sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Descuido




Ela pensava ter trancado a porta. Pensava ter trancado o coração, o corpo, a alma. Ela pensava estar segura, em seu mundo. Sozinha, protegida de tudo e todos. Separada dos sentimentos mesquinhos e pequenos que envolvem, iludem e ferem. Ela pensava...
Mas ele, o amor, estava a sua espreita. Feito menino zombeteiro, risonho, maroto, faceiro... Feito aqueles garotos arteiros que nos pregam peças. Feito criança travessa que engana nossos olhos e apronta suas artimanhas... e quando vemos a arte esta feita: a vidraça quebrada, o joelho esfolado, a roupa molhada, o beijo roubado... Quando vemos já era!
E foi assim que acontecera... e quando ela viu, a porta estava entreaberta.

2 comentários:

  1. Nossa Renata. Você o dom das palavras, leves. Delícia te ler. Beijo.

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  2. Obrigada pelos comentários e pelo carinho com meus escritos. Também gosto de ler-te.

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