segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Antes que termine o dia... (Conto)




Já passavam das seis da manhã quando ela abriu os olhos... sentiu um arrepiu na pele, o frio do dia amanhecendo tomava-lhe seu corpo nu. Na janela, sobre a cama, o sol surgia timidamente. Enquanto a lua, risonha, despedia-se...
Ela suspirou... encheu os pulmões com o forte perfume que sentia... Envolto em seu corpo, dois braços fortes sufocavam-lhe a alma em um abraço. Ela nunca havia se sentido tão segura, não até aquela noite...
Ao longe, podia-se ouvir o barulho de passos apressados, risos de crianças, buzinas dos carros... a vida continuava lá fora, para ela o tempo havia parado ainda na noite anterior. Não havia mais pessoas além dos dois, não havia mundo fora das paredes daquele pequeno quarto, não havia para ela mais alguém, a não ser aquele homem para o qual ela havia entregado corpo e alma.
Ele continuava a dormir, como se nada o perturbasse, como se nada ouvisse, nada existisse... ela adorava ficar ali, nos seus braços, sentindo seu cheiro, tocando-lhe a pele, afagando-lhe os cabelos... ele nem podia imaginar que ela o velava enquanto dormia...
Segura, presa naquele abraço, sentia que nenhum mal poderia alcançá-la. Só havia amor entre aquelas paredes, entre aqueles corpos, unindos dois corações...
E em um contido suspiro, sentia um aperto no peito que fazia-lhe fechar novamente os olhos, abraçar fortemente os braços de seu amado e pedir a Deus para também dormir. Para nunca mais acordar daquele momento... Em uma prece, um lamento, pedia para ser amada para sempre ou, pelo menos, mais uma vez, antes que terminasse o dia.

sábado, 16 de outubro de 2010

Meus dias viraram noites...



Meus dias viraram noites sem fim.

Madrugadas em que me sento à beira da janela a sonhar...

Noites que componho tristes versos a luz do luar...

Madrugadas que me ponho a esperar...

Meus dias viraram noites sem ti.

Fé.




Eu creio em cada sonho que vive dentro de mim
Eu creio que sempre há um recomeço em cada fim...
Eu creio no amor que mudará o mundo
Eu creio na esperança que se renova a cada segundo
Eu creio nos ventos que se movem sobre a terra
Eu creio nas águas que fazem brotar a semente
Eu creio na cura para o coração doente...
Eu creio nas nuvens que levam embora a tempestade
Eu creio na pureza de um coração que amou de verdade...
Eu creio nas palavras que ainda não foram ditas
Eu creio nas promessas não cumpridas
Eu creio na força de se levantar após a queda
Eu creio na Paz e não na guerra
Eu creio no bem vencendo o mal
Eu creio em todos sendo vistos de igual para igual
Eu creio em mãos dadas pelo perdão
Eu creio nas vozes que se unem em uma mesma oração.
Eu creio na verdade que há em mim
Eu creio porque foi Deus quem me fez assim.
Eu creio em um Deus vivo.
Eu creio mesmo com tudo que tenho visto...
Eu creio na inocência de uma criança
Eu creio que ainda há esperança...
Eu creio que o amor não sucumbirá jamais
Eu creio que no coração surgirá a Paz
Eu creio no poder de uma amizade
Eu creio que possuo tesouros de verdade
Eu creio nos sonhos que nascem em mim, nas flores que perfumam o jardim.
Eu creio que anjos estão ao meu lado
Eu creio que o bem do amor serás sempre aliado.
Eu creio nos meus sonhos e nos teus.
E que sempre seremos amados de Deus.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Palavras vindas do silêncio...




