sábado, 4 de junho de 2011

Inverno





Debaixo dos quentes raios de sol a rubra rosa floresce...
Abre suas pétalas lentamente, como quem desperta para a vida
Desperta para encantar os olhos de quem ama...
Enquanto é amada...


Sob o sol ó rubra rosa cintila...
Refulge suas pétalas orvalhadas como o sangue que escorreu outrora de seu peito...
Exala teu perfume pelos ares, em chamas arde teu doce ventre...


Ó rosa escarlate que sozinha se encontra à beira do caminho
Sua beleza é admirada por muitos, seus sentimentos conhecidos por poucos...
Ó rubra rosa que enfeita uma estrada perdida, em um caminho já sem volta...
Onde estás teu jardineiro ó saudosa rosa?


Seguiu outro caminho ao encantar-se pela dama da noite?...
E não voltou a ti ó rubra rosa que agora se desfolha pela estrada...
A esperar que tuas pétalas o alcance...
Que teu perfume o chame...
Ó rubra e pálida rosa que solitária enfeita as pedras do caminho...
Ó rosa que te restou além dos olhares dos transeuntes e dos beijos dos beija-flores?


E esperar o frio orvalho da noite?...

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