segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Enquanto a chuva não passa




Enquanto a chuva não passa...
dos olhos pode rolar a saudade
deixando o sorriso não demonstrar graça
da vida que, lá fora, passa
e da tristeza que, do lado de dentro, ronda
solidão querendo, do coração, tomar conta
jogando a felicidade no chão
Enquanto a chuva não passa...
e o pranto insiste em rolar
Eu posso olhar a vidraça
fingindo não me importar
que teu amor me faz falta
e por isso me ponho a chorar
Enquanto a chuva não passa...
e o sol não aparece
eu posso chorar
que a chuva esconde meu pranto
e o vento me faz companhia
escondendo o silêncio
de uma vida vazia
que tua ausência deixou
na sala de estar
Enquanto a chuva não passa...
e o sono não vem
eu fico a sonhar
ouvindo a chuva lá fora
chorando a minha jura
de não mais te amar
Enquanto a chuva não passa...
e o sol não volta
eu fico a esperar
que se tu não voltares
possa o sol regressar
secando o pranto
que a chuva não pode afogar
Enquanto a chuva não passa...
e depois de tanto chorar
eu seco a vidraça,
eu enxugo as lágrimas,
preparo o sorriso
e faço o sol voltar a brilhar

Enquanto a chuva não passa, eu fico a esperar...

Um comentário:

  1. Enquanto a poesia se escreve, a esperança mantém-se!
    Gostei das suas gotas de chuva.

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