Teu silêncio é meu fiel aliado.
Meu companheiro, amigo matreiro, que tira a Paz e a esperança...
Teu silêncio que diz zombarias aos meus ouvidos.
Que diz: te esqueci, ao meu coração.
Ah, se lembrasses de mim como lembro de ti...
Tua face, teu olhar, tua voz...
Se lembrasses, ouviria-te...
Mas apenas silêncio é o que escuto.
Escuto as vozes de anjos que me sopram aos ouvidos: esqueça.
Vai, entrega-te ao desconhecido amor...
Permita-te, recomeçar. Novamente, amar.
Silêncio...
Eu não respondo a anjos, anjos não falam...
Mas sopram aos meus ouvidos palavras que me ferem e que não quero ouvir...
Anjos...
Silêncio...
Sussurros inaudíveis, zombam da minha insensatez...
Riem de minha esperança...
E dizem: porque esperas se ele não vai voltar?
Anjos, se soubessem o quanto vale a pena esperar...
Saberiam o que significa Amar.
Anjos não falam, zombam, sussurram em silêncio.
Sopram em meus ouvidos, minhas dores e temores...
Mostram-me a realidade que não quero ver...
Mostram a saudade tua vagando em meu quarto...
Teus passos perembulando em meu pensamento...
Anjos que sussurram em meus ouvidos, meu tormento.
Vozes do teu silêncio.
Teu silêncio mostra que não estás aqui, que partiu...
Sumiu...
Aonde foste que não te posso ouvir?
Por onde andas que não posso seguir-te?
Ouço teus passos e não te vejo.
Escuto tua voz e não posso falar-te.
Nunca mais amar-te...
Aonde estás que só restou silêncio.?
Aonde foste que não me permitiu ir contigo?...
Anjos não falam, sussurram meus medos em meus ouvidos...
Anjos, zombateiros, matreiros, amigos...
Dores que vêm com o silêncio
Teu silêncio fala em meu pensamento...
Mostra-me a realidade de um amor que virou saudade...
Ecos de palavras trocadas sem verdade...
Sussurros em meus ouvidos que me tiram a sanidade...
Vozes em minha mente.
Um coração que se tornou doente de um amor que foi embora.
Silêncio, lá fora...
No coração, saudade...

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Encontro marcado.



Hoje estou sem tempo...
Tenho um compromisso, tenho companhia...
Já me foi marcado este encontro, tantas vezes, e eu não compareço...
Hoje, não irei fugir.
Irei ao teu encontro.
Irei te encarar nos olhos.
Irei ouvir-te até o fim...
Sem medo.
Sem medo que mostres as verdades, que me digas para não esperar. Que me mandes seguir.
Não tenho medo de ver minhas esperanças jogadas ao chão.
A final, já as vi assim tantas vezes...
E já as restitui inúmeras...
Não será o fim.
Mas hoje, não temo, nem por ti, nem por mim, nem pelo ultimo fim de esperança que me permite sorrir.
Não hoje... hoje encaro a vida com os pés no chão. Hoje realidade!
Quanto amanhã? Não sei...
Talvez tenha saudade... mas hoje aceito a realidade de que partiste e preciso prosseguir...
Então... não me esperes, não voltes agora com teu sarcasmos revestido de amizade.
Eu tenho um encontro inadiável com a realidade... e, desta vez, não volto atrás.
Estou aqui, sentada, pernas cruzadas. Meias de seda e batom vermelho nos lábios. Ansiosa, olho as horas e a cadeira vazia a minha frente...
Espero que venhas e sentes de repente, o meu acompanhante que tanto o distanciei...
Agora é chegada a hora de ouvir-te... pois sei que preciso seguir-te, para além de mim...
Hoje tenho um encontro marcado com a realidade.
Amanhã, tu serás apenas mais uma saudade...

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Partida



Hoje acordei com um desejo de renovação.
Uma inquietação na alma,
Uma ansiedade no coração que vai além da minha agitação habitual, aquela que chamam impulsividade.
Hoje desejei euforicamente uma mudança.
Que começasse de dentro para fora. Como se precisasse que algo fosse embora...
Uma transformação, uma mudança...
Que viesse como um grito a plenos pulmões, daqueles que podem ser ouvidos nos quatro cantos do mundo...
Hoje quis espantar o tédio, o marasmo, a melancolia, a nostalgia, minha boa e velha amiga...
Hoje desejei ir além.
Hoje não me conformei.
Hoje fui uma rebelde sem causa.
Me rebelei contra mim mesma, contra minha mesmice rotineira.
Me olhei no espelho e briguei comigo. Mandei embora a conformidade, a acomodação, mandei embora aquilo que me tornei sem ti...
Acredite, eu consegui.
Foi tão bom deixar explodir o grito que meu peito sufocou. Ah! A outra que morava em mim se assustou.
Ah sim, mas foi embora. E com ela tua saudade, teu nome, teu cheiro e aquela insensatez que um dia nomeei de amor...
Agora sou aquela de antes, sou mais forte, embora no coração traga alguns cortes e no rosto, que tu vias alegria de criança, trago agora marcas maduras de uma mulher.
Sou forte, sou livre e leve e quero partir, sem amarras, sem ilusões, chega de prisões.
Sou forte, sou minha e sou livre.
E o amor, que por ti um dia tive, me deu asas pra seguir, agora feliz.
Não importa aonde vou, tenho o mundo a conhecer.
Novos olhares, outros sorrisos, tudo quanto puder sentir.
Vou do sul ao norte, da ilusão ao amor. Livre, leve e forte.
Com o destino à própria sorte.
Passos firmes ao chão, mãos no bolso, pés descalços e braços abertos ao desconhecido mundo.
Hoje sou outra, não sou mais aquela que te pertenceu.
Nem por um segundo.
Aquela enfim morreu, já era hora, de ir embora...
Hoje guardei meu pijama preferido, saí da cama e penteei os cabelos.
Joguei fora tua lembrança, minhas recordações, e a última esperança.
Hoje sou outra e não quero o sofrimento. O que perdi não mais lamento, pois não tenho tempo para lembranças. Estou de mudança.
Já fiz as malas, estou de partida, passagem para o encontro do amor e só de ida.
O passado deixo para trás e sigo em frente, pois me espera tanta gente e um amor que me reserva a vida.
Hoje estou de partida...
Guardei as fotos de criança na estante e te tranquei em uma gaveta em meio aos cacos de minhas ilusões partidas.
As chaves joguei fora e estou indo embora...
Malas prontas, casa abandonada...
Adeus! Estou de saída.
Não me esperes, talvez não volte...
Fui ser feliz, fui ao enconto da Vida!

