quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Âmago





Quando a cabeça está no lugar
O coração parece não estar
Ele voa por aí,
À procura de algum lugar,
À procura de um igual
Pra lhe completar...
Quando o coração parece aportar
A mente é que quer voar
Está não me prende...
É livre e livre parte, a vagar no horizonte...
Os pensamentos que me fogem
Não me prendem
Não me dominam
Não me pertencem...
A mente ao coração faz uma ponte
Por onde brinco e me transporto
E me transmuto
E sonho e amo
E parto e volto
E entre os dois eu fico
A vagar no infinito
De meu ser,
Sem nunca me pertencer...

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Entre 4 paredes





Tem tanta coisa que eu preciso te falar
Coisas minhas que talvez nem queiras ouvir
Já faz tempo que estou a te esperar
Desde a noite em que te vi partir

Mas não estás aqui e eu preciso conversar
Eu falo pras paredes tudo que estou a sentir
E insisto que tu já vais chegar
Antes mesmo de eu voltar a me repetir

Tem tanta coisa que eu queria te falar
Coisas nossas que talvez nem queiras ouvir
Aquele “eu te amo” que a voz teima em calar
E os nossos planos que insisto em seguir

Mas não estás aqui e eu preciso aceitar
Que as paredes também não podem me ouvir
Tem certas coisas que o coração deve calar
E tem amores que devemos desistir...

sábado, 27 de outubro de 2012

Deságua!





O céu quando fica cinzento
Parece sufocar o pranto
Que não cabe mais no sentimento
De um coração que chora tanto...

O céu quando fica nublado
Parece entoar um triste coro
De um coração apaixonado
Que, olhando o céu, engole o choro...

E então desaba!
Desaba o céu em pranto...
Deságua no coração o pranto...

O céu quando fica cinzento
Parece reunir todo o pranto
De todos os corações que em sofrimento
Choraram, com a chuva, seu triste canto...

O céu quando fica carregado
Parece desaguar o choro
De um coração de sofrimento encharcado
Que, ao choro do céu, faz coro...

E então deságua!
Deságua do céu o pranto...
Desaba o coração em pranto...

Toda vez que um coração, na terra, se entristece
O céu então se escurece
E os anjos reunidos em prece
Entoam um triste canto
Enquanto choram as dores do mundo em um chuvoso pranto...

E então desaba!
Desaba o céu em pranto...
Deságua no coração (en)canto...



Elegia





Esta noite, enquanto eu dormia
Meu sono foi penetrado
O silêncio do quarto quebrado
Por uma triste melodia
Meus ouvidos então aguçados
Começaram a te procurar
Pela noite vazia...
Eu vi vultos e ouvi vozes
Que romperam o silêncio e a escuridão
Eu ouvi o choro dos anjos
Que velavam por salvação
Eu chorei o choro dos anjos
Que imploravam por perdão...
No fundo, um timbre rouco e rasgado
Entrecortado, abalando as estruturas do coração
Não era angelical, tão pouco humano
Era um misto do puro e profano
Ora cantando a luz, ora a escuridão
Eu vi vultos e ouvi vozes
Eu chorei o choro dos anjos
Eu passeei por mundos sem salvação...
E quando me vi na mais profunda agonia
Sem alma, sem companhia
Eis que a melodia
Surgiu rompendo a devassidão
Eram acordes descompassados
Compostos por teu coração...
Enquanto eu dormia,
Tua voz me acolhia
Embalando-me na escuridão...
Era um misto de anjo e homem
Um amor que me consome
Tirando a paz do meu coração...
Enquanto eu dormia,
Tua voz fez sinfonia
Tirando-me a razão...
Era um misto de bem e de mal
Um amor e um ódio angelical
Que fez companhia
Em um mundo irreal
Enquanto eu dormia...
Uma melodia pairava no boreal
Tinha um ritmo marcado de tambor funeral
Um timbre rouco fazendo canto gutural
Acompanhava as trombetas dos anjos e dos guardiões
Que velavam os portões
de um mundo de sonho e fantasia
Enquanto eu dormia,
Tua voz me fez companhia
Entoando a canção da travessia
Do amor que morreu em nossos corações...


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Soneto Impreciso





Não pensava que dizer “eu te amo” ainda fosse preciso
Pensei que tu já soubesses as tantas formas que eu digo
Não pensava que dizer “não te esqueci” ainda fosse preciso
Pensei que soubesses que és vital, como o ar que eu respiro

Não imaginava que dizer “eu te amo” fosse tão necessário
Imaginei que já tivesses certeza do que, por ti, eu sinto
Não imaginava que pensasses que poderia ter te esquecido
Imaginei que lembrarias de tudo que disse e que não minto

Eu não pensava que te lembrar do meu amor fosse preciso
Pensei que já tivesse bem claro em todas as formas que digo
Eu não pensava que podias imaginar que eu teria esquecido
Pensei que soubesses que teu amor é como ar que eu respiro

Eu não imaginava que fosse necessário repetir que eu te amo
Imaginei que soubesses que tudo não passou de um engano...


