segunda-feira, 23 de maio de 2011

Caixinha de Música







Tem dias em que não estou para ninguém, não sou de ninguém, nem mesmo minha.
Dias em que me perco para depois me encontrar.
Dias como hoje de nostalgia...
Dias em que me perco, me afogo em minhas memórias.
Dias em que o tempo pára.
Dias em que os sentimentos afloram
Dias em que vêm à tona recordações da infância...
Dias em que reencontro partes minhas que ficaram perdidas em mim, em algum lugar chamado coração.
Dias como hoje em que a chuva se confunde com o pranto...
Dias em que a saudade é tamanha que transborda nos olhos.
Dias em que o peso das memórias parecem toneladas difíceis de suportar...
Dias em que a vida parece mais do que os anos podem somar.
Dias sem fim...
Mas que assim como a chuva lá fora irão cessar.
Dias em que me sento sozinha, com as mãos cobrindo o rosto, e seguro o peso de cada marca, cada linha, cada sofrimento vivido expressos em lágrimas e sorrisos.
Dias em que me sento e sobre os joelhos seguro uma caixa com minhas memórias...
Um caixa com beijos, com lágrimas, com sonhos e medos.
Uma caixa viva, vermelha, quente...
Uma caixa que mantenho comigo e a todos oferto...
Uma caixa que contém olhos, boca, mãos.
Uma caixa pequena que muito guarda e tudo suporta.
Mas que, acima de tudo, é repleta de amor.
Uma caixinha singela chamada coração.

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