Nuvens de algodão...




Exite um lugar...
Onde as nuvens são de algodão
E nelas deito-me e adormeço
A ti faço uma prece
E te entrego pra Deus, em sincera oração.

Existe um lugar...
Onde sonhos são possíveis e reais
Onde estico meus dedos e toco o infinito
E num suave e anaudível grito
Te chamo e te sinto, vindo comigo
Te pondo também a sonhar...

Existe um lugar...
Onde anjos e fadas
Podem andar de mãos dadas
Onde posso sonhar e amar...
Onde tenho asas e levo-te pelo azul do céu, a voar...

Existe um lugar...
Que uma melodia sempre toca
E essa melodia é o bater do teu coração a me amar...
Perfeita harmonia, entre notas musicais e meus versos, rimas, poesia!

Existe um lugar...
Que tem cheiro de manga madura,
De terra molhada, de rosa colhida em botão...
Um lugar onde deito na relva
Recito-te meus versos
Te falo de amor
E me embalas com uma canção.

Existe um lugar...
Onde a trsiteza não entra 
A solidão não alcança
E podemos sorrir, feito criança...

Exsite um lugar...
Onde te levo comigo
Onde és mais que um amigo
E me podes amar.

Exsite um lugar..
Aonde me escondo
Pra onde corro contente
Quando quero fugir de tanta gente
E sentir, simplesmente, teu amor a me acompanhar.

Existe um lugar onde as nuvens são de algodão...
Existe bem aqui, em meu coração.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Quem disse que amar é fácil...




Se fosse fácil trancar meus medos em uma caixa e esquecê-los no sotão...
Poderia ir dormir sem manter as luzes acezas, ou ainda poderia te surpreender batendo à tua porta,
De braços abertos ao teu encontro.
Se bastasse guardar minhas recordações em uma gaveta e assim pudesse esquecer-te...
Não me lembraria de teus beijos, teus sussurros, teus olhares e teu riso.
Ah teu riso não me acordaria mais, zombeteiro, no meio da madrugada...
Se pudesse, simplesmente, jogar fora meus CDs do Bon Jovi e isso fizesse a música parar de tocar...
Eu não me poria a cantar... a dançar... a te ouvir, sonoramente, embalando meus sonhos na mais bela canção de ninar.
Se eu pudesse dizer ao coração, que acabou porque foi chegada a hora...
Mas que devo lembrar que foi bom enquanto durou e não o quanto sofri com o fim...
Ah se pudesse dizer: - Ei, coração não chora. Um novo amor terás agora. Erga-te e vá em frente, pois alguém te esperas...
Ah se fosse simples assim...
Ah coração! Pobre de ti.
Se fosse tão simples, tu não estarias machucado assim...
Não doeria tanto em mim.

Não é preciso muito, Amar basta.






Mesmo em meio a dor, o coração se alegra porque ama e isto lhe basta.






...

Se o coração quer Amar, que seja!




