quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Amor Próprio





No dia em que decidi te esquecer...
Eu disse sim a vida e disse não para você.
Eu abri os olhos para um novo dia
Eu descobri novos caminhos, novos sabores, cheiros e cores...
Eu passei a fazer coisas que antes não fazia
No dia em que decidi te esquecer eu pude, enfim, começar a viver.

No dia em que decidi te esqucer...
Eu passei a me amar mais, eu deixei de te querer.
Eu passei a me cuidar, a me olhar, a me dar o valor que você não dava.
Eu passei a fazer o que você, por mim, não fazia
Eu assumi na minha vida o lugar que você ocupava.
Eu deixei de ficar em segundo plano,  tirando você do controle de minha vida.
Eu deixei de sonhar teus sonhos.
Deixei de chorar tuas dores.
E passei a aplicar esta força, que antes te dava, em meu benefício.
No dia em que decidi te esquecer eu descobri meu amor próprio.
E  melhor decisão que tomei em minha vida foi te tirar dela.

No dia em que decidi te esquecer...
Eu passei a dedicar a mim o amor que antes só dava a ti.
No dia em que decidi te esquecer...
Eu fiz a melhor escolha que alguém poderia fazer.
Eu disse sim a mim, te deixei para tráz. Deixei de sofrer.
No dia em que decidi te esquecer eu pude, enfim, viver!




(Não é uma poesia é apenas um desabafo... Um desabafo para todas as coisas e pessoas que precisamos deixar para trás, pelo caminho, para o nosso próprio bem. Ás vezes, é melhor seguir sozinho. É preciso deixar para trás bagagens, dores e sofrimentos que são difíceis de carregar para seguir em frente, livre e leve. Só assim seremos capazes de receber o que nos faz bem, de receber a felicidade, se não tivermos algo trancado dentro de nós impedindo as coisas boas de virem. Por isso, liberte-se, jogue fora tudo que não serve mais e abra-se para a vida, para a felicidade, para novos sonhos, novas amizades, novos olhares, novas escolhas, novos amores.
Tudo na vida se renova. Só depende de nós, escolhermos o bem ou o mal, a alegria ou a tristeza, o que nos faz bem ou não.
Liberte-se, fazendo as escolhas certas e verás que tudo é belo, tudo é válido, tudo é possível, só depende de nós. De que maneira encaramos a vida, de que maneira olhamos o mundo, de que maneira tratamos o outro. Tudo isso é saber viver.
Viva bem consigo mesmo e valerá a pena!)


Que Deus abençoe a todos em nome de Jesus!

sábado, 24 de setembro de 2011

Rifa-se!



Rifa-se um coração quase novo. Um coração idealista. Um coração como poucos. Um coração à moda antiga. Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração que na realidade está um pouco usado, meio calejado, muito machucado e que teima em alimentar sonhos, e cultivar ilusões. Um pouco inconseqüente que nunca desiste de acreditar nas pessoas. Um leviano e precipitado, coração que acha que Tim Maia estava certo quando escreveu... "não quero dinheiro, eu quero amor sincero, é isso que eu espero...". Um idealista... Um verdadeiro sonhador...
Rifa-se um coração que nunca aprende. Que não endurece, e mantém sempre viva a esperança de ser feliz, sendo simples e natural. Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para se apaixonar. Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros. Esse coração que erra, briga, se expõe. Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões. Sai do sério e, às vezes, revê suas posições arrependido de palavras e gestos. Este coração tantas vezes incompreendido. Tantas vezes provocado. Tantas vezes impulsivo.
Rifa-se este desequilibrado emocional que, abre sorrisos tão largos que quase dá para engolir as orelhas, mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto. Um coração para ser alugado, ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes. Um órgão abestado indicado apenas para quem quer viver intensamente e, contra indicado para os que apenas pretendem passar pela
vida matando o tempo, defendendo-se das emoções.
Rifa-se um coração tão inocente que se mostra sem armaduras e deixa louco o seu usuário. Um coração que quando parar de bater ouvirá o seu usuário dizer para São Pedro na hora da prestação de contas: " O Senhor pode conferir", eu fiz tudo certo, só errei quando coloquei sentimento. Só fiz bobagens e me dei mal quando ouvi este louco coração de criança que insiste em não endurecer e, se recusa a envelhecer".
Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por outro que tenha um pouco mais de juízo. Um órgão mais fiel ao seu usuário. Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga. Um coração que não seja tão inconseqüente.
Rifa-se um coração cego, surdo e mudo, mas que incomoda um bocado. Um verdadeiro caçador de aventuras que, ainda não foi adotado, provavelmente, por se recusar a cultivar ares selvagens ou racionais, por não querer perder o estilo. Oferece-se um coração vadio, sem raça, sem pedigree. Um simples coração humano. Um impulsivo membro de comportamento até meio ultrapassado. Um modelo cheio de defeitos que, mesmo estando fora do mercado, faz questão de não se modernizar, mas vez por outra, constrange o corpo que o domina. Um velho coração que convence seu usuário a publicar seus segredos e, a ter a petulância de se aventurar como poeta.

E não sendo necessário dizer mais nada, faço minhas as palavras de Clarice Lispéctor.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Nas páginas da vida...






Escrevo, escrevo porque a poesia mora em mim.
Escrevo para dar voz a alegria e também a dor.
Escrevo para traduzir a saudade e para tentar explicar o amor.
Escrevo para dar asas a imaginação, para fazer voar a mente, as palavras e o coração...


Escrevo para ti e para mim
Pelo que ainda vamos viver e por tudo que já teve fim.
Escrevo porque as palavras em mim são fortes
Porque escrevendo cicatrizam os cortes.
Escrevo porque a escrita é meu norte
E quando, enfim, vier a morte, na poesia me farei viva.


Escrevo porque sou assim.
Porque pertenço  a poesia e ela a mim.
E quando minha voz for calada e minha escrita emudecida
A minha poesia, ainda viva, se fará ouvida, naqueles que me fizerem ler.
Escrevo porque a poesia é viva em meu ser.


Escrevo porque a poesia não se finda 
E meu coração obedece a ela e não a mim.
Escrevo minha poesia nas páginas da vida
Para minha história jamais ter fim.


Que o amor se faça presente em cada letra, verso, estrofe, rima e poema.
Dando voz ao que não se acabou.
Escrevo porque escrita sou.
Porque pertenço a ela e ela a mim.
Escrevo porque sou poesia, sou morte e vida, começo e fim.
Escrevo porque Deus me fez assim.


Escrevo porque é assim que sou e, pelas páginas da vida, reescrevendo a minha história com fé e esperança eu vou!