelas calçadas
Minh'alma completamente nua
De pés descalços e olhos atentos
A procurar pela tua

Corre pelas madrugadas
Minh'alma por becos e ruas
Deixando rastros e restos
Para que a encontres e a faças tua.

E pela eternidade
Dance quem sabe
Minh'alma acompanhada.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Passado a limpo



Havia um tempo...
No qual o amor fora pecado
A amizade traída
O coração arruinado
O orgulho ferido
A confiança quebrada
O amor matado.


Havia um tempo...
Onde a esperança se perdera no passado
O presente era incerto, doído.
A lembrança do ontem congelada
O futuro acabado, antes mesmo de começar.


Havia um tempo...
Que parecia tão longo
Uma dor calada que parecia nunca mais cessar.


Havia um tempo...
Sem saída
Sem caminho
Sem amanhã.


Havia um tempo...
Uma partida
Um Eu desesperado
Sozinho.


Havia um tempo em que pensei não haver mais nada...
Nada para fazer
Nada para amar
Nada para viver
Pois até mesmo a vida, naquele momento, me faltava.


Havia um tempo em que o coração pensou estar morto
Em que me vi sem rumo
Sem ar, sem sangue, sem corpo.


Havia um tempo sem vida.
Um tempo em que me vi perdida
Caída.
Com a alma me deixando, em dois, partida.


Havia um tempo em que pensei estar tudo acabado.
Sem haver remédio que curasse a dor de um coração despedaçado.


Havia um tempo em que não tinha saída...
A poesia ferida, calada, sofria. Aos poucos, morria.


Havia um tempo no qual me perdia.
Que achei ser para sempre, que não acabaria.
Um tempo de ilusão, de engano, no qual me prendia.
Sem guia, sem anjo da guarda, sem companhia.
Sem chegada ou partida.
Inerte.
Nem noite nem dia.
Vazia.


Havia um tempo que para mim foi carrasco.
Fez-me prisioneira, refém.
Dos meus medos, das minhas inseguranças, dos meus fracassos.
Minha culpa e de mais ninguém.
Um tempo padrasto.
Que castigou, maltratou e venceu-me pelo cansaço.


Houve um tempo em que acreditei estar morta.
Para a vida
Para o futuro
Para o mundo
Para tudo
E todos.


Houve um tempo no qual a história mais triste foi escrita e lá ficará.
A receber as marcas do tempo até ser apagada, esquecida e não mais revivida será.


Houve um tempo que agora é simples passado, morto e enterrado.
Houve um tempo para o qual futuro não havia
No qual um amor não haveria nem novas histórias mudariam a poesia...
Um tempo antes de virar-se a página e reiniciar a escrita.
Um tempo antes de salvar-me a vida.

(...) Continua nas próximas páginas...

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Banquete



Para o meu deleite
Só peço que aceite
Pela madrugada
Meu corpo em banquete
Amor e mais nada!

De volta ao começo





Eu já falei de amor.
Já bati à tua porta.
Já fiquei e fui embora.
Voltei e parti na mesma hora.
Mas passou, acabou. Não mais importa.
Eu já falei de amor, mas esse tempo não volta.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Dos pés à cabeça



Despido do orgulho, do medo
Despe-me com olhos, palavras, dedos...
Puro objeto de desejo.

Feroz
Rápido e lento.
Deixa em minha boca o sabor de quero mais.
Aos poucos o momento de desfaz...
No esfriar do corpo
No passar do tempo.
Desejo forte e lento.

Fugaz
Quente e frio
Arrepia-me a pele, desfalece-me o corpo
Desejo morto
Caído a teus pés.

Não adormeça.
Apague-me e me acenda.
Estremeça.
Deixe-me louca, dos pés à cabeça.

E se eu falar de amor, esqueça!