Sou aquela que comete erros por amar demais...
Se te perdi foi tentando encontrar uma maneira de fazer-te meu.
Foi tentado conquistar-te que falhei em exageros, em zelo, por demais querer-te.
Queria que fosses meu, como eras tua somente.
Me libertaste de uma ilusão, de um sofrimento e eu, sem querer, quis prender-te.
Quis tê-lo só pra mim.
Quis teus beijos unicamente meus.
Quis teu corpo, teu pensamento, teu coração interligados a mim.
Em uma perfeita harmonia de duas almas que compartilham um amor sem fim...
Tolo engano. O amor liberta.
Não conhece amarras.
É prender-se por vontade... é liberdade.
Teu coração é livre.
Então alce vôo, busque outras cores...
Aém do meu mundo preto e branco.
Prove outros sabores, novos amores...
E se um dia perceberes, enfim, que de mim sente falta, regressa.
Meu coração é teu e tem pressa, mas estará aqui a esperar-te.
Querendo loucamente amar-te.
Amar mais uma vez, talvez a última ou quem sabe pra sempre.
Eu não sei...
Talvez o tempo nos mostre onde foi que nos perdemos...
Talvez o destino faça com que nos reencontremos.
Sei apenas que hoje continuo sendo tua, lealdade.
Mas o amanhã pertence a Deus e se serás meu, não sei...
Sei apenas o que meu coração confirma: que tua ainda serei.
Mas quanto a hoje: LIBERDADE.
Enquanto restar uma chamazinha de esperança terei fé no amor que sinto.
Hoje amo. Amanhã, talvez.

Encontre-me...



Desabafos de  um coração solitário, meu coração solitário...


Um dia sei que tu chegarás e, desta vez, será Amor.
Reconhecer-te-ei pelo pulsar apressado do meu coração ao som da tua voz.
Pelo arrepio em minha pele ao teu toque sutil.
Pelo calor em meu sangue toda vez que teus lábios encontrarem os meus.
E assim, simplesmente, saberei que é amor.
Serás meu como nunca foste de outro alguém e serei tua somente...
Sentirás-me em tua mente, tua boca, tua pele, teu corpo, sempre.
Não terás medo de te entregar, de te apaixonar, de me amar e serás meu, completamente.
E, então, saberemos que é Amor e que veio para ficar.
Farás-te presente em minha vida e eu criarei raizes em teu coração.
Uma simples semente que brotará, não importando a estação.
E assim, nascerá o Amor.
Crescerá o Amor.
Florescerá o Amor.
Enfim, quando tu chegares, que venhas direto a mim, sem procura mas com total certeza da espera, do encontro. Pois sempre estive à merce do tempo, a esperar-te.
Nessa busca infinita de enganos que em outras bocas tento buscar-te.
Bocas em que me afogo e penso amar, por quase um segundo, até a lucidez voltar.
Bocas quentes e Frias.
Que elogiam, que beijam, que prometem, mas mentem...
Bocas frias, vazias...
Sei que em ti encontrarei alento, porto seguro, poesia.
Serei para ti a canção composta com as notas do teu coração e serás para mim letras, palavras, versos e rimas em que eternizarei cada momento contigo vivido, em um poema.
Serei para ti única no mundo e serás para mim primeiro e último.
Quando me encontrares, venhas a mim sem pressa, como quem caminha rumo a eternidade.
Sem dor, sem ciúme, sem cobrança e sem saudade...
Entregue-se de corpo e alma porque terei me entregado a ti também.
E, em todas as vezes, saberemos que é Amor.
Sentiremos Amor.
Falaremos de Amor.
Faremos Amor.
Viveremos o Amor.
Um Amor que não exige promessas, que não pede renúncias, que não aprisiona, mas liberta.
E este Amor encontrarás em mim.
Na minha mão estendida ao encontro da tua.
No meu olhar de compreensão ao encontro do teu, ao ler o teu.
Nas minhas carícias que acalmarão teu corpo cansado, teus nervos agitados.
No meu toque que suavizará tuas dores, teus temores.
Na minha voz que irá embalar teu sono, acalentar teu coração, mesmo no silêncio.
E quando estiveres assim, entregues a mim, sobre meu corpo, rosto colado ao meu. União de bocas, de mãos, alma e coração.
Terás certeza, assim como eu, que é Amor.
Terás vindo para fazer morada em minha vida.
Não para andar a minha frente me protegendo, tão pouco, para andar atrás de mim se escondendo. Mas terás vindo para andar lado a lado comigo e em qualquer caminho que sigamos teremos a certeza que jamais estaremos sozinhos porque teremos um no outro tudo de que precisamos.
Porque, nesse momentos, saberemos que é Amor.
Eu, o teu amor.
Tu, o meu amor.
Nós dois, o nosso Amor.
Só peço que venhas ao meu encontro.
Que termines logo com esta busca, esta espera...
Que digas que me amas para que eu possa me libertar e dizer-te também...
Siga teu coração.
Escuta teu coração e escutas também o que o meu te falas.
Siga ao encontro do meu coração.
E será Amor.