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Dança da Chuva





Na chuva...
Meu corpo com o teu flua...
Os pingos caem no chão e marcam o compasso
Desse ritmo quente e desenfreado
Que a minha alma dança com a tua...
Nua!

Enquanto a chuva dança...
O vento então se balança
E passa feroz que até parece que uiva...
Livre, dança com ela, desvairado!
Um seguindo o embalo do outro pela rua...
Enquanto a minha alma com a tua, flutua...
Nua!

Com a chuva dançando
Limpando a minha alma e a tua
Seguimos no ritmo dos pingos nos amando
E a chuva segue levando
A saudade que era minha e tua
A chuva lava a calçada, lava a vidraça
Lava a rua
Lava o vento
E segue dançando...
Enquanto a gente, parados no tempo,
Segue se amando...

Quando faz chuva...
Meu corpo com o teu flutua
Minha alma dança com a tua
Limpa e nua!
Enquanto o vento passa apressado,
Arrastando o tempo,
Soprando a saudade,
E levando a chuva pra longe,
pela rua...

Na Dança da Chuva, minh’alma flutua indo ao encontro da tua...


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

TAMANHOS





Quando as palavras não cabem mais em mim,
Eu escrevo!
Quando os sentimentos não cabem mais em mim,
Eu escrevo!
Quando os pensamentos não cabem mais em mim,
Eu escrevo!
Quando tu não cabes mais em mim,
Eu te escrevo!
Quando eu não caibo mais em mim,
Eu me escrevo!
Quando tudo me parece grande demais,
Forte demais,
Pesado demais,
Alegre demais,
Triste demais,
Ou quando tudo me parece pequeno demais,
Eu escrevo!
Eu me liberto desses sentimentos
Liberto-me dessas palavras
Desses pensamentos
Liberto-me de mim e de ti
Quando escrevo...
E depois de tudo escrito
Deles eu bebo!
Eles eu respiro,
Revivo,
Deles me alimento!
Até a fome voltar
O sentimento aflorar
A palavra pesar
E nada mais caber no pensamento...
Então, novamente, eu escrevo!
Quando tudo parece pequeno,
Eu me torno grande porque escrevo!


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Soneto Irracional





Se fosses capaz de ver e sentir com o teu coração
E não apenas o superficial que a visão te mostra
Viverias livre da cegueira causada pela tua razão
Pois nem tudo na vida vem de uma lógica resposta

Se tu fosses capaz de ver o mundo como eu vejo
Se visses além das aparências que a visão te mostra
Não viverias uma vida de engano, falsidade e desejo
Vida de valores inversos que pela sociedade é imposta

Se tu fosses capaz de sentir as pessoas como eu sinto
Perceberias coisas sutis que nem sempre o olhar mostra
Que são verdadeiros os sentimento que digo e não minto
E não seriam mais necessárias tantas palavras e respostas

Pelo menos uma vez, deixa de ser escravo da tua razão
No amor o mais correto é seguir o que nos diz o coração!

À Luz do Luar






Foi numa noite clara de luar
Que teus olhos se encontraram com os meus
Amor a primeira vista firmado no olhar
Assim que meus olhos mergulharam nos teus

Foi numa noite de lua com céu estrelar
Que teus lábios se banharam nos meus
Sob um céu repleto de estrelas a cintilar
Foi que meus desejos saciaram os teus

Mas a noite está fria e lua parece minguar
E meus olhos procuram pelo brilho dos teus
A noite passa e, como lua, eu fico a esperar
Mas o sol nasce e você ainda não apareceu

São tantas noites com a lua a testemunhar
Meu amor a esperar e a chorar pelo teu
Só a lua conhece a minha tristeza de amar
Um amor que, em ti, há muito tempo morreu

Foi numa noite cinzenta e sem luar
Que meus olhos choraram a falta dos teus
Noite fria em que fiquei por te esperar
E só ouvi, no vento, teu sussurro de adeus

Hoje as minhas noites são sempre sem luar
Desde aquela que teu amor deixou de ser meu
Eu vejo a lua, mas não consigo me iluminar
Sem o teu amor até ela o encanto perdeu

Noite após noite, em companhia da lua, fico a esperar
Que teus olhos venham apagar a tristeza dos meus
Que a lua, lá fora, possa então dissipar
Essa escuridão, aqui dentro, deixada pelo teu adeus

Será numa noite clara de luar
Que teu amor se reencontrará com o meu
Essa escuridão não vai, pra sempre, durar
Mas pra sempre o meu amor será teu...


