segunda-feira, 9 de maio de 2011

Serenata





O sol se punha no horizante
E em uma sombra distante eu via teus passos me deixando...
Cada eco cortava o silencio dando-me a certeza de tua partida


A cada passo, mais distante te via...
A cada eco, mais dor meu coração sentia...


Pouco a pouco, meus olhos se tornaram cansados
Tua imagem foi ficando difusa e tua sombra não me fazia mais companhia...
Luz e sombra...
Som e silêncio...
Teus passos se perderam na imensidão
Não mais ouvia a serenata do teu sorrir...
A luz do sol se apagou, escondeu tua sombra e impediu-me de te seguir...


Para onde foram teus passos?
Ouço ecos que já não estão mais aqui...
Apenas um fantasma teu vagueia em minha mente.
Noite após dia...


Que caminho seguiste que te distanciou do meu?
Há estradas a minha frente mas teu rastro não está lá dizendo-me para ir contigo...
Há vultos e imagens vindo ao meu encontro...
Há rostos sorrindo para mim...
Mas não são os teus olhos que encontram os meus.
E não sinto a segurança do teu abraço a cada chegada.


Partida.
O sol se pôs e com ele foste embora...
Uma lembrança se perde a cada fim de tarde...
Um amor nasce, morre, vai embora... amizade.
Fica no horizonte a saudade.
Rompendo a noite em soluços se banha a lua...


Lua que um dia foi minha e tua.
Lua para a qual revelei segredos.
Nela te guardei e te protegi do tempo...
Quisera que pudesses ficar ali para sempre guardado em mim.
Mas com o pôr do sol veio o adeus.
E te vi, ao longe, partindo sem beijo de despedida.
Fiquei imóvel não acreditando no fim.
Estive por um bom tempo afastada de mim.
Nem percebeste mas levou-me contigo...
Eu já era tua, nem vida tinha se não estavas aqui...


A luz me deixou.
O sol se apagou.
Não mais te vi.
Não estavas aqui, não voltou.
Eu fiquei.
Te esperei...
Vi o sol voltar a nascer...
Mas tu não vieste me aquecer.
Novamente o sol se pôs.
A luz ofuscou.
Escuro...
Silêncio...
Morri.
Renasci.

No silêncio um canto...
O sol canta à lua seu lamento...
Ao meu lado o amor me faz companhia
E no silêncio o pulsar de dois corações em sinfonia...

Um comentário:

  1. Quanto amor em teus versos bela poetisa, gostei da maneira que você coloca sua alma em teus textos!


    Pergentino Júnior

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