segunda-feira, 7 de maio de 2012

Rotina




As luzes da manhã me dão bom dia
O sol beija as rosas, as flores, as árvores
O vento sacode a poeira, balança as roupas no varal
O Sol quente toca a pele, toca a alma, aquece o sangue
Pinta de amarelo um brilho infinito em meu sorriso
E o vento segue trazendo o cheiro do pão quentinho da padaria da esquina...
Traz também o cheiro de roupa limpa que ficou voando no quintal...
O vento traz até mim teu perfume num ritual de encontro matinal.
E a vida segue seu curso de esquina a esquina...
O barulho dos carros, das gentes, das mulheres e seus saltos altos...
É o transito, o corre-corre, as buzinas!
É a vida em seu ritmo habitual.
E eu sigo ouvindo o tic-tac do relógio
O toc-toc das portas em seus infinitos corredores do prédio da faculdade.
Sigo deixando para trás o barulho do meu salto-alto
Sigo deixando o rastro doce do meu perfume
Sigo deixando a saudade e os segundos que não voltam mais
Sigo deixando as horas, as pessoas, os momentos, os rituais matinais.
Eu sigo pelos corredores, passo as portas, entro no carro, pego a avenida...
Eu paro no sinal da padaria da esquina...
E eu sinto o cheiro do pão quentinho saindo do forno...
Eu vejo as gentes, as coisas e seus rituais...
Eu volto pra casa
Eu tiro os sapatos
Eu sento na cama, me fecho no quarto...
Eu sinto teu perfume, minha pele aquece, o sangue ferve...
Eu abro meus olhos, que luz é esta?
Rompendo a janela são raios de sol!


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