terça-feira, 16 de outubro de 2012

Prisioneiro da Liberdade





O coração que possui grades só quer ter asas
Quer libertar-se do amor que se fez prisão
Quer reacender as cinzas do que foram brasas
Só quer asas para voar para além da ilusão

Só quer ter asas esse preso e solitário coração
Quer derrubar muros de entulhos de saudade
Quer voar, em liberdade, pelos ares da paixão
Só quer ter asas para voar atrás da felicidade

O coração que possui asas só quer ter grades
Quer ser preso, por vontade, por outro coração
Quer ter como carcereiro a tal da felicidade
Só quer descansar suas asas no colo da paixão

Só quer ter grades este livre e aventureiro coração
Quer deixar de voar só e paga o preço da liberdade
Quer ficar preso nas grades quentes da cela da paixão
Só quer ter asas se for pra voar ao lado da felicidade

Preso, em liberdade, por outro aventureiro coração!

Razão e Emoção





Cuidado, coração!
Não confia, tanto assim, no cupido!
Sei que ele parece ser tão querido...
Mas, sabe como ninguém, deixar um coração partido.
Cuidado, coração, com a flecha do cupido!
Nem sempre ela acerta o alvo
Às vezes, pega de raspão
E só te deixa ferido...
Por isso, cuidado coração!
Com esse tal de cupido...
Ele é tão angelical que parece ser amigo,
Mas, sabe como ninguém, deixar um coração partido...
Cuidado, coração!
E conta sempre comigo!
Para saber o que é melhor pra ti
E livrar-te do perigo...
Cuidado, meu amigo!
Muito cuidado com este tal de cupido!
Eu sempre sei o que fazer pra que não corra perigo...
Confia na tua boa amiga razão e se afasta do cupido!
Cuidado, coração!
É sempre bom ter cuidado pra não cair nas armadilhas do cupido...
Ele sabe, muito bem, como deixar um coração partido...
Cuidado, meu amigo!
Com este tal de cupido...
E conte sempre comigo para alertá-lo de qualquer perigo!
Confie na tua amiga razão e não na flecha do cupido!
Ele sabe bem como deixar um coração ingênuo ferido...
Cuidado, meu amigo!
Só não te quero ver correndo perigo...
Se afaste desse tal de cupido
Diga-lhe que mexer com você é o mesmo que mexer comigo!
Cuidado pra não errar dessa vez, estúpido cupido!


sábado, 13 de outubro de 2012

Desenho de Deus





Eu vou pintar um arco-íris no teu olhar
Pra que a felicidade nunca venha te faltar
Em tons de esperança que alegrem teu viver
Pra tristeza nunca mais te envolver

Eu vou pintar o sol no centro do teu olhar
Pra esperança sempre te iluminar
Em tons de alegria que clareiem o teu viver
Pra que possas ver a luz sempre que escurecer

Eu vou pintar um arco-íris no teu olhar
Pra que o amor sempre esteja a te iluminar
Em cores que aqueçam o teu viver
Pra que no inverno possas sempre te aquecer

Eu vou pintar o sol dentro do teu olhar
Pra felicidade estar sempre a te acompanhar
Nas cores da esperança que renovem o teu viver
Pra que Deus guie teus passos a cada novo amanhecer...

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Sonhos de Criança





Vou me deixar ser criança
E entrar nessa dança
Rodopiar pelo céu
Te jogando as tranças
Enquanto o mundo gira a ciranda
Do nosso carrossel
Vou me deixar ser moleca
Correr, brincar bem sapeca
Navegar em barcos de papel
Fazer de você meu capitão
A comandar meu coração
Por mares doces do mais puro mel
Vou me deixar ser menina
De bicicleta, dobrando a esquina
Esconder em tua mão o anel
Que um duende esculpiu do pote de ouro
Escondido no arco-íris que pintei em teu céu
Vou me deixar ser criança
Sorrir e entrar nessa dança
Enquanto o mundo gira nessa ciranda
Eu te jogo as tranças
Pra que suba no ar
Também feito criança
Te entregue à dança
Venha comigo bailar!
Em uma terra onde não se envelhece
Da criança que fomos a gente não se esquece...
Quando a música toca o coração quer dançar!
Então, do mundo fazemos salão
Você meu príncipe encantado
Valsando feliz para sempre pelo meu coração!


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O Antes, o Agora e o Depois






Eu sei que vou te esquecer,
depois que a raiva passar.
Até lá, vou sofrer!
Mas depois, sei que vou superar!

Eu sei que vou te esquecer,
depois que a mágoa passar.
Até lá, vai doer!
Mas depois, deixarei de te amar...

Eu sei que vou te esquecer,
depois que a dor passar.
Até lá, vou sofrer!
Mas depois, sei que vou me curar...

