quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Âmago





Quando a cabeça está no lugar
O coração parece não estar
Ele voa por aí,
À procura de algum lugar,
À procura de um igual
Pra lhe completar...
Quando o coração parece aportar
A mente é que quer voar
Está não me prende...
É livre e livre parte, a vagar no horizonte...
Os pensamentos que me fogem
Não me prendem
Não me dominam
Não me pertencem...
A mente ao coração faz uma ponte
Por onde brinco e me transporto
E me transmuto
E sonho e amo
E parto e volto
E entre os dois eu fico
A vagar no infinito
De meu ser,
Sem nunca me pertencer...

Um comentário:

  1. Belo poema, Renata. O ritmo, sobretudo, é intenso e encantador. Esse inesgotável tema do antagonismo entre sentir e pensar é um dos que mais me fascina, assim como também fascinava, obsessivamente, a Fernando Pessoa. (Que pretensão me comparar a ele, né?)

    Beijos

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