Eu sei que vou te esquecer,
depois que a tristeza passar.
Até lá, vai doer!
Mas depois, nem de ti vou lembrar...

Eu sei que vou te esquecer,
depois que a saudade passar.
Até lá, vou sofrer!
Mas depois, vai passar!

Eu sei que vou te esquecer,
depois que a paixão acabar.
Até lá, vou viver!
E depois, um novo amor vai chegar...

Depois...
Será melhor pra nós dois!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Castelos de Areia





Eu fiz castelos de areia pra nós dois,
mas a água levou, pouco tempo depois
Eu fiz planos de futuro pra nós,
mas o teu plano era me deixar no passado
esquecida, a sós.
Eu fiz castelos de areia pra nós dois,
mas o vento derrubou, pouco tempo depois
Eu fiz planos secretos pra nós,
mas fizeste outros pra ti logo após.
Eu fiz castelos de areia pra nós dois,
mas o tempo desgastou, pouco tempo depois...
Eu construí, dentro de um castelo de areia,
um lindo conto de fadas pra nós dois...
Mas o desgaste do tempo foi mais veloz
e eu vi tudo ruir, pouco tempo depois...


Pouco tempo depois...
Varri os cacos da sujeira
deixada por nós dois.
Ainda depois...
Eu sacudo a poeira
Junto punhados de areia
que sopro ao vento,
 em noites de lua cheia
pouco tempo depois
de sonhar com nós dois...



terça-feira, 9 de outubro de 2012

Amores Incertos





Alguns amores nascem do fracasso e da solidão
Eles vêm passageiros, feito chuva fria de verão
Alguns amores já nascem sem a intenção de durar
E amores assim, nem deveriam nos fazer amar

Alguns amores já nascem com o legítimo não
Eles dizem não se apaixone, pois não terá duração
Alguns amores já nascem sem a pretensão de amar
E amores assim, só servem pra nos enganar

Alguns amores já nascem sem ter como amor intenção
Eles se disfarçam de amores, mas não passam de ilusão
Alguns amores já nascem com a sentença de logo acabar
E amores assim é claro que sempre vão nos machucar...

Alguns amores incertos nascem do ventre da mãe ilusão
Eles não são amores, são apenas fugas pra evitar solidão
Alguns amores já nascem sem querer amor se tornar
E amores assim, por certo, nem deveriam começar...

Formas Abstratas





Eu redesenho minhas formas no formato do teu corpo
Corpo a corpo nos somamos num desejo ardente e louco
Cada centímetro desse amor é sempre exato e nunca pouco
Geometria calculada em entre as éreas de dois corpos

Eu reinvento o meu amor de acordo com o teu gosto
Desfaço-me de sonhos pra se que seja de carne e osso
Sem ilusões ou fantasias de um romance grandioso
Pra que seja a tua maneira e não te traga algum desgosto

Eu descubro o meu desejo no desenho do teu corpo
Eu calculo o meu prazer a tua maneira, a teu gosto
Essa fórmula de amar é sempre exata e nunca pouca
Matemática de amar na adição de um corpo junto ao outro

É essa a nossa forma abstrata de se amar
Mero desejo de um ao outro se somar...

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Monólogo





Calma, coração!
Pra que tanta euforia?!
Não leve as coisas tão a sério,
Às vezes, eu sinto falta de um pouco de calmaria...
Pra que tanta festa, coração?!
Vê se toma cuidado!
Estou até com arritmia.
Não seja tão ansioso, tão tolo, tão louco!
Também faz bem um pouco de calmaria...
Calma, coração!
Poupe um pouco de energia.
Não é que eu não goste dessa tua alegria,
Mas me tira a paz, me inquieta esta tua euforia.
Eu já estava acostumada a tua calmaria...
Só toma cuidado coração, com a velha amiga fantasia!
Não quero te ver chorando, a não ser que seja de alegria.
Festeje coração! Que eu entendo tua euforia.
Só tenha calma... Pois sinto que uma tempestade se inicia...
Não me entenda mal! Não é que eu não queira tua alegria.
Mas a paixão nos cega e, no inicio, parece bela como todo raiar do dia,
Mas é bom não ter nenhuma fantasia.
Às vezes, é mais prudente ouvir a razão e agir com sabedoria.
Pois apaixonado tu fica cego, tomado pela euforia...
Não me entenda mal! Não é inveja da tua alegria.
Eu apenas quero de volta a minha velha calmaria...
De quando a paixão não nos dominava e a ela tu resistia.
Cuidado, coração!
Eu não quero teu mal, só quero a tua alegria.
Eu apenas sinto falta de quando a mim tu pertencia...
E espero que depois da tempestade volte a habitar, em nós, a calmaria.
Cuidado coração! Sinto que pode estar em perigo...
Eu só não quero que se machuque, meu bom amigo!